terça-feira, 19 de maio de 2009

HISTORIA DO ROCK NO BRASIL I

Arnaldo Dias Batista" O Coração dos Mutantes"

Revolução

A história do rock no Brasil deu muitas voltas desde o seu começo oficial, no dia 24 de outubro de 1955, quando foi lançada, na voz de Nora Ney, a música Ronda das Horas. Era uma versão em ritmo de fox para Rock Around the Clock, um dos primeiro sucessos do rock’n’roll, escrito por Max C. Freedman e Jimmy Knight e gravado por Bill Haley & His Comets.

Depois desse inusitado disco inaugural, os brasileiros viram aquela subversiva novidade americana ser assimilada pelos compositores nacionais (em 1957, Cauby Peixoto gravou o primeiro exemplar nacional, Rock and Roll em Copacabana, de Miguel Gustavo), gerar seus primeiros ídolos tupiniquins (Cely Campello, de Estúpido Cupido e Banho de Lua, e Sérgio Murilo, de Broto Legal), ensaiar suas primeiras apologias ao mau comportamento (em Rua Augusta, com Ronnie Cord, ou melhor, Ronaldo Cordovil) e inspirar o primeiro movimento de afirmação da cultura jovem brasileira – a Jovem Guarda de Roberto e Erasmo Carlos, com sua rebeldia cuidadosamente calculada. Com esse impulso, as guitarras elétricas passaram a dar o tom para a farra da garotada, misturando-se sem problemas, a partir da Tropicália (1967), com os mais tradicionais gêneros da música brasileira.
Na segunda metade da década, as obstinadas bandas que insistiam em fazer rock no Brasil geralmente tendiam para o hard (O Peso, Made In Brazil, a Patrulha do Espaço de Arnaldo Baptista, Bixo da Seda, A Bolha), ou para o progressivo (O Terço, Som Nosso de Cada Dia, os velhos Mutantes – então capitaneados pelo guitarrista Sérgio Dias –, Moto Perpétuo, Casa das Máquinas, Módulo, Som Imaginário, Veludo Elétrico, Vímana, Terreno Baldio).
Mas ainda havia ainda o rock rural de Sá, Rodrix & Guarabira, o pré-punk do Joelho de Porco e as experimentações inclassificáveis de Tom Zé e Walter Franco. Era toda uma força roqueira que seria dizimada a partir de 1977, com a massificação nas rádios brasileiras do fenômeno da discoteque – que passou como um rolo compressor, já que fazer dançar não era lá uma das grandes qualidades do rock daquela época.
Rita Lee foi um dos que embarcaram na onda disco, dando início à sua fase Banho de Espuma.

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