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Foi instalado, no último dia 14, o Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis, que estará sob coordenação dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social, com a participação de representantes de 16 ministérios além de nove instituições federais.
comitê visa fortalecer o trabalho dos catadores
que, além de desempenhar uma atividade
econômica com forte impacto social e ambiental,
também ajudam a reduzir custos dos serviços de
limpeza urbana das prefeituras.
A coleta de lixo reciclável
resulta na movimentação anual de R$ 8,5 bilhões,
segundo informou a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira.
De acordo com ela, a sanção da Lei Nacional dos Resíduos Sólidos pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
em dezembro do ano passado, "delineou a responsabilidade de empresários e do povo
sobre a importância da reciclagem de materiais já utilizados".
um trabalho que envolve uma prioridade que diz respeito ao povo brasileiro e não à elite.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
Tereza Campello, afirmou que todos os municípios do país "precisam se engajar na preocupação social e econômica de reciclar materiais". Segundo ela, o fortalecimento do trabalho dos catadores
"pode ajudar muito na erradicação da pobreza até 2014,
meta da presidente Dilma Rousseff".
O coordenador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, que representará os trabalhadores no comitê, reclamou da exploração das indústrias de reciclagem, com a alegação de que a maioria dos catadores não consegue ganhar nem um salário mínimo no fim do mês.
De acordo com Cardoso, apenas 10% dos recursos movimentados pelo setor de reciclagem ficam com os catadores.
- Os catadores precisam ter mais espaço para trabalhar e contar com apoio tecnológico, pois 60% da categoria ainda trabalha em cima dos lixões, que são dominados pelas empresas de ferro-velho e ainda por cima contam com a presença do tráfico de drogas.