Filho de Nabopolassar, Nabu-cudurru-usur, universalmente conhecido, sobretudo por mérito de Giuseppe Verde, com o nome de Nabucodonosor II.
O jovem príncipe obedeceu de bom grado à ordem paterna conquistando Carchemich, onde esperou que o exército de Necau desencadeasse o contra-ataque.
Aqui deu-se o encontro entre as duas civilizações mais antigas do mundo em 605 a.e.c.
O resultado conhecemos pelas palavras de Jeremias: o exército egípcio desfeito, espicaçado pelo vencedor e em fuga desordenada passou sob os muros de Jerusalém e o grande profeta não disfarça sua satisfação.
“Contra o Egito, contra o exército do faraó Necau, rei do Egito, que estava junto ao rio Eufrates, em Carchemich, a quem derrotou Nabukhadnezar, rei de Babel, no ano quarto de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá.
Mas que acontece?
Eu vi-os medrosos, e voltar as costas os seus valentes derrotados; fogem precipitados, nem para trás olham; o terror cerca-os de todas as partes, diz o Senhor: ‘Não fuja o ágil nem espere salvar-se o valente’; para a parte do aquilão, junto ao rio Eufrates, foram vencidos, e caíram por terra... porque esta é a vítima do Senhor Deus dos exércitos na terra do aquilão, junto ao rio Eufrates. (Jeremias, XLVI, 2, 5-10).
Em 605 a.e.c., Nabucodonosor, porém, foi obrigado a interromper a perseguição; em Hamath alcança-o a notícia da imprevista morte de seu pai.
Confiou assim a missão a seus generais, voltou a Babel, onde assumiu as insígnias reais e logo voltou a tomar posse, como rei, daquela parte do mundo que lhe competia.
O seu reinado inicia-se assim sob os auspícios de uma fulgurante vitória.
Seguiram-se muitas outras ao longo de todos os quarenta anos de governo.
Este período de tempo transformará Nabucodonosor, depois de Sargão, Naram-Sin e Hammurabi, no maior rei da Babilônia.
Mas, já como seu pai, nas inscrições fala só fugazmente, pelo que saberíamos muito pouco dele se não tivesse chegado a nós uma crônica detalhada, mas que se encerra no XI ano, ou seja, 549 a.e.c.
Por sorte, para preencher a ampla lacuna concorreram seus dois grandes contemporâneos, Jeremias e Ezequiel.
Para consolidar o próprio império, Nabucodonosor conduziu algumas campanhas com as quais livrou suas terras de qualquer instrução egípcia:
“E o rei do Egito, daquele tempo em diante, não tentou mais sair de seu reino, porque o rei da Babilônia tinha levado tudo o que tinha sido do rei do Egito desde o torrente do Egito (Uadi El-Arich) até o rio Eufrates.
Restava porém, a questão do Reino de Judá; à sua frente, Joaquim, entronizado por Necau e, portanto, a ele fiel.
Porém, examinada a nova situação, também ele se submeteu espontaneamente ao novo dominador.
Mas na realidade Joaquim, que Jeremias descreve com um tiranete despótico e dissipador, começou logo a fazer “jogo duplo”, conspirando com Necau, e por duas vezes tentou reconquistar a sua independência.
A primeira tentativa foi prontamente frustrada pelas fortalezas babilônias na Palestina, mas a segunda, em 599 a.e.c., teve um feliz êxito: Nabucodonosor, provavelmente absorvido por outros problemas, não se preocupou muito.
Em 599 a.e.c. Joaquim morreu e sucedeu-lhe o filho, aos dezoito anos, de nome quase igual ao seu, Joahin (ou Jeconias).
E no ano seguinte, o exército babilônio avança em redor de Jerusalém.
O jovem rei acha melhor render-se.
“E Nabucodonosor levou dali todos os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa real; e despedaçou todo os vasos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito no templo do Senhor, conforme a palavra do Senhor.
E levou para o cativeiro toda a Jerusalém, todos os príncipes e todos os valentes do exército, ao todo dez mil, e todos os artistas e ferreiros; e não ficou nada, à exceção dos pobres, dentre o povo do país.
Deportou também para Babel, Joahin e a mãe do rei, e as mulheres do rei, os seus eunucos, e levou cativos para Babel todos os juízes do país. (Reis, 2 XXV, 13-15).
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