quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

HISTORIA DO ROCK NACIONAL - LIMEIRA SP BOCA ROXA

Retomando a parte musical do blog , vou dar inicio ao lado musical da cidade de Limeira. Sim1 ela também canta, essa cidade pode ser muita coisa de ruim , mas tem musico bom pra c*, pra dedéu...
Não que tudo tenha começado com eles , mas eu vou começar pelo Boca Roxa, em sua formação mais brilhante, com Edson Ferreira ou Dédi Blues Boy - guitarra, meu cumpadre; Evandro Grisólio, o Vandão - nos teclados; Polonis - batera e Paulão Villela, o band lider, no baixo.
Pra dar inicio a dissertação uma palinha da 1ª musica do disco Picada de Cobra lançado no dia 16 04 do ano 2000, no Teatro Vitória.
Gente foi uma festa e tanto, e eu sou um privilegiado por ser amigo desse povo e por ter estado lá.
Segue a letra da música.
BOURBOUN PRA NÓIS É PINGA
Paulo Vilela

Bourboun pra nois é pinga
Motel é no canavial
Que legal sair com mina
Pra brincar de chapeuzinho
E lobo mau au au au

E quando chega a 6ª feira
A gente vai uivar pra lua
E logo ali na esquina
Rola um blues na rua

Eu sou do interior que terror
Que horror, que legal, au au au
Eu sou do interior que terror
Que horror, mas que legal,

Vampiro, lobisomem, saci
Pra mim é tudo alto astral
Eu cresci ouvindo histori8as que
No mato é tudo muito normal
Au au au

Então vamos para o bar
Tomar um vinho vagabundo
ficar com a boca roxa
Eu pago mais um pra todo mundo

É PRECISO SABER VIVER...

CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS

(Entrevista com Roberto Shinyashiki)

A revista ISTO É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi.

O entrevistadoé Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional. Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

ISTO É - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa desucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carroimportado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares defuncionários que não chegaram a ser gerentes.E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu àpena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possase orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos devida, e não para impressionar os outros.São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.
ISTO É -O Sr. citaria exemplos?Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meupai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado VilaMargarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% JardimIrene'.É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% dapopulação americana. Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do quehomicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, queembora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passadécadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz sesentir seguro.
ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas deinglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder sercriança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estãoroubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros eterão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTO É - Por quê?Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começarpelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todasas minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu queeu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidataa um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.ISTO É - Há um script estabelecido?Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidentede multinacional no programa 'O Aprendiz'? - Qual é seu defeito?Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:- Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar. É exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ouesquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem ojogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: 'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'. Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!
ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de sepreparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não sepreocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil écompetência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meuschefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estavapreparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTO É - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima estábaixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito dogarçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida setornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil, que preferem dizer que é melhorassim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
ISTO É -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitosem tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki -Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: 'Quando você quiser entender a essência do serhumano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante umjantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainhaElizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisasque não deram certo.A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói nãosegura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam queele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própriavida é delas.
ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizeressas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki -Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minhavida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui.Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velhonasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é,ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria quefosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo. Um amigão me perguntou: 'Quem decidiu publicar esse livro?' Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoascederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas: A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e aterceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do BillGates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas própriaspotencialidades.
ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucurasda sociedade... A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles nãotivessem significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismoabsurdo. Por fim, a quarta loucura:Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe.Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros sedizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou comamigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou aocinema.. Quando era recém-formado em São Paulo , trabalhei em um hospital depacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora euquero aproveitá-la e ser feliz'. Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que afelicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiroem imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido váriasoportunidades para aproveitar a vida.
CONTRIBUIÇÃO DE MEU AMIGO ADM. MAURO JOSE TEIXEIRA SEABRA

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William Rory Gallagher  foi um multi-instrumentista, compositor e produtor de rock e blues irlandês.  Nascido em Ballyshannon, Condado de Do...