Marido cego
Acreditava o cônjuge que sua amada esposa
Ricotinha lhe era fiel por toda a vida. Não pensava
nem por um vintém colecionar pares de chifres de
um veado sobre sua testa, lisa. Mesmo todos a contar
por risadinhas, indiretas, sugestões, fazia crer
tamanha traição, com Julião seu primo. Saía a dita
cuja todas as tardes com o parente de seu marido.
Sabia ele do ocorrido, mas como passeio pela orla de
copa(cabana), impossibilitado ele mesmo, por conta
do trabalho em acompanhá-la. Mal fadada são as
línguas que diziam, veja o pescoço chupado feito
vampiro. Mas tal qual a Justiça, cego ficou até
morrer, feliz e com cara de corno.
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