16 de julho de 1964 - 16 de julho de 2009
45 Anos ... isso pesa....por onde será que andam os que sobreviveram assim como eu sobrevivi? A ditadura militar dos anos 70? A Moda Discoteca dos anos 80? A abertura e as Diretas Já, no meio da década de 80 do século XX? Cadê todo mundo? Será que ainda pensam sobre tais assuntos ? Eu sei que penso e por isso aprendi que logo existo! Ainda estão acesas e iluminando minha vida, as luzes das lembranças do Grupo Escolar Coronel Flamínio Ferreira de Camargo, pra onde eu ia todo dia vestido de camisa branca, como brasão da escola estampado no bolso e calças curtas de tergal azul marinho, meias e sapatos prêtos, cabelos aparados cortados na barbearia do seu Dito. Depois vieram minhas mudanças decorrentes da observação de meu irmão, o Divino e sua turma: Carlinhos, Claudião, Ivan, Jordal, Israel, Fernando, Zé Gordo, entre outros, cabelos compridos , calças boca de sino, sapatos plataforma coloridos! à tiracolo, gravador AIKO, pra ouvir as fitas do Creedence Clearwater Revival, Stones, Beatles, Pholhas, Marmaled, Light Reflecton, e tantas outras bandas que fizeram minha cabeça. Por outro lado o gosto pela musica veio do meu pai, o cara gostava muito mesmo de musica tipo seresta e não apreciava em nada musica sertaneja, na verdade detestava! Vejam só, como esperar de mim, algo diferente do que sou? Olha só que ambiente? Desde menino observei meu primo Wagnão tocando violão, e com as mesmas carcterísticas descritas do meu irmão. Daí Alguns dos amigos do mesmo brother, o Fernando, o Zé Gordo e o Durvalino, também eram tocadores, dai pra eu me interessar foi um pequeno passo. Tomei gosto pelo instrumento e o super bona personna Fernando me emprestou um violãozinho que ele tinha lá na casas dele pra eu tentar a sorte, e não é que deu certo, aprendi rapidinho, ele me descolou também um livro horizontal de capa amarela e vermelha, escrito na frente: Canhoto, onde eu pude aprender os acordes que iriam me ajudar a compor minha história com o instrumento. Pouco tempo, hoje eu acho pouco tempo, um ano depois, eu ja dominava o violão e acompanhava as musicas cifradas até mesmo em inglês, é claro olha só o repertório que eu tinha a minha disposição! O Zé Gordo, na verdade José Antonio Cruz, morava na Avenida Campinas, era muito bom de violão o cara era mesmo talentoso, mas gostava de uma cachaça que só ele! foi com ele que desenvolvi estilo, repertório e a voz, o Zé era dono de uma senhora voz, quem ainda for vivo e o tenha conhecido pode atestar a esse respeito. Ja o Fernando, lembra do dono do violão emprestado? depois que eu aprendi a tocar , percebi que o cara não tocava porra nenhuma, apenas tinha um violão! mas veja que, sua benevolência em me emprestar o objeto de decoração foi providencial....isso não pode ser negado e nem tão pouco esquecido, jamais. Assim caminhei por essas veredas da Vila Khull, diga Quil, cantando e tocando e naturalmente escrevendo minha próprias canções, enquanto o mundo girava ao meu redór. Meus cabelos começaram a crescer, comecei a fumar e achar os amigos do meu irmão uns caretas, claro eles eram todos pelo mesno 15 anos mais velhos que eu!!! Mas só para ilustrar essa foto que segue ja data do início dos anos 90, sou eu defendendo minha composição sózinho no Vô Lucato, Canta Limeira, sozinho por que o Guilherme Cintra, (outro tocador do caralho e cachaceiro também) meu parceiro na canção meu deu o cano, segundo ele, que Deus o tenha, -" Pô Cauzinho, perrrrrdão meu irrrrmão! tava pedido, fiquei mocozado no sitio do Neizinho". Aí meu irmão... aí eu continuo essa história noutro dia!
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