quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo (Seeking a Friend for the End of the World, 2012)

Bom dia!
Acabei de ver “procura-se um amigo para o fim do mundo” e gostei pacas! A historia ambientada (é claro) nos EUA, diverte mesmo diante de um tema que deveria amedrontar.
O filme de apocalipse - e seu subgênero do terror de mortos-vivos - nunca esteve tão vivo na cultura pop. A ideia de uma sociedade em frangalhos, em que tudo o que as pessoas têm é o outro, sem o apoio de tecnologia, governo ou mídia, demonstra uma certa nostalgia de um passado recente, em que o convívio existia de maneira física, sem a interferência tecnológica que vivemos diariamente hoje.
Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo (Seeking a Friend for the End of the World, 2012) leva essa melancólica constatação a um novo patamar.
Nele, dois estranhos - Steve Carrell e Keira Knightley - encontram-se por acaso às vésperas da chegada que um asteroide à Terra que vai acabar com toda a vida do planeta.
O mundo se divide entre as pessoas que buscam viver intensamente depois de anos de marasmo, os deprimidos incapazes de aceitar seu destino e as turbas revoltadas, que decidem se aproveitar da situação. Mas há também aqueles que continuam vivendo como se nada estivesse acontecendo - que seguem na mesma toada de desilusões, de rompimentos amorosos e parecem alheios ao fim de tudo, focados apenas em lamentar seus próprios problemas.
Com o reforço de um elenco de apoio de qualidade (que inclui Martin Sheen, Mark Moses, Adam Brody, William Petersen e Patton Oswald), os protagonistas vividos por Carrell e Keira integram exatamente esse último grupo. Ele, um vendedor de seguros solitários. Ela, uma imigrante inglesa de espírito livre. O filme acompanha-os em em uma jornada de aceitação.
A nostalgia do contato é sentida ao longo do filme, que aproveita para reforçar a regressão tecnológica também através da música. A personagem de Keira anda o tempo todo abraçada aos seus LPs - e explica como reconhecer um bom vinil: quanto mais grosso o disco são mais fundos os sulcos, o que melhora a qualidade do som. Quanto mais "físico", melhor.
Cômico, romântico e dramático, ele é tudo ao mesmo tempo agora! Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo é também bem estruturado. Em tempos em que lamentamos nosso destino através do terror, quando temos nossos pés puxados por mortos-vivos para lembrar-nos do quão antinatural é a socialização por telas, é revigorante assistir a um filme assim."

Fonte principal: http://omelete.uol.com.br



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