Opinião
Editorial - Replanejamento e consciência - 29/01/2010 - 00:28 - Autor: Redação JL
Os dados apresentados ao Jornal de Limeira pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) sobre a quantidade de lixo retirada dos bueiros preocupa e mostra como a falta de consciência, associada ao crescente desrespeito à natureza, são fatores determinantes para os alagamentos que atingem de forma violenta todo o Estado de São Paulo e outras regiões do País.
Pelos dados da autarquia, são, em média, 100 toneladas de lixo coletadas dos bueiros - o município possui atualmente 7.120 bocas de leão e 831 bocas de lobo.
São ainda os mais variados tipos de detritos, que inclem até colchões.
Tudo é uma reação em cadeia.
Geralmente, deixa-se sacos de lixo na calçada, empurrados pelas forças da água e conduzidos aos bueiros nos períodos de chuva.
Outra situação recorrente é o despejo de lixo em locais inapropriados e na rua. Esse conjunto prejudica o escoamento da água, que ao invés de ir aos córregos e ribeirões, ou até para estações de tratamento, se acumula.
Como não existe terra e plantas para a absorção, apenas camadas asfálticas, a consequência é a inundação.
Por isso se fala tanto da importância das matas ciliares e do respeito às áreas de proteção permanente, as APPs, que precisam ser recuperadas e preservadas com urgência para evitar desastres que já acontecem com frequência.
A falta de planejamento urbano levou a uma situação de caos, mas o replanejamento pode trazer o reequilíbrio tão necessário entre o homem e o meio ambiente para que se previna essas situações de risco.
Contribuição: Marco Pareja / PreservAção
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