A Coisificação do Homem
A “coisificação” do homem
é um sinal do trágico destino da humanidade:
a banalização da vida, a perda de valores éticos e morais,
invertendo a prioridade da “coisa” sobre a vida.
é um sinal do trágico destino da humanidade:
a banalização da vida, a perda de valores éticos e morais,
invertendo a prioridade da “coisa” sobre a vida.
O crescente hedonismo coisifica o homem, pois este passa a ser um instrumento com uma finalidade única e suprema do prazer.
Vende-se a todo instante, através dos meios de comunicação ou por propagandas disseminadas entre as pessoas, a vida fácil, o prazer instantâneo, o valor do “ter” sobre o “ser” das pessoas.
O jovem é o alvo mais freqüente e é bombardeado insistentemente com essa inversão de valores.
Mas os adultos também são vítimas. Basta uma olhadela na rua ou folhear uma revista para percebermos a banalização da vida humana.
O relativismo moral e religioso é o responsável por essa inversão de valores, que coloca em risco a própria existência do homem. Tudo é verdadeiro e tudo é permitido desde que seja agradável e prazeroso; melhor ainda se for rápido, instantâneo!
As pessoas precisam ser críticas a tudo que é colocado à sua disposição, principalmente quando algo é oferecido de forma muito fácil e graciosa: há que se investigar o que está por trás dessa generosidade suspeita.
A pressão para a legalização do aborto, alegando motivos invertidos como justificativa é um exemplo.
Oras, alega-se que se há abortos clandestinos, precisamos legalizá-los.
Baseando-se nesse raciocínio: se ninguém respeita o limite de velocidade na cidade e estradas, porque não liberá-los? Não! Limita-se a velocidade porque o seu excesso é um risco para vidas humanas.
O mesmo raciocínio deve ser aplicado com relação ao aborto – um atentado contra a vida humana.
Ainda: se há assaltos a bancos, porque não estudamos uma forma de legalizá-los?
Porque o dinheiro é poderoso e é necessário guardá-lo a sete chaves.
Então porque não preservar a sete chaves a vida humana, ainda que tenha apenas dias ou semanas, dentro de um útero materno?
Mais uma vez, a solução mágica é apresentada.
Como no caso das cotas, aonde é muito mais fácil e eleitoreiro criá-las do que o demorado, mas necessário, investimento na melhora da qualidade da educação pública (Ensino Fundamental e Médio).
Se há abortos clandestinos, é muito mais fácil legalizá-lo do que investir em educação e saúde para impedir gestações inconseqüentes.
Há a necessidade de parar com os abortos – clandestinos ou não!
O caminho correto é a educação.
Também urge fiscalizar e condenar aqueles que promovem essa prática clandestinamente.
É preciso parar com essa inversão de valores.
É preciso por os “pingos nos is” corretamente.
Definitivamente.
E assim, livrar as pessoas da banalização da vida humana.
O ser humano é dotado de inteligência.
Deve utilizá-la para tomar suas decisões.
Deve empregá-la a serviço da vida e da permanência da humanidade sobre a terra.
Campanhas de proteção de árvores e matas são lançadas a todo o momento: sim, necessitamos preservar a natureza para sobrevivermos.
Mas de que adiantará preservá-las, se o homem aniquila-se a si próprio?
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Texto publicado no Jornal de Londrina - edição de 19/10/2007 - pág 02.
Hedonismo: s.m. Doutrina moral que considera ser o prazer a finalidade da vida: há pessoas que professam naturalmente o hedonismo. O termo hedonismo vem de uma palavra grega que significa prazer. Na Grécia antiga, epicuristas e cirenaicos baseavam suas teorias éticas na idéia de que o prazer é o maior bem. Mas os epicuristas acreditavam que os homens devem buscar os prazeres da mente, e não os prazeres do corpo. Achavam que o sábio evita os prazeres que mais tarde podem lhe causar dor.
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