sexta-feira, 20 de abril de 2012

NÁUFRAGO (FILME) - RESENHA - PARA OS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DA EE PROF. PAULO CHAVES SOB ORIENTAÇÃO DO PROF. CLAUDIO CORREA COMO ATIVIDADE PARA A DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

E E PROF. PAULO CHAVES

DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA - PROF. CLAUDIO CORREA
ALUNO(A):_________________________________Nº:
TURMA: 1º ANO ______ - DATA: ___/_____/_______


NÁUFRAGO (FILME) - RESENHA CRÍTICA

Por:: Egídio Garcia Coelho



1. INTRODUÇÃO

O Filme "Náufrago" retrata a história de um executivo voltado para um minucioso controle do tempo, onde na sua função tem como foco e objetivo principal, auferir sempre os melhores resultados, mesmo que para isso tenha que sacrificar a própria saúde a afetividade e consideração nos seus envolvimentos sociais. Com excelente desempenho o ator e produtor Tom Hanks no papel de Chuck Noland (executivo da Fed-Ex), consegue sozinho em cena, prender a atenção de espectadores de forma surpreendente.
Houve demonstração de adaptação e criatividade do personagem que buscava sobreviver isolado numa ilha deserta, após ter sobrevivido a um acidente com o avião da companhia que prestava serviços, voltando da Rússia, onde demonstrou eficiência na implantação dos seus rigorosos controles de tempo para entregas das encomendas Fed-Ex.
Interessante revelação de oportunismo e profissionalismo dos produtores na exploração de merchandising com a marca Fed-Ex que aparece como berço da história e a bola de vôlei da marca Wilson que veio a se transformar num personagem de destaque, provocando grandes emoções, quando se revelava a carência afetiva na solidão de Chuck Noland, sempre alimentando esperanças de voltar à civilização.
Uma seqüência de acontecimentos interessantes marca a transformação de um executivo cheio de recursos e tecnologias do mundo corporativo em um explorador sem recursos que fará uso da sua iniciativa e criatividade para sobreviver na ilha.
Ressalvas quanto à falta de exploração no tocante a espiritualidade que deixou de ser enfatizada, quando em circunstâncias semelhantes, qualquer ser humano é chamado a profundas reflexões, independente de credo ou religião.

2. DESCRIÇÃO DO ASSUNTO

No Filme Náufrago o autor com as primeiras e últimas cenas, deixa transparecer o seu conhecimento sobre a visão holística.
Nos primeiros passos do executivo Noland, foi ressaltada a sua determinação e eficácia na conquista de resultados positivos, desempenhando suas funções na empresa Fed-Ex. Em uma filial da Rússia, foi responsável pela melhoria dos serviços de entrega, demonstrando com clareza a sua metodologia que visava sempre a qualquer custo, excelência na prestação dos serviços da companhia.
Em seu retorno para a matriz, houve o acidente fatal que o poupou como único sobrevivente, passando a ser o foco das atenções nessa interessante obra cinematográfica.
Na ilha, depois de consumada a tragédia, foi se desenvolvendo a seqüência dos acontecimentos que prende a atenção dos espectadores, mesmo mantendo em cena, apenas um personagem humano.
Rompendo o silêncio, depois da queda do avião, seguem-se os primeiros passos do sobrevivente, iniciando a preparação de um abrigo.
Surgem alguns estranhos barulhos que provocam medo antes de se revelarem como fonte principal da alimentação do náufrago, seguidos de um longo caminho de tentativas e descobertas.
Encomendas Fed-Ex foram recolhidas entre destroços do avião nas areias e encostas da ilha e aproveitadas como abastecimento provisório, contendo alguns utensílios de fundamental importância.
Manifestou-se uma contagiante alegria na conquista das primeiras chamas de fogo, após uma persistente e dramática busca alimentada pela convicção.
Muito sofrimento ficou evidente na busca por uma solução improvisada para conter a insuportável dor de um dente inflamado. Emocionante a relação de afetividade que se firmou com o imaginário personagem Sr. Wilson, representado por uma bola de vôlei que Noland, nas suas crises de solidão acabou criando. Por fim um desfecho que deixou evidente a falta de manutenção das afetividades e considerações nos relacionamentos antes da tragédia, mas, também uma prova de que há sempre uma porta que se abre para recomeçar.

SABE O QUE É NIÓBIO? ...

Após checagem sumária das informações, parece que devemos ficar atentos ao contéudo da denúncia que segue abaixo.
NIÓBIO Vocês já ouviram algo a respeito? Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo.
Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece e tudo fazem para que isso continue assim.
Como é possível o fato de o Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem
o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
 EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
 Estamos perdendo cerca de 14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo.
 
Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa.

 
Não é uma descalabro alarmante?
 
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo:

“O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio.

”E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso?
Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero.
 
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa.
A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.
A Inglaterra, é a nação que mais se beneficia com a demarcação em Roraima e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo.
Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
 
Cadê a OAB, o MFP, o Congresso Nacional???
 
Os bandidos são mais honestos.
 
O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligasde metais não ferrosos.
 
Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.
Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.

Usado em soldas elétricas.
Devido a sua coloração é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de jóias como, por exemplo, os piercings.
Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini.
O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização emcapacitores.

O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas.
Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores, 9,3 K.
 
Além disso, é um dos três elementos supercondutores que são do tipo II ( os outros são o vanádio e o tecnécio), significando que continuam sendo supercondutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.


www.tribunadaimprensa.com.br/?p=17578

sexta-feira, 13 de abril de 2012

EQUIPE DE VOLEIBOL BARÃO DE LIMEIRA


Prof. Robson com a atleta Joyce Miranda da Silva.

A parceria entre a Sociedade Esportiva Gran São João e ACEBAL no voleibol vem conquistando bons resultados não só em competições, a atleta Joyce Miranda da Silva de 1,74m de altura, 16 anos foi convocada para a seletiva da Seleção Brasileira de Voleibol Infanto Juvenil que acontecerá nos próximos dias 12, 13 e 14 na cidade de Uberlândia.
A indicação da atleta aconteceu no final do ano passado e foi oficializada esta semana conforme nota oficial da Confederação Brasileira de Voleibol.

A grande notícia veio por intermédio da Liga Regional e pelo próprio Técnico da Seleção Maurício Thomas, em contato com o Prof. Robson Siqueira, técnico da atleta e da equipe do GRAN/BARÃO DE LIMEIRA, que também é responsável pelo projeto.
Isso vem coroar nosso trabalho e das demais atletas, servindo de incentivo a todos da equipe, para que continuemos trabalhando com muita dedicação e que mais portas possam se abrir trazendo mais reconhecimento ao nosso trabalho, comentou Prof. Robson Siqueira, que aproveita para agradecer os colaboradores da equipe:
Sociedade Esportiva Gran São João, PLACAR PLÁSTICOS, DOMINIUM Fomento Mecantil, COLÉGIO BARÃO DE LIMEIRA, Seme e ACEBAL.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

LANÇAMENTO DO ALBUM “O ELIXIR

29/04
Domingo às 19h.
 
Música: LANÇAMENTO DO ALBUM “O ELIXIR”.
 
Lançamento do álbum do músico limeirense Emanuel Massaro em parceria com o poeta também de Limeira Otacílio Cesar Monteiro.

 
Entrada:
R$ 10,00 inteira,
R$ 5,00 meia-entrada.

Classificação Indicativa: Livre.
 

Teatro Vitória



DIA MUNICIPAL DO CHORO

25/04
Quarta-feira às 20h.

Música: “DIA MUNICIPAL DO CHORO”.
 
Muito chorinho,do bom,  com o grupo Reminiscências, marca a data em que Limeira celebra o Dia Municipal do Chorinho.

 
Entrada: Gratuita.
 
Classificação Indicativa: Livre.
 
Teatro Vitória

Projeto de Educação Ambiental “Horto Florestal de Limeira”,


Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”.

(Pitágoras)


A Prefeitura de Limeira, por meio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades (SEMA) e da Educação, desenvolve o Projeto de Educação Ambiental “Horto Florestal de Limeira”, com o objetivo de aproveitar espaços de visitação do Horto Florestal para desenvolver atividades educativas com temática ambiental.
O projeto será realizado através de visitas monitoradas pré-agendadas pelas escolas das redes pública e particular de Limeira e região, além de outras instituições.
Esse projeto visa ainda valorização do Horto Florestal e conscientização ambiental, proporcionando relação positiva da população com o Horto. Para melhor atender as pessoas que serão monitoradas durante as visitas, estagiários da SEMA participaram da segunda etapa de capacitação, no dia 4 de abril, na sede do Horto Florestal.
Na parte teórica foram apresentados os objetivos do Projeto, as funções e a importância do Horto, além da apresentação dos três Cardápios de Aprendizagem:

Cardápio I – Minissítio,

Cardápio II – Laboratório de Botânica e

Cardápio III e IV - Viveiro de Mudas Nativas.

A capacitação continua nestas quarta, quinta e sexta-feira, dias 11,12 e 13 de abril, a partir das 13h30.

Será realizada a parte prática dos trabalhos, na qual os estagiários farão todas as etapas dos três cardápios, incluindo acolhimento na capela com história do Horto Florestal, trilha interpretativa, visita ao Minissítio, Laboratório de Botânica e Viveiro de Mudas Nativas, visita ao relógio de sol e arvorismo (oferecido apenas a crianças até 12 anos).

Mais informações podem ser obtidas na SEMA, pelo telefone (19) 3451-3883.


Fonte: Dalbert Gonçalves


terça-feira, 10 de abril de 2012

Lixo urbano: um desafio ambiental - por Redação do IHU-Online

“Hoje se composta 1% do que se gera, e se recicla 0,8%. São números muito vergonhosos para o Brasil”, constata o engenheiro civil Eleusis Di Creddo.



A falta de um destino adequado para o lixo urbano ainda é um dos principais problemas ambientais do Brasil, que concentra praticamente toda a produção de lixo dos 5.500 municípios do país em 4.600 lixões. De acordo com Eleusis Di Creddo, em entrevista concedida à IHU On-Line, o “lixão é um crime ambiental”, pois os resíduos depositados nesse ambiente contaminam o solo, os recursos hídricos e dão origem ao chorume, um líquido “mais poluidor do que o esgoto sanitário”. Conselheiro da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), o engenheiro destaca que são necessários 448 aterros sanitários para acabar com os lixões espalhados pelo país, como prevê a proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estima solucionar esse problema ambiental até 2014.
 
Na avaliação dele, a falta de recursos públicos impede os municípios de investirem em coleta seletiva. “O problema principal é a questão de custo. Dos 5.500 municípios, quatro miil têm menos de 30 mil habitantes. Quer dizer, mais de 90% dos municípios brasileiros são pequenos e não têm, muitas vezes, nenhum sistema, nenhum departamento municipal de limpeza pública, não têm uma pessoa encarregada pelo serviço de limpeza da cidade, pelo tratamento e disposição do lixo”, informa na entrevista concedida por e-mail.
 
Segundo ele, “31% dos resíduos que são encaminhados para aterros poderiam ser reciclados, como papel, papelão, alumínio, plástico, etc.” Para mudar esse processo, acentua, é preciso investir na logística reversa, ou seja, a indústria precisa se responsabilizar pelas embalagens que produz e recolhê-las. “Se a indústria não remunerar esse trabalho, por mais que as pessoas estejam conscientes da necessidade da reciclagem, ela nunca se viabilizará nesse país. Infelizmente tudo se resume a dinheiro. É preciso haver uma cadeia econômica que sustente a reciclagem no país.”
 
Eleusis Di Creddo é engenheiro civil, foi professor universitário e atua no segmento de resíduos sólidos há mais de 20 anos.
 
Confira a entrevista.
 
IHU On-Line – Qual a diferença entre aterro sanitário e lixões? Estes são locais adequados para armazenar o lixo?
 
Eleusis Di Creddo – O lixão é considerado uma disposição final na natureza completamente inadequada. O Ministério do Meio Ambiente e os órgãos ambientais estaduais o definem assim. O lixão nada mais é do que uma disposição do lixo no solo sem qualquer preocupação ambiental. Então, esse resíduo, ao ser jogado na natureza, sem nenhuma preocupação, vai propiciar a contaminação do solo, a contaminação dos recursos hídricos subterrâneos e também dos recursos hídricos periciais, os rios que estejam próximos desse local. Além do mais, o lixão se caracteriza pela não cobertura dos resíduos. Então, os resíduos ficam expostos gerando odor e a proliferação de vetores com prejuízo para a saúde das pessoas que vivem ali perto. Além disso, o chorume, que é o líquido que o lixo gera num lixão, não é tratado, ou seja, esse líquido que é altamente poluidor, muito mais poluidor do que o esgoto sanitário, pode atingir também os rios, matar a vida aquática e contaminar o solo. O lixão é um crime ambiental.
 
Infelizmente, no Brasil nós ainda temos 4.600 lixões, principalmente na região Norte, na região Nordeste e na região Centro Oeste. Considerando que o Brasil tem 5.500 municípios, e 4.600 lixões, pode-se dizer que existe quase um lixão por município. Esta é uma situação muito ruim. Para mudar esse quadro, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), publicada em 2010, define 2014 como uma data para acabar com a disposição irregular desse material.
 
Aterros sanitários

Os aterros sanitários, ao contrário dos lixões, são uma obra de engenharia extremamente complexa. São obras que minimizam todos esses impactos que mencionei. Então, o resíduo não entra em contato com o solo e não entra em contato com a água. Para isto existe uma impermeabilização tanto na base como nos taludes desse local. Esta impermeabilização é dupla, ou seja, existe uma camada de solo bastante impermeável, de um metro, aliada a uma geomembrana de polietileno de alta densidade, de pelo menos dois milímetros. Este sistema impermeabiliza e impede o contato do lixo com o solo e com a água.

Num aterro sanitário, todo o percolado gerado é coletado e tratado antes de ser disposto. Existe um tratamento desse chorume. Num aterro sanitário existe uma drenagem de todo gás que o lixo gera através de drenos verticais e horizontais e a queima desse gás. Num aterro sanitário é possível cobrir os resíduos com o solo ou com uma geomembrana evitando, assim, a presença de vetores e o mau odor. Num aterro sanitário também é possível disciplinar o fluxo de água, impedindo a erosão nos taludes. Portanto, é uma obra de engenharia extremamente complexa e, por isso mesmo, é uma obra cara para a maioria dos municípios brasileiros. Isto explica por que existem tantos lixões no país. Na maioria das vezes, os municípios infelizmente são pequenos, não têm recursos e o lixão praticamente não tem custo nenhum para as prefeituras, ao passo que um bom aterro sanitário é uma obra de engenharia complexa e, portanto, exige custos, exige um desembolso da prefeitura muito maior. São poucas, infelizmente, as prefeituras que têm nos cofres municipais condição de fazer frente a essa despesa.
 

IHU On-Line – E os municípios dispõem de espaço físico para construir esses aterros?
 
Eleusis Di Creddo – Sem dúvida alguma. A não ser nas grandes regiões metropolitanas, que é o caso de São Paulo, na maioria dos Estados brasileiros existem áreas ainda plenamente utilizáveis para um aterro sanitário. Isto não acontece no Japão, na Dinamarca, na Holanda e em outros países que têm pequena extensão territorial e não podem utilizar o aterro como solução. O Brasil, por ser um país continental, pode utilizar o aterro, como os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, hoje, 50% dos resíduos gerados são dispostos em aterros sanitários, porque também é um país continental, como o Brasil.
 
IHU On-Line – Uma das propostas da Política Nacional de Resíduos Sólidos é que as prefeituras passem a ser responsáveis pela compostagem do lixo. Quantos municípios brasileiros possuem aterros sanitários? Como este processo está sendo desenvolvido?
 
Eleusis Di Creddo – Praticamente não existe reciclagem nem compostagem no país. Se analisarmos os números do Panorama do Saneamento Básico do ano 2000 – que é uma pesquisa que o IBGE faz a pedido do governo – e compararmos aos números de 2010, perceberemos que houve uma melhora na disposição final. Quer dizer, já há um número significativo de bons aterros no Brasil, mas em termos de reciclagem e compostagem, pioramos em relação a 2000.
 
Hoje se composta 1% do que se gera, e se recicla 0,8%. São números muito vergonhosos para o Brasil, se olharmos para países mais desenvolvidos. A Alemanha recicla 40% e composta 20% de tudo o que gera. Infelizmente o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer, mas a PNRS está plenamente sintonizada com o melhor que existe de gerenciamento de resíduos.
 
IHU On-Line – Então será difícil atingir a meta da PNRS, que quer acabar com os lixões até 2014?
 
Eleusis Di Creddo – Não, porque as coisas são desassociadas. A disposição final é uma meta que está aí, que é possível de atender. Na opinião da nossa Associação, devemos deixar a reciclagem e a compostagem para depois de 2014, porque nós achamos que o aterro sanitário bem executado é um elo fundamental da cadeia. Se nós conseguirmos resolver o problema da disposição final, aí nós podemos aprimorar o sistema, melhorando a reciclagem e a compostagem. Não adianta nada melhorar a reciclagem e a compostagem, se continuarmos com os nossos lixões. Então, a proposta é que o governo utilize os recursos do PAC2 disponíveis, algo em torno de R$ 1,5 bilhões, para erradicar os lixões com a construção de novos aterros sanitários e, depois, investir em reciclagem e compostagem.
 
IHU On-Line – Em que consiste a proposta da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) para a criação de 448 aterros sanitários no país? Esta quantidade aterros sanitários será suficiente para acabar com os lixões do Brasil?
 
Eleusis Di Creddo – Nós fizemos uma pesquisa nos Estados do país, analisando as áreas em que, hoje, não existem bons aterros. Para essas áreas, que chamamos de desatendidas de um sistema decente, definimos um bom aterro regional que abrangesse todos os municípios num raio de 60 quilômetros. Todos os municípios neste raio levariam o lixo para um único ponto, que seria o aterro regional. Sendo assim, para resolver o problema do país, seriam necessários 448 novos aterros regionais. A tendência depois é melhorar cada vez mais esse número.
 
IHU On-Line – Além da dificuldade financeira, por quais motivos os municípios têm dificuldade de aderir à coleta seletiva?
 
Eleusis Di Creddo – O problema principal é a questão de custo. Nós temos 5.500 municípios e quatro mil têm menos de 30 mil habitantes. Quer dizer, mais de 90% dos municípios brasileiros são pequenos e não têm, muitas vezes, nenhum sistema, nenhum departamento municipal de limpeza pública, não têm uma pessoa encarregada do serviço de limpeza da cidade, do tratamento e da disposição do lixo. São municípios que não têm recursos para fazer nada. Infelizmente esta é a situação. Por essa razão, nós advogamos não resolver o problema por município e, sim, por agrupamento de municípios, por consórcios regionais, no nosso caso, 448 consórcios regionais.
 
IHU On-Line – Como dar conta do lixo produzido numa época em que a obsolescência tecnológica e o consumo de produtos embalados imperam e, obviamente, se descartam mais papel, plástico e embalagens de modo geral?
 
Eleusis Di Creddo – Nós temos um longo processo de educação ambiental a ser implementado no país. Dos resíduos que são encaminhados para aterros, 31% poderiam ser reciclados, como papel, papelão, alumínio, plástico, etc. Infelizmente isto está indo para o aterro por dois motivos: falta de uma conscientização, mas também porque o produto reciclado ainda não tem valor comercial, a não ser no caso da lata de alumínio. O Brasil é campeão mundial de reciclagem de lata de alumínio, porque a indústria dá valor a esse produto, compra essa lata e a reinsere na cadeia produtiva. Isto precisa ser feito para os outros produtos também, para o papel, papelão, plástico, vidro. É o que chamamos de logística reversa, que também é um pilar da PNRS. A nossa associação está participando, em Brasília, das reuniões de logística reversa de embalagens, e a indústria vai propor ao governo um sistema em que ela se encarregará de recolher as embalagens que reproduz. A indústria de vidro recolherá os vidros, a indústria de PET recolherá PET e a municipalidade pode ajudar essas indústrias com o sistema de coleta seletiva da cidade, sendo remunerada pela indústria. Se a indústria não remunerar esse trabalho, por mais que as pessoas estejam conscientes da necessidade da reciclagem, ela nunca se viabilizará nesse país. Infelizmente tudo se resume a dinheiro. É preciso haver uma cadeia econômica que sustente a reciclagem no país. A cadeia ainda não está fechada. Para fechá-la, é preciso que a indústria se comprometa a recolher de volta tudo aquilo que fabricou e dispôs na natureza de maneira errada.
 
IHU On-Line – Então a educação ambiental passa por uma perspectiva econômica também?
 
Eleusis Di Creddo – Sem dúvida alguma. A indústria precisa dar valor a esse produto para criar esse comércio. Hoje, infelizmente, a figura do catador é vista como uma atividade quase subumana, puxando carrinho na rua como se fosse um animal, sem qualquer lei trabalhista que o proteja e o sustente. Quando a indústria der valor ao reciclado, esse catador pode ser um empresário da reciclagem e ter uma vida digna. Para isto é fundamental a logística reversa, a indústria precisa estar disposta a comprar esse produto de volta e reinserir esse produto na cadeia produtiva.
 
IHU On-Line – É possível perceber melhorias no Brasil, um ano e meio após a aprovação da PNRS? Quais os desafios nesse sentido?

Eleusis Di Creddo – Houve um retrocesso na reciclagem e na compostagem. Porém, em termos de aterro, o Brasil melhorou muito, porque existiam muito mais lixões no passado e muito menos aterros sanitários do que existe hoje. Atualmente, as grandes capitais e as grandes cidades do país têm aterros sanitários dignos do melhor padrão norte-americano e europeu. Não ficamos nada a dever aos melhores aterros sanitários do mundo, mas isto somente em grandes cidades, com população expressiva. Houve um avanço tecnológico muito grande em questão da disposição final, porém não para a totalidade dos municípios, apenas para alguns. O desafio da PNRS é viabilizar uma solução para todos os municípios do país.
 
IHU On-Line – Como o senhor avalia a polêmica em torno da não distribuição de sacolas plásticas em alguns supermercados? Esta medida pode contribuir para diminuir a produção de lixo plástico?
 
Eleusis Di Creddo – Muitos supermercados optaram por colocar as compras em caixas de papelão, nas quais muitas vezes vieram detergentes e demais produtos de limpeza, que entrarão em contato com frutas e outros alimentos. Quer dizer, será que o problema não piorou um pouco em termos ambientais? É importante se tomar medidas como essa, desde que se tenham feito medidas preventivas. O Brasil não estava preparado para uma radicalização assim, tão rápida, sem algumas medidas preparatórias para isso. O consumo do saco plástico vai continuar crescente, pois quem não usa o saco plástico do mercado vai comprá-lo. Então, essa questão vai continuar existindo. O que nós defendemos é a troca do plástico comum por um que seja biodegradável. Mas isso também não foi feito. Quer dizer, houve uma mudança brusca de postura sem que tivesse um debate técnico mais profundo.

 
IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?
 
Eleusis Di Creddo – Além da educação ambiental e da participação da sociedade, é fundamental que o munícipe entenda que a coleta de lixo, seu tratamento e sua disposição final, é um custo para prefeitura e, portanto, tem que ser suportado pelos habitantes daquela cidade por meio de uma taxa específica. Nós pagamos pela água que consumimos, pela energia elétrica que usamos, mas, somente 11% dos municípios do Brasil cobram dos munícipes pela coleta, tratamento e disposição do lixo. Talvez isto explique o motivo de o país estar em uma situação tão ruim.
 
Sei que não é agradável um prefeito dizer para a população que vai instituir uma taxa, mas sem esse recurso para melhorar o gerenciamento do sistema, nós não vamos progredir. É dessa forma que todo país do mundo, avançado na questão de gerenciamento, resolveu seu problema. Vivemos num grande condomínio e temos que repartir as despesas. É importante a população estar ciente que tem que dar sua cota de participação, inclusive monetária, nesse processo.

 
* Publicado originalmente no site IHU-Online.
 
(IHU-Online)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Roger Waters faz espetáculo fantástico em São Paulo


Ex baixista  do Pink Floyd
 apresentou primeiro show da incrível turnê 'The Wall'
na cidade neste domingo
Carol Nogueira / Cau

Foram 28 músicas e duas horas e meia de espetáculo, mas que passam bem mais devagar no relógio que na cabeça de Roger Waters, o ex-baixista do Pink Floyd que trouxe a São Paulo neste domingo, no Estádio do Morumbi, o show do álbum clássico da banda, The Wall, com o qual está na estrada desde 2010.
Não é como se ele fosse um músico decadente se aproveitando da história da banda que o catapultou ao sucesso -- afinal, Waters compôs a maior parte do disco e também era o responsável pelos vocais em quase todas as músicas.
O conceitual The Wall é extremamente pessoal para Waters, já que o personagem-título do álbum lançado em 1979, Pink, é baseado nele.
E é revivendo algumas de suas histórias e reinventando sentidos para as músicas do disco, adaptadas para o século XXI, em que não há mais Guerra Fria, que Waters tece o melhor espetáculo em atividade atualmente.
Em um impressionante muro de 137 metros de largura e 11 metros de altura, composto por tijolos brancos que recebem projeções, o músico recria o muro criado para a ópera rock que virou filme no começo dos anos 80.
O começo do show de Waters tem cara de fim.
Logo na introdução instrumental de In the Flesh?, aparecem soldados com suas bandeirolas, que marcham por uma estrutura localizada na parte superior do palco.
Em seguida, fogos de artifício e uma cortina de fogo nocauteiam o espectador e avisam: este não é um show comum.
Nas caixas de som espalhadas estrategicamente pelo estádio (144 no alto das arquibancadas e + 96 içadas na pista voltadas  pro fundo), que criam uma sensação de 360º, são reproduzidos os sons do disco, como aviões, helicópteros e tiroteios.
Um avião chega e colide com uma parte do muro, sendo engolido por uma bola de fogo.
No telão circular no meio do palco, começam a aparecer os rostos de civis mortos em guerras, e cada um deles ganha uma projeção nos tijolos do muro, até que ele fica completo no fim de The Thin Ice.
É, então, a vez da primeira parte de Another Brick in the Wall, que prepara os espectadores para um coro emocionante na segunda parte, quando Waters leva ao palco um coral de crianças - em São Paulo, foi o Instituto Bacarelli.
É também nesta hora que aparece a primeira marionete gigante do show, da figura do professor.
Embora o show siga à risca o repertório do disco, nesta hora Waters abre uma exceção para homenagear o brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia de Londres em 2005 - algo que ele faz há algum tempo na turnê e, para ficar claro, não tem nada a ver com o fato de o show ter acontecido no Brasil.
Ao final da música, Waters para o show por alguns minutos, agradece o coral e diz: "Compus esta música para o meu pai, mas hoje, percebo que ela não é sobre mim, ou meu pai.
Ela é sobre Jean Charles de Menezes e outros como ele", antes de emendar a música Mother, na qual aparece o segundo fantoche gigante, o da mãe.
Na música seguinte, Goodbye Blue Sky, uma projeção no muro mostra aviões jogando bombas em formatos de logomarcas (entre elas, da Shell e do McDonald's), símbolos religiosos (estrela de Davi, cruz católica e o do islamismo) e cifrões.
Ele continua o show com Empty Spaces, What Shall We Do Now?, Young Lust e One of My Turns, o muro vai sendo construído, tijolo por tijolo, até ficar praticamente completo em Another Brick in the Wall Part 3 e The Last Few Bricks, que não consta no repertório original do álbum, mas serve para ganhar um tempo extra na construção do muro.
Na sequência, vem a emocionante Goodbye Cruel World e Waters deixa o palco para um breve intervalo.
É o fim do primeiro ato.

No começo do segundo ato, Waters fica escondido atrás do muro, de onde canta canta Hey You e pergunta: Is There Anybody Out There? ("Tem Alguém Aí?").
Depois, surge sentado em uma cadeira em uma sala de estar montada dentro de um compartimento do muro, para tocar Nobody Home.
O show segue com Vera, Bring the Boys Back Home, até que chega a Comfortably Numb. Nesta, Waters vai à frente do muro e faz uma interpretação comovente, que culmina com uma explosão projetada no muro.
O show continua com The Show Must Go On.
Então, é a vez de In the Flesh?, na qual o famoso porco gigante de Waters flutua sobre a plateia.
Em São Paulo, no entanto, a artimanha não deu muito certo.
Talvez pelo peso do balão, feito de uma espécie de lona, ou pela falta de vento, o porco não flutuou, tendo de ser carregado pela plateia, como um roqueiro sendo levado pelos fãs.
É nesta hora que começa a parte mais impressionante do show.
Enquanto Waters canta Run Like Hell, Waiting for the Worms, Stop e The Trial, são exibidos trechos do filme original de 1982 e as elogiadas animações de Gerald Scalfe, em um espetáculo visual catártico que deixa o espectador boquiaberto e só poderia terminar de uma maneira: com a destruição completa dos tijolos.
Waters e os músicos de sua banda aparecem na frente do muro destruído e se despedem cantando Outside the Wall com uma grande variedade de instrumentos acústicos, deixando uma plateia encantada.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sobre o Filme The Wall







As fantasias delirantes de um superstar do rock, que enlouquece lentamente em um quarto de hotel.
A história do THE WALL é contada com simplicidade pela música do Pink Floyd com imagens e efeitos naturais.
Não há diálogos convencionais para conduzir a narrativa.
O filme, que originalmente era pra ser uma mistura de materiais de shows da banda junto com algumas animações e cenas extras, conta a história de Pink (interpretado pelo músico, ator, ativista e famoso quem Bob Geldof) e da construção e demolição de um muro metafórico (que pode ser explicado pela alienação do personagm principal com o mundo).
Através de flashbacks, vemos pessoas e fatos que desenvolveram o estado mental de Pink: A morte de seu pai na 2ª Guerra Mundial, a super-proteção por parte de sua mãe neurótica, a repressão dos seus sonhos pelo seu professor, entre outras coisas.
No filme inteiro, há poucas falas.
A história é contada inteiramente pelas musicas do CD (que, se não me engano, estão todas presentes no filme).
Além disso, algumas cenas como a construção do muro são mostradas por animações desenhadas por Gerald Scarfe, o que adiciona certas cenas surreais que não poderiam ser feitas com segmentos live action.
Por haver poucas falas, o filme pode ser interpretado de várias maneiras, a ponto do expectador poder escolher qual cena é real e qual cena é uma visão da mente distorcida de Pink.

Roger Waters no Morumbi



Como a turnê do U2, mostrada no mesmo lugar no ano passado, o show de Roger Waters no Morumbi impressiona e deixa a pergunta no ar: isso ainda é rock? Provavelmente, é algo além.
Roger Waters homenageia Jean Charles de Menezes, brasileiro morto em metrô de Londres, em seu show em São Paulo
Uma obra fundamental para a história roqueira, o álbum duplo "The Wall", que o Pink Floyd lançou em 1979, chega à atual turnê de seu criador como um espetáculo visual arrebatador.
Difícil resistir a projeções deslumbrantes, explosões, fogos de artifício, rajadas de metralhadoras, um porco gigante flutuando sobre a plateia e até um avião desgovernado caindo no palco.

Não deixa de ser um caminho natural para a música do Pink Floyd.

A banda mais megalomaníaca do rock foi, a cada disco, tratando sua música como algo quase sacro.
E Waters foi o maior responsável por isso.
Uma boa parte do público cultua essa prepotência musical.
Dela fazem parte os fãs que choravam no estádio do Morumbi.
O espetáculo grandioso acertou em cheio várias vezes, principalmente na primeira parte do show.
Sim, primeira parte. Porque, praticamente passando atestado de sua condição de ópera-rock, o show tem um intervalo de 20 minutos.
Colocado entre a última música do disco um do LP duplo "The Wall" e a primeira faixa do segundo disco.
Embora sirva como chance para ir ao banheiro ou pegar mais uma cerveja, esse intervalo não poderia ser menos rock and roll.
Parando de implicar com o formato do show, sobra observar que algumas músicas são realmente poderosas tocadas ao vivo. "Mother", "Hey You", o hit "Confortably Numb" ou "Bring the Boys Back Home".
A opção de apresentar as 26 faixas de "The Wall" na ordem em que estão no álbum quebra surpresas de repertório.
E cria, sem querer, um anticlímax.
"Another Brick in the Wall Part 2", a música mais esperada da noite, é executada na primeira meia hora de show, com o estádio berrando em uníssono.

HOMENAGEM

A homenagem ao brasileiro Jean Charles de Menezes, morto no metrô londrino em 2005 por policiais, se repetiu no telão.
Mesmo já conhecida pelos relatos das apresentações anteriores, em Porto Alegre e no Rio, o impacto continuou forte.
A primeira parte do show é mais inventiva, apresentada enquanto o "muro" é construído no palco.
Na segunda parte, com o "muro-telão" erguido até a penúltima música da noite, as animações projetadas nelas ficam um pouco repetitivas.
Depois de duas horas, as 70 mil pessoas de gerações variadas que quase lotaram o Morumbi saíram contentes. Viram um ícone do rock. Waters, 68, já avisou que esta deve ser sua última turnê.
É bonito vê-lo encerrar a carreira com sua maior obra em versão definitiva.

Amanhã, no Morumbi, no último show no Brasil, os fãs têm mais uma chance.



ROGER WATERS

AVALIAÇÃO ótimo

QUANDO terça (3), às 21h

ONDE estádio do Morumbi, pça. Roberto Gomes Pedrosa, s/nº

QUANTO de R$ 180 a R$ 600

CLASSIFICAÇÃO 12 anos













quinta-feira, 29 de março de 2012

Cai nº de leitores no País e metade não lê






A terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a ser apresentada hoje na Câmara, revelou que a população leitora diminuiu no País. 
Enquanto em 2007 55% dos brasileiros se diziam leitores, hoje esse porcentual caiu para 50%.

São considerados leitores aqueles que leram pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa.
Diminuiu também, de 4,7 para 4, o número de livros lidos por ano. 
Entraram nessa estatística os livros iniciados, mas não acabados. 
Na conta final, o brasileiro leu 2,1 livros inteiros e desistiu da leitura de 2.

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência por encomenda do Instituto Pró-Livro (IPL), entidade criada em 2006 pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional de Editores e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares. 
"É no mínimo triste a gente não poder comemorar um crescimento", disse Karine Pansa, que acumula a direção do IPL e da CBL. Ontem, o Estado mostrou que 75% dos brasileiros nunca pisaram em uma biblioteca.

Participaram da apresentação representantes de entidades livreiras e do poder público, entre eles a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. 
Ela destacou a importância do estudo para o direcionamento das políticas públicas do Minc e do Ministério da Educação. 
"Temos de ter um olhar da cultura que vai além do ensino e que abra os olhos para outras dimensões. 
O livro é que vai permitir a formação da cidadania", disse a ministra.

O levantamento foi realizado entre junho e julho de 2011, com 5.012 pessoas de 315 municípios, com 5 anos ou mais, em suas próprias casas. 
Todas as regiões do País foram incluídas e a margem de erro é de 1,4%.

Questões diversas. 
Para compor o mapa da leitura, questões diversas foram analisadas. 
Os principais motivos que mantêm leitores longe de livros são falta de tempo (53%) e desinteresse (30%). 
O livro digital, novidade deste ano, já é de conhecimento de 30% dos brasileiros e 18% deles já os usaram. A metade disse que voltaria a ler nesse formato.

A mãe não é mais a maior incentivadora da leitura, como aparecia na pesquisa passada. Para 45% dos entrevistados, o lugar é ocupado agora pelo professor. 
A biblioteca é o lugar escolhido para a leitura de um livro por apenas 12% dos brasileiros - 93% dos que leem o fazem em casa. 
Ter mais opções de livros novos foi apontado por 20% dos entrevistados como motivo para frequentar uma biblioteca. 
Porém, para 33% dos brasileiros, nada os convenceria a entrar em uma.
Entre o passatempo preferido, ler livros, periódicos e textos na internet ocupa a sexta posição (28%). 
Na pesquisa anterior, o índice era de 36%. 
Assistir à televisão segue na primeira posição (85%) - em 2007, era a distração de 77% dos entrevistados.

Dos 197 escritores citados, os mais lembrados foram Monteiro Lobato, Machado de Assis, Paulo Coelho, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade. 
Já os títulos mais mencionados foram a Bíblia, A Cabana, Ágape, O Sítio do Picapau Amarelo - que não é exatamente título de nenhum livro de Lobato - e O Pequeno Príncipe. Best-sellers como Crepúsculo, Harry Potter e O Monge e o Executivo também aparecem.

Fonte: Estadão 

MEUS COMENTÁRIOS ( Tiago):

Esse tipo de resultado tem que ressoar nos meios públicos e de cidadania quase que como uma catástrofe. A perda do incentivo pela leitura colocam um mundo de pessoas na obscurecência intelectual.

O Brasil não aumentará a quantidade nem a qualidade de seus leitores em 1 ou 2 anos. Isso é um processo, onde as grandes mudanças podem aparecer depois de 1 geração. Mas os investimentos e a melhoria tem que ser contínua e ascendente.

Um ano que não crescemos significa a perda de quantos milhões de pessoas que não "consumiram" cultura? Que não se autodesenvolveram?

Ver números que mostram que 75% das pessoas nunca entraram numa biblioteca é o resultado do descaso público e privado para esse tipo de equipamento cultural. Por exemplo, em Limeira, a Biblioteca não abre aos finais de semana! Como querem participação das pessoas? Enquanto não conseguirmos demonstrar que a leitura pode e deve ser uma forma de prazer e de lazer, não adianta.

Influenciar e estimular a leitura não pode e nem deve ser obrigação apenas das escolas e dos professores. Tem que ser uma obrigação de todos nós enquanto sociedade, pois todos somos diretamente afetados por isso. Com as pessoas buscando aprender mais, teremos maior interatividade e fluxo de boas formações.

Não poderemos ter bons eleitores, cidadãos, motoristas, profissionais ou familiares sem a prática da leitura e da busca pelo aprendizado. Se não nos abastecemos com saber, não reproduziremos saber. Continuaremos apenas criticando os políticos pela corrupção, o câmbio pela queda nas exportações e o subemprego pelo baixo salário dos trabalhadores. E todos esses casos, poderiam facilmente ser melhorados, se tivéssemos mais leitores e cidadãos mais sedentos pelo saber, que por consequência criariam mais e exigiriam mais cidadania!
fonte: http://acaonacaminhada.blogspot.com.br Tiago Georgette - Tiagão filho do Claudião!

Morte de Tiradentes tem contestação!

  INCONFIDÊNCIA MINEIRA Para historiador, ladrão teria assumido identidade em troca de dinheiro Morte de Tiradentes tem contestação São Paul...