terça-feira, 19 de abril de 2011

FALECE EM PORTUGAL AOS 92 ANOS A PRINCESA BRASILEIRA D. TERESA DE ORLEANS E BRAGANÇA

terça-feira, 19 de abril de 2011



Cumprimos o dolorido dever de comunicar aos monarquistas brasileiros e amigos da Família Imperial o falecimento, na madrugada do dia 18, em sua residência no Estoril, Portugal, de Sua Alteza Real a Princesa D. Teresa Teodora de Orleans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz, última neta sobrevivente da Princesa D. Isabel, a Redentora.
Filha mais nova do Príncipe D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, nascida em 1919, era assim prima-irmã do Príncipe D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, pai e antecessor do atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, S.A.I.R. o Príncipe D. Luiz; e tia do Chefe da Casa Real portuguesa, S.A.R. D. Duarte, Duque de Bragança.

Casou-se em 1957 com o Sr. Ernesto Martorell y Calderó, falecido em 1985, tendo dele duas filhas, Elizabeth e Nuria, com quem compartilhou seus últimos anos de vida, marcados pela insidiosa enfermidade - encarada com ânimo decidido e espírito sobrenatural - que terminaria por vitimá-la.
Ao completar 90 anos teve as seguintes expressões: "O segredo para se chegar a essa idade é ser feliz e uma boa cristã, amar a Deus e acreditar sempre. Se não perdermos essas capacidades, conseguimos ultrapassar tudo".
Radicada em Portugal, D. Teresa conservou sempre grande afeição pelo Brasil, onde cultivava muitas relações e amizades, aqui vindo freqüentemente. Tinha particular estima pelo Príncipe D. Luiz, com quem esteve várias vezes, a última delas em 2008 no Rio de Janeiro por ocasião das comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa.
Externando respeitosamente às Famílias enlutadas nossas sentidas condolências, rogamos a todos os amigos da Família Imperial um ato de piedade pelo descanso da ilustre Princesa brasileira.

TAREFA PARA OS ALUNOS DO 1º EM DA EE PROF. PAULO CHAVES




















A vida de M. C. Escher - O Desenhista - Para os Alunos Do 1º EM Da EE Prof. Paulo Chaves


Escher com 15 anos, 1913

Maurits Cornelis Escher nasceu a 17 de Junho de 1898 em Leenwarden (cidade no norte da Holanda). Filho de Sarah Gleichman e de George Arnold Escher, engenheiro civil, é encorajado desde cedo a aprender algumas artes ligadas à carpintaria. Mauk (como era tratado pela família) desenvolve rapidamente o gosto por trabalhos com madeira, aprendendo técnicas que mais tarde lhe serão muito úteis, nomeadamente a xilogravura.

Aos 13 anos dá entrada numa das escolas secundárias de Arrnheim para onde se havia mudado em 1903 com os pais. Era um aluno relativamente fraco, o que explica que não tenha conseguido obter o diploma final quando sai em 1918.

Neste espaço de tempo, e na companhia de um amigo, vai fazendo lineo-gravuras. O seu primeiro trabalho - Pássaro numa gaiola - data de 1916, e não foi apreciado pelos seus professores.

Em 1919, já com 21 anos, Escher vai para Haarlem estudar Arquitectura na Escola de Artes Decorativas. Descontente com o curso e contando com o incentivo do professor e director da escola, Samuel Jesserun de Mesquita (judeu de origem portuguesa), muda para o curso de Artes Decorativas. No entanto, apesar de dominar muito bem as técnicas de xilogravuras, o sucesso neste curso também não foi grande.

Perante tal situação, Escher acaba por abandonar a escola (1922), mantendo embora o apoio de Mesquita, com o qual manteve contacto até 1944, altura em que este é vítima do racismo nazi.

Jesserum Mesquita

Escher na viagem na Itália central

Ainda em 1922, Escher, na companhia de dois amigos holandeses, viaja pelo centro de Itália, país que o encanta desde logo! Pode ler-se mesmo, tal entusiasmo, nas suas cartas e diários, por exemplo, quando vê ao longe as 17 torres de San Diego “Parecia um sonho, não podia ser real...” (cit. in Locher, 1993, p.21). O encanto por Itália está na origem dos seus desenhos que tiveram início neste período.

Espanha foi outro dos países visitados por Escher em Setembro do mesmo ano. Desta visita é de destacar o contacto com a arte decorativa islâmica “...a coisa estranha para mim foi a grande riqueza de decoração e a grande dignidade e simples beleza do todo...” (cit. in Locher, 1993, p.23).

Apesar de ter gostado de Espanha, Escher não esqueceu Itália e passados dois meses aí regressou. Primeiro, instalou-se em Siena mas, em Março de 1923, foi para Ravello, no sul de Itália, onde conheceu Jetta Umiker com quem viria a casar.

Datam desta época, fins de 1922 e inícios de 1923, as primeiras xilogravuras de paisagens italianas. Em Junho do mesmo ano regressou a Siena onde, em Agosto, expôs, pela primeira vez individualmente, os seus trabalhos. Em Fevereiro do ano seguinte expõe na Holanda onde viria a fazer inúmeras exposições dos seus trabalhos.

Essa década foi muito marcante na vida de Escher tanto a nível artístico, dado que os seus trabalhos começam a ser conhecidos, como a nível pessoal. Em 1926, mudou-se de Ravello para Roma, onde viriam a nascer os seus dois filhos mais velhos, George (1926) e Arthur (1930).

O reconhecimento ia aumentando. A sua obra foi apreciada não só a nível europeu, nomeadamente na Holanda, mas também na América onde foi premiado com o terceiro lugar numa exposição em Chicago (1934), com a litografia “Nonza”. Antes disso, em 1932 e 1933 foram publicados dois livros com ilustrações de Escher, XXIV Emblemata e De vreeselijke avonturen van Scholastica, respectivamente.

Em 1935, face à situação política na Itália, mudou-se com a família para Chateaux-d’Oex

Escher em Roma, 1930 na Suíça, onde viria a viver pouco tempo. A paisagem parecia-lhe monótona e pouco inspiradora. Dizia mesmo “...detestável, branca miséria de neve...” (cit. in Locher, 1993, p.47). Assim, passados dois anos, e depois de ter feito uma viagem acompanhado da esposa revesitando alguns países como Espanha, França e Itália, mudou-se com a família para Ukkel na Bélgica, onde passados três anos foi pai pela terceira vez.

O ano de 1939 foi um ano dramático. Em Junho, Escher perdeu o pai que contava, então, 96 anos. Ainda não recomposto de tal perda, foi fustigado por mais uma tragédia familiar. Desta feita, em fins de Maio de 1940, perdeu a Mãe!

Auto - retrato, 1943

É então que, em 1941, decidiu regressar ao país natal, mudando-se para Baarn.

Só em 1951 parece ter atingido o ponto mais alto. Os artigos sobre Escher e o seu trabalho multiplicaram-se, nomeadamente em revistas como The Studio, Time e Life. Em 1954, em simultâneo com uma Conferência Internacional de Matemática, realizou-se em Amesterdão uma grande exposição dos trabalhos de Ercher no Stedelijk Museum. Expõe igualmente em Washington. Passados quatro anos, publicou o célebre texto – Regelmating Vlakverdeling – sobre a divisão regular do plano e, no ano seguinte, surge Grafick en Tekeningen M. C. Escher sobre a sua obra gráfica. Em 1960 expõe em Cambridge e é orador convidado numa conferência internacional de cristalografia. A sua obra torna-se, reconhecidamente, uma ponte entre a ciência e a arte.

Escher trabalhou sempre com regularidade, excepto quando alguns problemas de saúde o obrigaram afastar-se da vida artística. Referimo-nos ao período de 1962 a 1970 durante o qual foi submetido a algumas intervenções cirúrgicas. Mas, mesmo durante esse espaço de tempo, não esteve inactivo.

Um dos seus mais famosos trabalhos – Serpentes – data de 1969. Também ao nível de exposições não esteve parado. Os seus trabalhos foram apresentados publicamente numa grande exposição retrospectiva em The Hague (1968) e outra em Washington.

Depois de uma série de operações instala-se na Rosa Spier House em Laren, no norte da Holanda. Apesar do seu estado de saúde inspirar já algum cuidado, ainda chegou a assistir à publicação do livro -The World of M. C. Escher.

Faleceu a 27 de Março de 1972 no hospital de Hilversum quando ainda não tinha completado 74 anos.

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