por Redação da The Economist
Ambientalistas
tentam convencer consumidores chineses
a não comprarem objetos feitos de marfim africano.
Foto: Reprodução/Internet |
Ambientalistas usam novas táticas na luta contra caçadores ilegais
Os africanos veem os elefantes quase do mesmo jeito que os chineses veem Yao Ming, sua estrela do basquete gigante (2,29 metros).
Eles veem poder e majestade assim como gentileza e decência.
Isso faria com que Yao fosse um embaixador ideal para ambientalistas em defesa dos elefantes que desejam convencer os consumidores chineses a não comprarem objetos feitos de marfim africano a fim de reduzir a demanda por presas de elefantes manchadas de sangue.
Para a tranquilidade dos ambientalistas, Yao aceitou o trabalho. Ele é o rosto de uma ambiciosa nova campanha voltada para chineses ricos que procura gerar interesse a respeito da fauna silvestre africana – em seu habitat natural e não como objetos de decoração expostos em salas de estar.
Tendo se aposentado recentemente do basquete profissional nos EUA, Yao apresentará um documentário produzido por chineses sobre a vida silvestre africana e estampará fotos em outdoors, bem como se reunirá com funcionários públicos chineses por todo o país.
Em um serviço de utilidade pública a ser transmitido em dezembro, ele afirma que “quando as compras param, a matança também pode parar”.
A demanda por marfim africano,
e com isso a taxa de morte de elefantes, aumentou pronunciadamente nos últimos quatro anos, principalmente devido ao aumento da riqueza na China.
O número de mortes causadas
por caçadores ilegais registradas no Quênia mais que duplicou e é possível que o número verdadeiro seja ainda mais alto, uma vez que muitos elefantes são caçados em áreas remotas, afirma Douglas-Hamilton, fundador da Save the Elephants uma ONG queniana.
Agir no convencimento dos compradores é uma mudança para os ambientalistas.
Nas décadas passadas eles se concentraram em auxiliar os governos africanos a combaterem os caçadores ilegais.
Mas a inadequação das forças de proteção da fauna silvestre nacionais os fez ampliar sua campanha para a demanda – e ignorância – asiática.
“Muitos chineses nem sabem que elefantes são mortos ou que nem todo o marfim tem como fonte mortes naturais”, afirma Peter Knight da WildAid, uma ONG americana que opera na China.
* Publicado originalmente na revista The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.
(Opinião e Notícia)