quinta-feira, 29 de março de 2012

Cai nº de leitores no País e metade não lê






A terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a ser apresentada hoje na Câmara, revelou que a população leitora diminuiu no País. 
Enquanto em 2007 55% dos brasileiros se diziam leitores, hoje esse porcentual caiu para 50%.

São considerados leitores aqueles que leram pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa.
Diminuiu também, de 4,7 para 4, o número de livros lidos por ano. 
Entraram nessa estatística os livros iniciados, mas não acabados. 
Na conta final, o brasileiro leu 2,1 livros inteiros e desistiu da leitura de 2.

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência por encomenda do Instituto Pró-Livro (IPL), entidade criada em 2006 pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional de Editores e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares. 
"É no mínimo triste a gente não poder comemorar um crescimento", disse Karine Pansa, que acumula a direção do IPL e da CBL. Ontem, o Estado mostrou que 75% dos brasileiros nunca pisaram em uma biblioteca.

Participaram da apresentação representantes de entidades livreiras e do poder público, entre eles a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. 
Ela destacou a importância do estudo para o direcionamento das políticas públicas do Minc e do Ministério da Educação. 
"Temos de ter um olhar da cultura que vai além do ensino e que abra os olhos para outras dimensões. 
O livro é que vai permitir a formação da cidadania", disse a ministra.

O levantamento foi realizado entre junho e julho de 2011, com 5.012 pessoas de 315 municípios, com 5 anos ou mais, em suas próprias casas. 
Todas as regiões do País foram incluídas e a margem de erro é de 1,4%.

Questões diversas. 
Para compor o mapa da leitura, questões diversas foram analisadas. 
Os principais motivos que mantêm leitores longe de livros são falta de tempo (53%) e desinteresse (30%). 
O livro digital, novidade deste ano, já é de conhecimento de 30% dos brasileiros e 18% deles já os usaram. A metade disse que voltaria a ler nesse formato.

A mãe não é mais a maior incentivadora da leitura, como aparecia na pesquisa passada. Para 45% dos entrevistados, o lugar é ocupado agora pelo professor. 
A biblioteca é o lugar escolhido para a leitura de um livro por apenas 12% dos brasileiros - 93% dos que leem o fazem em casa. 
Ter mais opções de livros novos foi apontado por 20% dos entrevistados como motivo para frequentar uma biblioteca. 
Porém, para 33% dos brasileiros, nada os convenceria a entrar em uma.
Entre o passatempo preferido, ler livros, periódicos e textos na internet ocupa a sexta posição (28%). 
Na pesquisa anterior, o índice era de 36%. 
Assistir à televisão segue na primeira posição (85%) - em 2007, era a distração de 77% dos entrevistados.

Dos 197 escritores citados, os mais lembrados foram Monteiro Lobato, Machado de Assis, Paulo Coelho, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade. 
Já os títulos mais mencionados foram a Bíblia, A Cabana, Ágape, O Sítio do Picapau Amarelo - que não é exatamente título de nenhum livro de Lobato - e O Pequeno Príncipe. Best-sellers como Crepúsculo, Harry Potter e O Monge e o Executivo também aparecem.

Fonte: Estadão 

MEUS COMENTÁRIOS ( Tiago):

Esse tipo de resultado tem que ressoar nos meios públicos e de cidadania quase que como uma catástrofe. A perda do incentivo pela leitura colocam um mundo de pessoas na obscurecência intelectual.

O Brasil não aumentará a quantidade nem a qualidade de seus leitores em 1 ou 2 anos. Isso é um processo, onde as grandes mudanças podem aparecer depois de 1 geração. Mas os investimentos e a melhoria tem que ser contínua e ascendente.

Um ano que não crescemos significa a perda de quantos milhões de pessoas que não "consumiram" cultura? Que não se autodesenvolveram?

Ver números que mostram que 75% das pessoas nunca entraram numa biblioteca é o resultado do descaso público e privado para esse tipo de equipamento cultural. Por exemplo, em Limeira, a Biblioteca não abre aos finais de semana! Como querem participação das pessoas? Enquanto não conseguirmos demonstrar que a leitura pode e deve ser uma forma de prazer e de lazer, não adianta.

Influenciar e estimular a leitura não pode e nem deve ser obrigação apenas das escolas e dos professores. Tem que ser uma obrigação de todos nós enquanto sociedade, pois todos somos diretamente afetados por isso. Com as pessoas buscando aprender mais, teremos maior interatividade e fluxo de boas formações.

Não poderemos ter bons eleitores, cidadãos, motoristas, profissionais ou familiares sem a prática da leitura e da busca pelo aprendizado. Se não nos abastecemos com saber, não reproduziremos saber. Continuaremos apenas criticando os políticos pela corrupção, o câmbio pela queda nas exportações e o subemprego pelo baixo salário dos trabalhadores. E todos esses casos, poderiam facilmente ser melhorados, se tivéssemos mais leitores e cidadãos mais sedentos pelo saber, que por consequência criariam mais e exigiriam mais cidadania!
fonte: http://acaonacaminhada.blogspot.com.br Tiago Georgette - Tiagão filho do Claudião!

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