A 16 de Junho de 1808 os olhanenses protagonizaram a primeira rebelião bem sucedida contra as tropas francesas de Napoleão Bonaparte. Expulsos os franceses , um grupo de olhanenses embarca no caíque “Bom Sucesso”, rumo ao Brasil, onde o rei D. João VI se ...A 16 de Junho de 1808 os olhanenses protagonizaram a primeira rebelião bem sucedida contra as tropas francesas de Napoleão Bonaparte. Expulsos os franceses , um grupo de olhanenses embarca no caíque “Bom Sucesso”, rumo ao Brasil, onde o rei D. João VI se mantinha exilado, e dão-lhe a boa nova da vitória sobre os invasores. Reconhecido pelos feitos heróicos, D. João VI, eleva o sítio a vila, passando a chamar-se Olhão Vila da Restauração.
Olhão da Restauração existe há 200 anos, contudo a história desta terra remonta ao Neolítico.
Vestígios arqueológicos comprovam que existe presença humana no concelho de Olhão desde o período Neolítico. Os testemunhos mais importantes referem-se ao Calcolítico (2000 a 1500 a.C.).
Os romanos também deixaram a sua marca neste concelho algarvio, com diversos vestígios no litoral associados à pesca e à salga de peixe.
Marim, junto à ria, foi uma importante “villa” e a sua vasta necrópole voltou a ser utilizada durante o domínio visigótico (sécs. V a VIII).
A abundância de peixe foi um chamariz para pescadores, que se fixaram no local onde hoje se localiza a cidade de Olhão.
Vivendo em humildes cabanas construídas com madeira, canas e palha, utilizando a ancestral arte da xávega, em que a rede em forma de saco é arrastada para terra, eram apenas umas escassas dezenas de habitantes em 1378, data do primeiro documento que refere Olhão.
Durante séculos, as únicas construções no areal foram cabanas. A população foi crescendo e, em 1679, a sua importância justificava a construção da fortaleza de São Lourenço para defesa contra os ataques dos piratas do Norte de África. Surge o primeiro edifício de pedra - a Igreja de Nossa Senhora do Rosário - em 1698.
Apenas em 1715 é autorizada a construção da primeira habitação em alvenaria, através de alvará da rainha D. Maria ao mareante João Pereira.
Século XIX decisivo para a expansão de Olhão
A 16 de Junho de 1808 os olhanenses protagonizaram a primeira rebelião bem sucedida contra as tropas francesas de Napoleão Bonaparte.
Expulsos os franceses, um grupo de olhanenses embarca no caíque “Bom Sucesso”, rumo ao Brasil, onde o rei D. João VI se mantinha exilado, e dão-lhe a boa nova da vitória sobre os invasores.
Reconhecido pelos feitos heróicos, D. João VI, eleva o sítio a vila, passando a chamar-se Olhão Vila da Restauração.
Em 1842 é criada na vila uma Alfândega que, em cerca de 20 anos, se torna o mais importante posto aduaneiro do Algarve devido à pesca e outros produtos algarvios. Por esta razão em 1864 é criada uma Capitania do Porto e, em 1875, o Tribunal Judicial de Olhão.
Na última metade do séc. XIX, a actividade comercial desenvolvida pelos marítimos olhanenses, cresceu imenso, estendendo-se até ao Mediterrâneo Oriental.
São os contactos comerciais e a emigração para Marrocos que leva muitos olhanenses a construir as suas habitações de modo semelhante, cúbicas e caiadas de branco, o que valeu a Olhão a alcunha de "vila cubista".
Na primeira metade do séc. XX, a instalação da indústria de conservas de peixe, fez de Olhão uma vila rica e extremamente produtiva. A primeira fábrica de conservas surgiu em 1881, fundada pela empresa francesa Delory, e em 1919 já existiam cerca de 80 fábricas.
Olhão é elevada a cidade em 1985.
Actualmente, Olhão já não vive da indústria conserveira apontado baterias ao desenvolvimento turístico do conselho.
FONTE: Inês Correia - http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=19084
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