quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aumenta que é rock

É com prazer que dirijo-me a vocês com uma mensagem que faz menção a falta de visibilidade do Rock and Roll e do Heavy Metal em solo tupiniquim.

Fato é que nosso país oferece um dos mais prósperos circuitos de shows no cenário internacional sendo que atualmente é difícil alguma banda anunciar um tour mundial sem ter alguma data agendada no Brasil. Grandes eventos tem ocorrido com frequência por aqui, a maioria em São Paulo, outros tantos se estendendo para Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Manaus…

Ou seja, o Rock viaja de norte a sul do Brasil com sucesso inquestionável. Hoje em dia a indústria fonográfica não oferece os mesmos lucros e recursos para as gravadoras como fizera outrora. Todavia, a era digital do download e myspace fez solidificar ainda mais os estilos calcados nas guitarras distorcidas e cozinha harmonicamente pesada.

Com o declínio nas vendas dos álbuns as bandas focaram mais em turnês fazendo com que ficasse escancarado a fidelidade e idolatria de certos artistas, principalmente no Brasil. Eventos empilham-se ano após ano nesta terra, sem nenhuma cobertura da grande mídia.

É incrível perceber o descaso com que tratam o gênero musical que mais influencio o século XX. Um estilo que nasceu do R&B e do Blues em si, com solos melancólicos e letras que todos se identificavam. Um estilo musical que nasceu como mais uma febre juvenil, creceu e se aprimorou até ser visto como arte na década de 60, com bandas que tornar-se-iam verdadeiros ícones das gerações vindouras.

O que é negligenciado pela grande midia é a herança deixada por nomes como Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Elvis, Chuck Berry, Little Richard, Bill Haley na décade de 50. Posteriormente tivemos nomes como Janis Joplin, The Doors, The Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, The Who, Grand Funk, Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Jimmi Hendrix, Eric Clapton, Cream, Yarbirds e muitos outros. Tudo isso surgiu somente na décade de 60…

Toda a evolução do estilo que veio acompanhada de muito peso e velocidade foi proporcionada pelos “filhos” destas bandas. A década de 70 foi demasiado próspera e nos anos 80 o Rock/Metal apresentaram outras variantes ao mundo.

Não vou me ater a história da consolidação do Heavy Metal nem ao surgimento do Thrash, Death e Black Metal. Esse é um assunto longo que deve obrigatoriamente ser discutido com boas doses de amizade, descontração, boa música e cerveja de qualidade.

Resumindo, os estilos supracitados são os estilos mais fortes no mundo, podendo não ter a maior rotatividade financeira, mas com certeza tem o maior e mais fiel público. Os festivais de verão na Europa são sucesso ano após ano. O Wacken Open Air está com mais de vinte anos, tendo pra mais de 70,000 pessoas por edição. E ninguém no Brasil fica sabendo disso.

vários shows aconteceram aqui, muitos outros rolarão ainda em 2010. E nenhum órgão da imprensa majoritária direciona seus esforços para forenecer resenhas, cobrir tais eventos.

Milhares de pessoas ficam carentes de informações, imagens, entrevistas por pura falta de vontade da mídia maisntream.

Diversas vezes enviei e-mail para RBS, Atlântida e todas as outras rádios e emissoras na esperança débil de conseguir auxiliar na elaboração de um programa direcionado a estes estilos. Algo que desse suporte ao lançamento de álbuns, cobertura de shows, entrevistas com bandas, apoio aos artistas locais. Mas nunca, nunca alguém respondeu um e-mail nem que fosse para dizer que eu deveria arranjar algo pra fazer.

Trabalho em uma agência de turismo, começarei a cursar economia depois de desistir do curso de adm de empresas. Pode não ter muito a ver com música, mas tenho que procurar uma alternativa profissional já que o que realmente amo provavelmente não deixará uma brecha para que eu tenha êxito no direcionamento que sonho, de trabalhar em prol do Rock.

A música está em minha alma, deliro com um grande riff, com uma linha de baixo precisa ou uma bateria preenchida por notas precisas. Aprecio cada instatante de um show, quase que em um êxtase hipnótico. Mas trabalhar com isso é utopia.

Faço meu comentário direcionado a vocês por ter a vaga esperança, quase nula na verdade, de que leiam este e-mail.

Pela enésima vez afirmo que me proponho a fazer qualquer coisa no desenvolvimento de um projeto na área musical com foco no Rock/Metal. Mas fico no aguardo, tendo quase certeza que mesmo sendo um porta voz de milhares de fãs do estilo que detém a mesma vontade ficarei na vã expectativa de ver minha caixa de entrada com uma resposta positiva.


                                 Fonte:



                                 Heavy Rock Rules - Douglas Mesquita Santellano

12º River Rock, que começa amanhã em Indaial

A última canção?

12º River Rock, que começa amanhã em Indaial, pode ser a última edição do tradicional festival Roqueiro, produtor de eventos e catador de lenha. Durante o ano, Adilson André Frenzel Bernardes, 35 anos, recolhe as madeiras que vão acender as fogueiras de quem acampa durante os três dias de um dos mais tradicionais festivais de rock do Estado, o River Rock, em Indaial. É dessa forma, correndo atrás de cada detalhe, que ele e a esposa, Regiane dos Santos, 29 anos, organizam o festival que este ano chega à 12ª edição.
Mas as 53 horas de River Rock deste ano, que contará a partir desta sexta-feira com a presença de 31 bandas, entre elas Hangar, Inocentes e Camisa de Vênus, podem ser as últimas desses 12 anos de história. Amor ao rock e ao festival não falta para o casal Adilson e Regiane. O que desanima é a falta de apoio e as dificuldades em organizar tudo. Além disso, a dupla tem que contar com a ajuda do tempo. Se chove, a arrecadação é sempre menor.
– Quando a gente consegue arrecadar o dinheiro para pagar tudo que gastou já é motivo de comemoração – comenta Adilson.
Os gastos com material de divulgação, ajuda de custo e cachê das bandas, aluguel do espaço (nos últimos dois anos não foi cobrado, mas nesta edição será), segurança, equipe médica e funcionários do festival são todos pagos apenas com o valor dos ingressos e das bebidas e comidas vendidas no local.
Apesar de ser reconhecido até fora de Santa Catarina, o River Rock não recebe apoio nem do poder público nem de empresas da região.
– Tem um pouco desse preconceito com o rock. Mas nós já ouvimos várias vezes bandas e pessoas influentes de fora do Estado relacionarem o nome de Indaial com o River Rock – lembra Regiane.
Uma característica forte do festival é a valorização das bandas locais, tanto amadoras quanto profissionais. Este ano, das 31 bandas, 19 são de Santa Catarina. E o slogan do festival, A Festa das Tribos, também é respeitado. Do punk rock ao blues, passando por diversas vertentes do metal, todos os estilos estão presentes.
Entre as grandes atrações do festival, o River Rock já trouxe os acordes simples do punk rock do Cólera, o bom humor com levada de blues do Velhas Virgens e o metal do Korzus. Além das bandas, o River também é conhecido pelo clima do acampamento. Com a estrutura sendo melhorada a cada ano, o público que permanece no festival durante todos os dias só tem que se preocupar em fazer amizade e dividir as rodinhas de violão.
No cartaz de divulgação deste ano, os organizadores deram uma pista de que o festival está a perigo. Uma mensagem na parte inferior lembra que o River Rock é 100% independente e que a vontade é que ele possa continuar a existir:
– O River Rock não deve acabar pois é a nossa paixão. É um encontro de amigos que a cada ano fica maior. Em nenhum outro lugar a paz, a paixão, a liberdade e o rock uniram as tribos de forma tão espontânea, mágica e harmônica.


Fonte:
vinicius.batista@santa.com.br
Jornal de Santa Catarina


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