Na sexta-feira, 5/3, os professores anunciaram o indicativo de greve.
A principal reivindicação dos professores, segundo a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Azevedo Noronha, é um aumento salarial de 34,3%. Em Campinas, são cerca de 3 mil professores do Estado espalhados por cerca de 80 unidades escolares.
Segundo Maria Isabel, os professores comparecerão nas escolas para orientar os pais de alunos, mas não darão aula. A Secretaria de Estado da Educação, em nota divulgada na sexta-feira, classificou a greve como uma “decisão política” e afirmou que a pauta de reivindicação da Apeoesp é “inimiga da melhoria da qualidade da educação de São Paulo”, uma vez que seria contra provas de reavaliação de professores, e “só prejudica o ensino público e que é contrária aos próprios interesses dos professores”.
“Esse não é o ponto central dessa greve, estamos lutando por aumento de salário. O que prejudica (o ensino público) é a política deles (governo)”, disse Maria Isabel. Ela afirmou que sua entidade está orientando os professores a não baterem ponto ao chegar nas escolas hoje. Os professores devem ficar nas escolas apenas orientando a comunidade sobre os motivos da greve.
As entidades de classe dos professores marcaram para o próximo dia 12 mais uma assembleia para decidir se a paralisação continuará na próxima semana. Não está descartada para depois do encontro uma manifestação na Avenida Paulista, na Capital.
Na sexta-feira, segundo cálculos da Apeoesp, a assembleia reuniu 10 mil docentes em frente ao prédio da secretaria, na Praça da República, região central de São Paulo. Após a votação da greve, os professores saíram em passeata até a Praça da Sé. No total, a categoria conta com 215 mil docentes em atividade. A rede estadual atende 5 milhões de alunos em 4,5 mil escolas.
Além do reajuste salarial, os sindicatos dos docentes pedem o fim do programa de promoção por mérito, que instituiu uma prova para dar aumentos anuais apenas para os 20% mais bem classificados. As organizações também são contrárias às provas de classificação para os temporários. Os professores com melhores notas são chamados antes para a atribuição de aulas, independentemente do tempo de serviço. “Isso está errado e temos que mudar essa condição. Não é possível continuarmos sofrendo tanto”, disse uma professora. (Com agências Folhapress e Estado)
O STU apoia luta dos professores
O STU solidariza-se com os professores estaduais e oferece seu apoio à Apeoesp.
O período da Campanha Salarial é um momento muito importante para todas as categorias. Neste sentido, o STU entende que a união da classe trabalhadora é a única forma de termos nossas reivindicações atendidas.
O STU acredita que a luta dos professores é justa, por isso, presta sua sincera solidariedade para que o movimento tenha êxito em suas reivindicações.
Fonte: Com informações do Correio Popular
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