quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cultura de que ? do "arteiro" Luiz Carlos Bahia



"Eu fiquei pensando : " MINISTÉRIO DA CULTURA " ! " SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA "! " SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA "!

Cultura de que ?
Agricultura, Apicultura, Caprinocultura,
Gonocultura ( é a cultura dos " cocus , dos g...onococus", para saber qual o antibiótico deve ser dado para a gonorréia ).
Cultura !

Tudo que cresce é cultura , até a ignorância é cultura, o analfabetismo também é cultura, enfim, qualquer coisa é cultura, então, por que não determinar, corretamente " ARTECULTURA ", QUE É A ARTE EM DESENVOLVIMENTO, A ARTE CRESCENDO ?

Por que , para o Ministério da " CULTURA " , qualquer um serve, basta ele saber pra quem ele dá bastante dinheiro, pra quem ele dá um pouco de dinheiro e pra quem ele não dá " PORRA " nenhuma, pronto .
Aí está a função do Ministro , ou do Secretário de Cultura !

Agora, se for o Ministério de Artecultura, eles tem, por obrigação, colocar gente que entenda de arte, que de fato, tenha estudado arte, como educação, sim, a arte educa, eleva o cidadão, faz crescer, se desenvolver e colocar uma sociedade atenta, consciente.
 
Será que interessa aos governantes ?

De qualquer maneira , este é o meu brado : " VIVA A ARTECULTURA "!
 
(Luiz Carlos Bahia)

O milagre da educação


 
por Gilberto Dimenstein*

Adoro mostrar aqui como as novas tecnologias ajudam as pessoas, especialmente sem recursos, a ficar mais educadas –aliás, é o lado, para mim, mais fascinante da internet. Está surgindo no Brasil mais um exemplo do uso educativo da rede, dessa vez para ajudar os jovens a entrar na faculdade através do Enem. Totalmente gratuito.

Um grupo de educadores está lançando um site intitulado “Mande bem no Enem” em que, além dos vídeos (veja aqui ), o aluno tem como interagir e avaliar sua evolução.

Estamos diante de uma excepcional oportunidade de acelerar a educação se esse tipo de mecanismo for disseminado. Já existem traduzidas para o português ótimas aulas na internet desenvolvidas por professores americanos (acesse aqui ).

Começam a ser traduzidos também cursos de universidades como Yale, Harvard, MIT e Stanford Quanto mais esses recursos forem disseminados, mais anos vamos ganhar em nossa educação, onde faltam professores de qualidade, especialmente na rede pública.

Para mim, esse é o milagre tecnológico da educação.
Uma dica para quem tem filho pequeno: há um site, criado pelo designer de internet Michel Lent, que dá dicas sobre os melhores aplicativos para crianças.
 É uma seleção feita, em inglês, com a ajuda de especialistas de várias partes do mundo (mais aqui ).

* Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz.

* Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.

Crescimento econômico não se conjuga com desenvolvimento humano


Se a Índia utilizasse os padrões
 fixados pelo IDH de 2012 para fixar a pobreza,
haveria 55% de pessoas nessa situação. Foto: Sujoy Dhar/IPS


por Isolda Agazzi, da IPS

Se a Índia utilizasse os padrões fixados pelo IDH de 2012 para fixar a pobreza, haveria 55% de pessoas nessa situação. Foto: Sujoy Dhar/IPS

Genebra, Suíça, 25/5/2012 – Organizações da sociedade civil da Índia denunciam a enorme brecha entre o crescimento econômico e a pobreza, a desnutrição e a falta de serviços de saúde e saneamento, no contexto de novo Exame Periódico Universal do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Segundo dados oficiais, o crescimento médio entre 2007 e 2011 foi de 8,2%, mas a pobreza só diminuiu 0,8%”, disse Miloon Kothari, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Direitos Humanos (WGHR) na Índia, ex-relator especial da ONU sobre Direito a Moradia Adequada.
“Além disso, o método padrão para medir a pobreza se baseia em 50 centavos ao dia, um insulto”, lamentou.

O WGHR foi criado há três anos por organizações não governamentais, para preparar o segundo Exame Periódico Universal sobre a situação dos direitos humanos em cada país, que aconteceu ontem na sede do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.
Em um relatório de 170 páginas, as organizações indianas se mostram preocupadas com o desenvolvimento desigual da Índia, e denunciam que o método para medir a pobreza não é consistente com os padrões universais, nem se ajusta a um enfoque de direitos humanos.

Se a Índia seguir os padrões fixados pelo Informe de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2012, a pobreza alcançará 55% da população, observou Kothari.
“Há uma obsessão com o crescimento e o 11º plano quinquenal não se afasta disso. Não deveria ser um fim em si mesmo, mas uma forma de conseguir objetivos em matéria de educação e saúde”, afirmou.
“Inclusive o Prêmio Nobel de Economia Amartya Sen disse que as estatísticas de pobreza da Índia são muito controvertidas e pouco confiáveis. Deve haver uma mudança radical”, ressaltou.

A Índia está em 134º lugar entre 187 países no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Uma das principais consequências da pobreza é que atenta contra o direito à alimentação. A Índia tem a maior quantidade de pessoas desnutridas, mal que afeta 21% da população.
Além disso, 42% dos menores de cinco anos apresentam baixo peso.
“Em nosso país, o direito à alimentação está na lei, mas a realidade mostra que temos excesso de grãos e um mecanismo de distribuição muito pouco satisfatório. Falta apoio ao setor agrícola e há uma fome que comove e é piorada pela biotecnologia”, alertou Kothari à IPS.
O coordenador do WGHR considera que os acordos de livre comércio são uma nova ameaça porque nem a população e nem o parlamento são consultados.
Além disso, “não são consistentes com as obrigações em matéria de direitos humanos”, acrescentou.
A negação do governo em universalizar a distribuição de grãos, apesar do excesso de reservas, é “inaceitável”, destacou.

Em matéria de água e saneamento, a Índia alcança outro pódio vergonhoso: tem a maior quantidade de pessoas que defecam ao ar livre, 51% da população.
Em zonas rurais, 60% das casas carecem de privadas, um problema que afeta especialmente os dalits, situados na escala mais baixa do sistema de castas e que representam 16,3% da população, disse Asha Kotwal, secretária-geral do Fórum de Direitos das Mulheres Dalits de Toda Índia.

No papel, os dalits e o povo originário adivasi se beneficiam de uma grande quantidade de recursos estatais, mas nos últimos cinco anos deixaram de receber cerca de US$ 30 bilhões.
“É hora de expor a crueldade do sistema de castas”, afirmou Kotwal.
“A cultura de impunidade afeta toda a sociedade. O Estado, a justiça e a mídia discriminam seguindo esse padrão.
O maior crescimento significou uma rápida exclusão para nós mulheres.
Necessitamos de uma legislação contra a discriminação ou uma lei de igualdade”, enfatizou.

O processo de desenvolvimento da Índia, que depende em grande parte da exploração de recursos naturais, levou ao deslocamento e despojo de milhões de indígenas em todo o país, afirmou Prafulla Samantra, presidente do Movimento de Empoderamento do Povo.
“As multinacionais estão cada vez mais interessadas em investir no centro do país, em Estados como Orissa e Andhra Pradesh. A Lei de Direitos das Florestas, de 2006, reconhece alguns direitos, mas não é totalmente cumprida, e as empresas adquirem terras.
Muitos indígenas foram atingidos por disparos da polícia em defesa” dos interesses corporativos, acrescentou.

Além disso, “com a crescente concentração de terras, é preciso redefinir o interesse público”, disse, por sua vez, Madhu Mehra, diretora da Partners for Law in Development. A sociedade civil também se preocupa pelo fato de a Índia não cumprir suas obrigações em matéria de direitos humanos.
 “O país ainda não ratificou a Convenção contra a Tortura”, contou a advogada especializada em direitos humanos Vrinda Grover.
“É preocupante, porque as forças de segurança recorrem à tortura de forma habitual na Índia. Mas é especialmente sistemática e brutal em áreas conflituosas como no nordeste, em Jammu e Caxemira, e no centro do país”, indicou.

“Os desaparecimentos forçados, as detenções arbitrárias, os assassinatos extrajudiciais e a violência sexual continuam arraigadas nessas áreas.
A Índia deve ratificar a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra os Desaparecimentos Forçados”, opinou Grover.
“Este país tem enormes desafios em matéria de direitos humanos”, destacou Kothari.
“O segundo Exame Periódico Universal oferece uma grande oportunidade para reconhecer seus defeitos e passar de um enfoque defensivo para outro de colaboração com as Nações Unidas”, concluiu. Envolverde/IPS


(IPS)

São Paulo inaugura sistema público de compartilhamento de bicicletas





por Redação EcoD
 
Andar de bicicleta por São Paulo pode ficar mais fácil a partir dessa quinta-feira, 24 de maio, graças à inauguração do projeto Bike Sampa.
Feita em parceria entre a prefeitura e empresas privadas, a iniciativa pretende popularizar o sistema de compartilhamento gratuito de bicicletas na maior capital do país.
 
Assim como no Rio de Janeiro, onde já está implantado desde 2011, o projeto permite que pessoas cadastradas retirem a bicicleta em um dos pontos distribuídos pela cidade e a devolva após 30 minutos em outro ponto.
Até o final deste ano, mil bicicletas devem estar disponíveis em 100 estações espalhadas por todas as regiões de São Paulo.
 
A princípio, seis estações estão funcionando com 60 bicicletas disponíveis no bairro Vila Mariana.
Até o meio da próxima semana, a Prefeitura espera inaugurar outras quatro estações na região. Para 2014, a meta é ter 300 estações de retirada e 3 mil bicicletas disponíveis.
 
Rotatividade
Para fazer o registro no programa é preciso realizar um cadastro no site do projeto e fornecer o número de um cartão de crédito, que será usado caso o usuário passe mais de meia hora com a magrela. Nesse caso, a cada 30 minutos será cobrado R$5,00 no cartão do usuário.
 
Segundo o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, a estratégia foi usada para aumentar a rotatividade das bicicletas. “A ideia é deixar os 30 minutos livres e incentivar que essa bicicleta seja devolvida.
A rotatividade é muito importante para que você atenda o maior número de pessoas, não é interessante que a bicicleta fique com uma pessoa só o dia inteiro”, afirmou.
 
Além disso, as estações estão sendo implantadas com distâncias de no máximo 1 km entre elas para incentivar a integração dos meios de transporte.
Segundo Branco, o objetivo é fazer com que os usuários percorram trajetos curtos, de 4km a 5km, entre locais próximos ou até outro ponto de transporte público.
 
As estações, que funcionarão das 6h às 22h, são alimentadas por energia solar e estão interligadas por sistema de comunicação sem fio, via rede GSM e 3G, permitindo que estejam conectadas à Central de Controle Samba, 24 horas por dia.
 

* Publicado originalmente no site EcoD

Modelo Padrão de Cabeçalho Para os Alunos do Ensino Médio

E E PROF. PAULO CHAVES


DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA - PROF. CLAUDIO CORREA

ALUNO(A):___________________________Nº:___________

TURMA: ______º ANO ______ - DATA: ____/_____/_______

terça-feira, 29 de maio de 2012

Parabéns a todos os colegas professores Geógrafos pelo dia deste tão precioso profissional !!!


DIA DO GEÓGRAFO

Os geógrafos são profissionais que estudam a Terra.
Mas como é isto?
Eles sabem tudo sobre o revelo, o clima, a vegetação e os rios que constituem o nosso planeta.

Mas não é só isso!
Também estudam economia, a distribuição geográfica populacional, as divisões políticas entre os países, as diferenças culturais e muito mais.

Pesquisam como as comunidades e habitantes se relacionam com o meio em que vivem!

Os geógrafos exercem um papel muito importante atualmente, cuidando do nosso planeta e auxiliando no planejamento urbano, no manejo de recursos naturais, no planejamento da construção de hidrelétricas e pólos industriais, que são fundamentais para a sociedade, mas que exigem responsabilidade para que o impacto ambiental seja o menor possível!



Algumas das atividades exercidas pelos geógrafos:



•Ensino: leciona no ensino fundamental, médio e superior.

•Planejamento urbano: planeja o crescimento e desenvolvimento de uma determinada região ou município.

•Geografia física: estuda os aspectos físicos da Terra, como clima, solo e vegetação.

•Geografia humana: interpreta os dados sociais e econômicos de uma população. Planeja a ocupação de áreas urbanas e rurais.

•Geopolítica: analisa a relação entre espaço geográfico e a organização econômica, política e social de uma região, país ou bloco de países.

•Meio ambiente: estuda os ecossistemas e previne impactos ambientais causados pela ocupação de terrenos. Faz o manejo de bacias hidrográficas.

•Planejamento territorial e urbano: organização dos espaços urbanos ou rurais para a instalação de pólos industriais, barragens e outras grandes obras.

Fonte: Brasil Profissões


"Profissional que estuda a Ciência que tem por objeto a descrição da Terra na sua forma, acidentes físicos, clima, produções, populações, divisões políticas etc"



Fonte: Dicionário Michaelis

O que é cultura popular - de Antonio Augusto Arantes



O livro O que é cultura popular, de Antonio Augusto Arantes publicado em 1980 na série Primeiros Passos da Editora Brasiliense, permanece um dos mais significativos ensaios sobre o assunto.

O estudo de Arantes está dividido em três capítulos.
Inicia com o texto Um aglomerado indigesto de fragmentos, segue com As culturas aqui e agora, múltiplas e em constantes transformação e termina com Na dimensão política do “popular”, a questão da “participação”.

Para o autor cultura Popular não é um conceito bem definido pelas Ciências humanas e pela Antropologia social.
Seus significados são heterogêneos, remetendo a um amplo aspecto de concepção.
Pode-se atribuir à cultura popular o conceito de saber, como também a função de resistência a dominação de classes.

O termo saber refere-se, em geral, ao conhecimento do universo e a aspectos de tecnologia, como técnicas de trabalho e procedimentos de cura.
Os eventos são pensados no passado ou que logo serão superados.

Já a resistência à dominação de classes ocorre com os diversos modos de expressão artística, como a literatura oral, a música, o teatro e a poesia.
Nesse caso os eventos são pensados no futuro, vislumbrando neles indícios de uma nova ordem social.

No dicionário Aurélio a palavra cultura é registrada como saber, estudo, elegância, e esmero.
Evoca, portanto, os domínios da filosofia, das ciências e das belas-artes.
Nas sociedades estratificadas em classes esses campos da cultura são, na verdade, atividades especializadas que tem como objetivo a produção de um conhecimento e de um gosto.
Tal conhecimento parte das universidades e das academias.
É difundido entre as camadas sociais como os mais belos e os mais corretos.
Ser culto, nesse sentido, é ter bom gosto, razão ou saber, ter conhecimento e estar informado.

Na cidade de São Paulo grande parte da população é descendente de estrangeiros e migrantes rurais.
Aí vários modos de vida são recriados.
A inspiração rural, por exemplo, está presente nos infalíveis tomateiros e pés de chuchu plantados nos quintais de pequenas dimensões.
Isso mostra que embora as escolas, as igrejas, os meios de comunicação e os museus ensinem as pessoas a ter um modo de vida refinado, civilizado e eficiente – isto é, culto -, elas não conseguem evitar que muitos objetos e práticas qualificadas como populares pontilhem seu cotidiano.
Nesse aspecto o refinado, civilizado e eficiente refere-se ao culto e o mau gosto, ingênuo, pitoresco e ineficaz refere-se ao popular.
A ambivalência, em relação ao que é identificado como popular, não decorre apenas do desconhecimento da beleza, eficácia e adequação insuspeitas do que é culturalmente alheio para aqueles que tomam para si e para os seus semelhantes a tarefa de catequizar o resto da sociedade.
As atitudes contraditórias em relação à cultura popular resultam em grande medida a alguns paradoxos.
Nas sociedades industriais, sobretudo nas capitalistas, o trabalho manual e o trabalho intelectual são pensados e vivenciados como realidades profundamente distintas uma da outra.
Há um enorme desnível de prestígio e de poder entre essas profissões decorrentes da concepção generalizada na sociedade de que o trabalho intelectual é superior ao manual.
Para a sociedade capitalista o que é popular é necessariamente associado ao fazer desprovido de saber.
Grande parte dos autores pensa cultura popular como folclore, ou seja, como um conjunto de objetos, práticas e concepções – sobretudo religiosas e estéticas -, consideradas tradicionais. Outros concebem as manifestações culturais tradicionais como resíduo da cultura culta de outras épocas e, às vezes, de outros lugares, filtrada ao longo do tempo pelas sucessivas camadas de estratificação social. Diz-se: o povo é um clássico que sobrevive.
Pensar em cultura popular como sinônimo de tradição é impossibilitar a compreensão das sucessivas modificações por quais necessariamente passaram esses objetos, concepções e práticas do povo. É pensar as modificações como empobrecedoras ou deturpadoras.

A cultura popular surge, portanto, como uma outra cultura que, por contraste ao saber culto dominante, apresenta-se como totalidade embora sendo, na verdade, constituída através da justaposição de elementos residuais e fragmentários considerados resistentes a um processo natural de deterioração.

Ao procurar reproduzir objetos e práticas supostamente cristalizados no tempo e no espaço, acaba-se por reproduzir versões modificadas, no mais das vezes esquemáticas, estereotipadas e, sobretudo, inverossímeis – aos olhos dos produtores originais -, dos eventos culturais com os quais se pretende constituir o patrimônio de todos. Embora se procure ser fiel à tradição, ao passado, é impossível deixar de agregar novos significados e conotações ao que se tenta reconstruir.
Ao se produzir o espetáculo, cortam-se as raízes do que, na verdade, é festa, é expressão de vida e liberdade.
Vida que recusa identificar-se com as imagens que o espelho culto permite refletir e que grande maioria dos museus cultua.



São equivocadas as concepções de que o povo não tem cultura, que a cultura popular á a tradição da elite. São concepções etnocêntricas e autoritárias. Pensam a cultura como passível de cristalização, permanecendo imutável no tempo a despeito das mudanças que ocorrem na sociedade, ou, quando muito, que ela esteja em eterno desaparecimento.



A cultura é um processo dinâmico de transformações positivas que ocorrem, mesmo quando intencionalmente se visa congelar o tradicional para impedir a sua deterioração. É possível preservar os objetos, os gestos, as palavras, os movimentos, as características plásticas exteriores, mas não se consegue evitar a mudança de significado que ocorre no momento em que se altera o contexto em que os eventos culturais são produzidos. É preciso pensar a cultura no plural e no presente.



Significação de valores é da essência da cultura. Pó isso, o ponto de partida usual do trabalho do antropólogo é a observação direta de indivíduos se comportando face a outros indivíduos e em relação à natureza. A cultura constitui os diversos núcleos de identidade dos vários agrupamentos humanos, ao mesmo tempo em que os diferencia dos outros.



O ser humano realiza no dia-a-dia operações mentais de codificação e decodificação de mensagens que requerem o conhecimento desses significados implícitos nas ações e nos objetos, e de suas regras de manuseio. Um exemplo são as roupas com que as pessoas do sexo masculino cobrem o seu corpo. Elas constituem um grande número de afirmações simbólicas, sociologicamente significativas. No trabalho os gerentes, diretores e chefes usam paletó e gravata. Nas oficinas, linhas de montagem, serviços de limpeza e manutenção usam-se macacões. Os trajes possuem significação simbólica e carregam fragmentos de um código com o qual se constroem afirmações metafóricas a respeito das relações sociais vigentes.



Todas as ações humanas – sejam na esfera do trabalho, das relações conjugais, da produção econômica ou artísticas, do sexo, da religião, das formas de dominação e de solidariedade -, são constituídas segundo os códigos e as convenções simbólicas que denominamos cultura.



Em lugar de tomar os símbolos abstratamente, como se eles estivessem vagando no vazio, convém interpretá-los como produtos de homens reais que articulam, em considerações particulares, pontos de vistas a respeito de problemas colocados pela estrutura de sua sociedade.



Malinowiski contribuiu com a acepção de que os detalhes da cultura precisam ser vistos sempre em seu contexto e como partes inter-relacionadas. Foi demolida a concepção de cultura como colcha de retalhos – própria dos difusionistas e evolucionista. Estabeleceu-se, então, a tese de que a cultura é constituída por sistemas de significados que são parte integrante da ação social organizada. Recuperou-se a noção de que, mesmo em sociedades relativamente homogêneas, os sistemas culturais comportam incoerências. Permite-se, justamente, a articulação do desacordo nos termos de e com os elementos próprios a um mesmo e único sistema simbólico.



Há a tentativa, segundo Eunice Durhan, de criar a ilusão da homogeneidade sobre um corpo social que, na realidade, é diferenciado. A sociedade de classes, inerentemente diferenciada, produz mecanismos homogeneizadores que permitem criar uma ilusão de unidade e que é a condição de sua permanência.

A resistência e a participação ocorrem quando nos espaços alternativos, fragmentários e dispersos, como um teatro no fundo do quintal, embora conquistados a duras penas e com muito empenho, pequenos grupos de vizinhos, amigos e parentes, companheiros de trabalho, de igreja ou de partido desenvolvem as suas formas de expressão, a partir das suas maneiras de pensar, de agir, de fazer e, sobretudo, de organizar conjuntos de relações sociais capazes de tornar viáveis, política e materialmente, as suas atividades.
Nesse sentido, fazer teatro, música, poesia ou qualquer outra modalidade de arte é construir, com cacos e fragmentos, um espelho onde transparece, com suas roupagens identificadoras, particulares e concretas, o que é mais abstrato e geral em um ser humano, ou seja, a sua organização, que é condição e modo de sua participação na produção da sociedade.
Esse é o sentido mais profundo da cultura, popular ou outra, defende Arantes.

















segunda-feira, 28 de maio de 2012

Chicago Blues

Informações gerais

Origens estilísticas Delta blues, instrumentos

Contexto cultural Início do século XX Chicago, Illinois

Instrumentos típicos Guitarra elétrica, Harmônica, Bateria Piano, Baixo, Saxofone

Gêneros de fusão

Rock and Roll

Rhythm and blues

Chicago blues é uma forma de música blues que foi criada em Chicago com a adição de instrumentos elétricos, bateria, piano, baixo e algumas vezes saxofone ao estilo básico de cordas/gaita do Delta blues. Este estilo desenvolveu-se principalmente como consequência da "Grande Migração" de trabalhadores negros pobres do sul dos Estados Unidos para as cidades ricas do norte, Chicago em particular, na primeira metade do século XX.


Ir a Chicago e não ouvir boa musica é impossível,a cidade respira jazz e principalmente blues da melhor qualidade.Eu e o Thalles sempre optamos por lugares bem locais e não turísticos , para respirar realmente a cultura local , para ouvir um bom show de blues fomos ao Blue Chicago lugar tipicamente americano,com bebidas baratas e fortes, qualquer nota (aliás lá é melhor se arriscar somente na cervejinha), um pequeno e intimista palco e a musica, esta sim, envolvente, com acústica perfeita .Agora sim entre de cabeça na festa real e deixe o ritmo soul do blues envolver você……e assim comece bem sua noite para depois ir a um dos muitos clubs de Chicago














pra começar a semana ... ladys and gentleman... The Chicago Blues...

Chicago Blues

Informações gerais

Origens estilísticas Delta blues, instrumentos

Contexto cultural Início do século XX Chicago, Illinois

Instrumentos típicos Guitarra elétrica, Harmônica, Bateria Piano, Baixo, Saxofone

Gêneros de fusão

Rock and Roll




Rhythm and blues

Chicago blues é uma forma de música blues que foi criada em Chicago com a adição de instrumentos elétricos, bateria, piano, baixo e algumas vezes saxofone ao estilo básico de cordas/gaita do Delta blues. Este estilo desenvolveu-se principalmente como consequência da "Grande Migração" de trabalhadores negros pobres do sul dos Estados Unidos para as cidades ricas do norte, Chicago em particular, na primeira metade do século XX.


Ir a Chicago e não ouvir boa musica é impossível,a cidade respira jazz e principalmente blues da melhor qualidade.Eu e o Thalles sempre optamos por lugares bem locais e não turísticos , para respirar realmente a cultura local , para ouvir um bom show de blues fomos ao Blue Chicago lugar tipicamente americano,com bebidas baratas e fortes, qualquer nota (aliás lá é melhor se arriscar somente na cervejinha), um pequeno e intimista palco e a musica, esta sim, envolvente, com acústica perfeita .Agora sim entre de cabeça na festa real e deixe o ritmo soul do blues envolver você……e assim comece bem sua noite para depois ir a um dos muitos clubs de Chicago














A Coisificação do Homem - Tira teima

A Coisificação do Homem

A “coisificação” do homem
é um sinal do trágico destino da humanidade:
a banalização da vida, a perda de valores éticos e morais,
invertendo a prioridade da “coisa” sobre a vida.
O crescente hedonismo coisifica o homem, pois este passa a ser um instrumento com uma finalidade única e suprema do prazer.

Vende-se a todo instante, através dos meios de comunicação ou por propagandas disseminadas entre as pessoas, a vida fácil, o prazer instantâneo, o valor do “ter” sobre o “ser” das pessoas.
O jovem é o alvo mais freqüente e é bombardeado insistentemente com essa inversão de valores.
Mas os adultos também são vítimas. Basta uma olhadela na rua ou folhear uma revista para percebermos a banalização da vida humana.

O relativismo moral e religioso é o responsável por essa inversão de valores, que coloca em risco a própria existência do homem. Tudo é verdadeiro e tudo é permitido desde que seja agradável e prazeroso; melhor ainda se for rápido, instantâneo!
As pessoas precisam ser críticas a tudo que é colocado à sua disposição, principalmente quando algo é oferecido de forma muito fácil e graciosa: há que se investigar o que está por trás dessa generosidade suspeita.

A pressão para a legalização do aborto, alegando motivos invertidos como justificativa é um exemplo.
Oras, alega-se que se há abortos clandestinos, precisamos legalizá-los.
Baseando-se nesse raciocínio: se ninguém respeita o limite de velocidade na cidade e estradas, porque não liberá-los? Não! Limita-se a velocidade porque o seu excesso é um risco para vidas humanas.
O mesmo raciocínio deve ser aplicado com relação ao aborto – um atentado contra a vida humana.
Ainda: se há assaltos a bancos, porque não estudamos uma forma de legalizá-los?
Porque o dinheiro é poderoso e é necessário guardá-lo a sete chaves.
Então porque não preservar a sete chaves a vida humana, ainda que tenha apenas dias ou semanas, dentro de um útero materno?

Mais uma vez, a solução mágica é apresentada.
Como no caso das cotas, aonde é muito mais fácil e eleitoreiro criá-las do que o demorado, mas necessário, investimento na melhora da qualidade da educação pública (Ensino Fundamental e Médio).
Se há abortos clandestinos, é muito mais fácil legalizá-lo do que investir em educação e saúde para impedir gestações inconseqüentes.
Há a necessidade de parar com os abortos – clandestinos ou não!
 O caminho correto é a educação.
Também urge fiscalizar e condenar aqueles que promovem essa prática clandestinamente.

É preciso parar com essa inversão de valores.
É preciso por os “pingos nos is” corretamente.
Definitivamente.
E assim, livrar as pessoas da banalização da vida humana.

O ser humano é dotado de inteligência.
Deve utilizá-la para tomar suas decisões.
Deve empregá-la a serviço da vida e da permanência da humanidade sobre a terra.
Campanhas de proteção de árvores e matas são lançadas a todo o momento: sim, necessitamos preservar a natureza para sobrevivermos.
Mas de que adiantará preservá-las, se o homem aniquila-se a si próprio?

________________________________________

Texto publicado no Jornal de Londrina - edição de 19/10/2007 - pág 02.

 

Hedonismo: s.m. Doutrina moral que considera ser o prazer a finalidade da vida: há pessoas que professam naturalmente o hedonismo. O termo hedonismo vem de uma palavra grega que significa prazer. Na Grécia antiga, epicuristas e cirenaicos baseavam suas teorias éticas na idéia de que o prazer é o maior bem. Mas os epicuristas acreditavam que os homens devem buscar os prazeres da mente, e não os prazeres do corpo. Achavam que o sábio evita os prazeres que mais tarde podem lhe causar dor.





















quarta-feira, 23 de maio de 2012

Insegurança alimentar afeta Angola



por Louise Redvers, da IPS


Johannesburgo, África do Sul, 17/5/2012 –
Milhões de famílias pobres de Angola não têm certeza de levar algo à boca três vezes ao dia, devido a uma prolongada seca que destruiu colheitas e matou gado em vastas áreas do país.
Estima-se que cerca de 500 mil crianças sofrem desnutrição severa por culpa do colapso da produção alimentar em razão da seca registrada no primeiro trimestre do ano.
Nas comunidades mais afetadas estão sendo instalados centros de alimentação de emergência.

As centrais provinciais de Huambo, Bie e Benguela, e de Zaire, ao norte, são as mais prejudicadas, mas em todo o território nacional sofrem tanto os pequenos como os grandes agricultores.
Os rendimentos agrícolas cairam até 70% em vários lugares.
Algumas reportagens informam que há agricultores de subsistência que abandonam suas terras em busca de emprego em povoados e cidades para alimentar suas famílias.
Além disso, os grandes estabelecimentos rurais comerciais demitem funcionários porque já não há o que colher.
Apesar da enorme riqueza petrolífera de Angola e do prognóstico do Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê expansão de 9,7% do produto interno bruto este ano, quase dois terços das famílias rurais vivem com menos de US$ 1,75 por dia.
Mais de quatro décadas de guerra (1961-2002) deixaram o país com um dos índices de mortalidade infantil mais altos do mundo: 20% das crianças morrem antes de completar cinco anos.
A dieta de má qualidade é um fator crucial dessa mortalidade, e, segundo a última Pesquisa Nacional de Nutrição, realizada em 2007, quase 30% dos menores de cinco anos sofrem alguma atrofia, mais de 8% de emagrecimento extremo, e cerca de 16% têm baixo peso.
Koen Vanormelingen, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Angola, explicou que a má colheita deste ano já fez vítimas entre as crianças mais vulneráveis.
“Esta população já vivia no limite e fazia um grande esforço para sobreviver, mas, enquanto antes tinha uma dieta variada de três refeições por dia, agora tem apenas uma, talvez duas, e restrita a uma seleção muito pobre de mandioca e bananas”, detalhou Vanormelingen.
“É uma situação muito séria e estamos muito preocupados porque vemos um aumento significativo da desnutrição e da mortalidade em razão da desnutrição”, acrescentou.

O governo destinou US$ 43 milhões a uma campanha de emergência, que incluirá distribuição de alimentos, água, sementes e outros insumos agrícolas para ajudar os agricultores.
Além disso, foram importadas 40 toneladas de um alimento reforçado à base de amendoim, com apoio da Fundação Clinton.
O carregamento está pronto para ser enviado aos centros de alimentação de emergência que estão sendo instalados em todo o país.

“Isto não é fome, mas insegurança alimentar”, esclareceu Vanormelingen.
“Há comida disponível.
O problema é que, como não se produz tantos alimentos, é preciso comprar mais”, afirmou.
“Como sua produção diminuiu, sua renda também caiu, e então não têm dinheiro para comprar alimento.
Como a oferta cai e a demanda aumenta, os preços estão subindo, em alguns casos em até 100%”, apontou.

Este colapso da agricultura é um importante revés para Angola, que tenta desesperadamente insuflar brios a esse outrora pujante setor, destruído por décadas de guerra.
Para estimular a produção, no ano passado o governo lançou um programa de microcréditos no valor de US$ 150 milhões, destinado aos pequenos agricultores para que pudessem comprar sementes e fertilizantes.
Porém, agora que os rendimentos são tão baixos, muitas famílias lutam para pagar as dívidas.



A União Nacional de Associação de Camponeses Angolanos, que reúne as cooperativas agrícolas, informou que o governo ajudará quanto aos pagamentos com os bancos comerciais que concederam os empréstimos. No entanto, Belarmino Jelembi, diretor da Ação para o Desenvolvimento Rural e o Meio Ambiente, alertou que “o governo tem de ser extremamente cuidadoso nesse manejo, porque, se não o fizer bem, todo o programa poderá fracassar. Temos que fazer mais para apoiar os pequenos agricultores com ferramentas básicas de irrigação, assim não dependerão tanto das chuvas”, opinou.

Abrantes Carlos, diretor provincial do Ministério da Agricultura em Benguela, onde cerca de cem mil famílias estão em insegurança alimentar, concorda que são necessários mais sistemas de irrigação sustentável.
“Na província temos grandes rios, mas não estamos administrando nossos fornecimentos e não temos dados precisos sobre quanta água há disponível”, declarou à IPS.
Segundo o diretor provincial, a falta de água na província, onde muitos rios secaram, foi a pior da área em 30 anos, e pela primeira vez desde o fim da guerra, em 2002, se planejou a ajuda alimentar às famílias.
“Neste momento a população ainda tem alimentos, mas é provável que nos próximos três meses a situação piore”, alertou Carlos.
O governo ajuda a perfurar novos poços para encontrar água, e também distribui sementes para cultivos que podem crescer nos meses mais frios, como forma de melhorar a perspectiva da próxima colheita, acrescentou.
Jelembi saudou o compromisso das autoridades em matéria de ajuda, mas advertiu que “vemos muitos anúncios sobre o que o governo fará para ajudar a população afetada, e na prática não se vê grande coisa”.


Envolverde/IPS


Câmara aprova a redução de sete unidades de conservação





por Redação EcoD

A medida provisória que altera os limites de sete unidades federais de conservação (UCs) foi aprovada na terça-feira, 15 de maio, e segue agora para a análise do Senado.

Entre as áreas que deverão sofrer alteração estão os Parques Nacionais da Amazônia, dos Campos Amazônicos e Mapinguari.
A lista contém ainda as Florestas Nacionais de Itaituba II, Itaituba II e do Crepori, além da área de Proteção Ambiental do Tapajós.
No caso de Tapajós devem ser excluídas duas áreas, com 17,8 mil hectares no total, para regularizar de ocupações.

Principal objetivo da proposta é viabilizar a construção de 22 usinas hidrelétricas na região, previstas para inudar parte das reservas que sofreram mudanças em suas delimitações.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chegou a mover uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a MP no Supremo Tribunal Federal (STF). O principal argumento do procurador era que as unidades alvos da MP têm “extrema relevância” para a preservação da Amazônia, além do que alterações nos limites de unidades de conservação somente podem ser feitas por lei.

Criação

Se, por um lado, o limite de algumas unidades de conservação será alterado, a região que abriga o Parque Nacional Marinho de Abrolhos está se articulando para a ampliação do parque a criação de três novas UCs. Quatro audiências públicas foram convocadas em cidades do litoral Sul da Bahia e litoral norte do Espírito Santo.
O primeiro debate acontece nesta quarta-feira, 16 de maio, em Porto Seguro (BA).

A proposta é que o parque aumente dez vezes de tamanho.
Devem ser criados o Refúgio de Vida Silvestre para baleias jubarte, que ficará ao sul, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Foz do Rio Doce, no litoral norte do Espírito Santo (43.426 hectares), e uma Área de Proteção Ambiental (APA) no entorno do Parque Nacional, com quase 9,25 milhões de hectares.

A APA foi alternativa encontrada para proteger o entorno do Parque Nacional, depois que a portaria do Ibama que criava uma Zona de Amortecimento foi barrada na Justiça.

* Publicado originalmente no site EcoD.

Aumenta o número de trabalhadores escravos na construção civil em São Paulo


por Bruno Bocchini, da Agência Brasil


Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT)
 mostram que casos de trabalhadores da construção civil flagrados em situação análoga à de escravidão vêm crescendo de “forma preocupante” no estado de São Paulo.
Apenas em 2012, nas operações que contaram com atuação do MPT, 140 pessoas foram encontradas nessa situação.

“Na construção civil, certamente, a cada ano está ficando pior.
Não existiam situações no passado, era quase inimaginável.
Agora, está se tornando permanente, comum.
Isso nos preocupa demais”, diz o procurador da Coordenadoria Nacional de Erradicação de Trabalho Escravo do MPT, Rafael de Araújo Gomes.

Está prevista para o dia 22 de maio, a votação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 438) do Trabalho Escravo.
A PEC é considerada um dos maiores instrumentos de enfrentamento do trabalho escravo porque estabelece que “serão expropriados, sem qualquer indenização, os imóveis urbanos, assim como todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência da exploração do trabalho escravo.”

Interior de São Paulo

Em abril, o Ministério do Trabalho e Emprego e o MPT em Bauru (SP) constataram que a construtora Croma mantinha 50 trabalhadores em situação análoga à escravidão em obras de um conjunto habitacional na cidade de Bofete (SP).
A empresa foi contratada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

Procurada, a construtora Croma disse que concordou em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT para quitar os débitos trabalhistas com os 50 funcionários.
A empresa se comprometeu também a pagar todos os salários atrasados aos empregados, assim como indenizações individuais no valor de R$ 500 para cada migrante encontrado em situação irregular.

Em maio, fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) flagraram 90 trabalhadores em situação análoga à de escravidão em uma obra do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, no município de Fernandópolis (SP).
A empresa Geccom, responsável pelo empreendimento, foi autuada por diversas irregularidades, como jornada de trabalho até 15 horas, emprego de trabalhadores sem registro em carteira, alojamentos em situação precária e falta de equipamentos de segurança.

A empresa providenciou a rescisão de contrato dos empregados, pagou as verbas indenizatórias e os salários devidos.
O advogado da Geccom, Shindy Teraoka, disse que a empresa irá comprovar ao MTE que os trabalhadores não estavam em condição análoga à escravidão e que já acertou todos os débitos com os empregados.

De acordo com o procurador Gomes, com a “explosão” do crédito imobiliário, especialmente devido a programas do governo federal como o Minha Casa, Minha Vida, algumas construtoras buscam firmar o maior número de contratos possível, sem ter condições de realizar as obras.
“[As empresas não sabem] como vão contratar, qualificar e dar andamento a essas obras. Se vão ter funcionários suficientes ou não. Aparentemente está ocorrendo isso.
Uma ganância de fechar a maior parte de contratos, assegurar os recursos e só depois se preocupam se vão conseguir entregar o imóvel.
E não conseguem”, destaca.

De acordo com o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Haruo Ishikawa, há falta de mão de obra no setor, o que leva empreiteiras a subcontratar empresas não qualificadas para fornecer os trabalhadores.

“São os subempreiteiros contratados que estão praticando isso. Estamos sugerindo para as empresas que, ao contratar o subempreiteiro, verifiquem realmente as condições de trabalho apresentadas”, destaca.
“A responsabilidade também é da empresa contratante, que é a empresa construtora principal”, acrescenta.

De acordo com o vice-presidente, o Sinduscon está fazendo uma campanha com seus associados para coibir a situação análoga à escravidão, além de incluir a questão no acordo coletivo do setor. “Da nossa convenção coletiva de 2009 para frente, nós, preocupados com essas questões da contratação de mão de obra, colocamos na Cláusula 10 a maneira como as construtoras deverão contratar as subempreiteiras: verificando todos os itens regulares regidos pela CLT”, destaca.

Segundo o MPT, no ano passado, em todo o país, foram resgatados 2.428 trabalhadores em situação análoga à escravidão. Até março deste ano, os fiscais resgataram 339 trabalhadores.
O coordenador da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, vinculado ao Ministério Público do Trabalho, frei Xavier Plassat, estima que, no país, haja de 20 mil a 50 mil pessoas exercendo atividades em condições análogas à escravidão.

* Publicado originalmente no site da Agência Brasil e retirado do site da Carta Capital.

(Carta Capital)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

GARI – Origem do nome



Na maioria das cidades brasileiras, a tarefa de coletar o lixo em residências, indústrias e casas comerciais é realizada normalmente por profissionais de limpeza contratados especialmente para esse fim.
São eles que também varrem, lavam, capinam a grama, e em alguns casos até desinfetam as vias públicas, mantendo as cidades limpas e em boas condições de asseio.
Mas nem sempre foi assim, porque até meados do século 19 nenhuma providência nesse sentido havia sido tomada no Rio de Janeiro, que era, na época, a capital do Império.
Daí, portanto, ser bem fácil imaginar o que acontecia nas demais localidades do país.
A história revela que em 1835 a Câmara de Deputados autorizou o governo imperial a contratar com João Frederico Russel, ou qualquer interessado, o serviço de captação dos esgotos oriundo das casas, assim como também a coleta das águas pluviais, mas essa permissão deu em nada. Diante disso, o francês Jean Fillippe Auguste, residente na corte, propôs à câmara, em 1838, organizar uma empresa destinada a “fazer os despejos das casas de modo decente e asseado” , mas ele foi outro que ficou só na intenção.
Daí em diante, e até quase a virada do século, diversos projetos particulares, ou até mesmo oriundos da Câmara dos Deputados, prevendo a exploração dos serviços de esgotos e limpeza pública, foram encaminhados à análise competente, mas não saíram do papel.
Até que em 11 de outubro de 1876, o jornal A Gazeta de Notícias informou na edição daquele dia que Aleixo Gary, contratado para promover a limpeza pública na cidade, pretendia introduzir importantes mudanças na prestação dos serviços que haviam sido entregues à sua responsabilidade.
E foi o que o empresário realmente fez, não só utilizando carros mecânicos que ele mesmo aperfeiçoara, mas também montando uma estrutura de trabalho tão eficiente que em pouco tempo a cidade do Rio de Janeiro pode comprovar a maneira plenamente satisfatória com que a lavagem das ruas e a coleta do lixo doméstico ou urbano, estavam sendo feitas.
Apesar disso, o governo imperial cancelou em 1886 o contrato provisório que mantinha com Aleixo Gary, mas este continuou exercendo a atividade até o ano de 1891, e com tal seriedade que sua marca ficou registrada de forma definitiva na história da limpeza da cidade: os seus empregados que providenciavam, de rua em rua, a coleta e remoção do lixo para um local conhecido como Sapucaia, se tornaram conhecidos de todos pelo nome de “gari”, simplesmente, a mesma denominação que permanece sendo usada até os dias de hoje.
Ao afastar-se da empresa que criara, Aleixo Gary deixou como sucessor um parente chamado Luciano Gary.


FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

Enviado por FERNANDO KITZINGER DANNEMANN em 29/01/2006

Alterado em 24/11/2011

Morfologia, Semântica e Sintaxe...nunca mais as confunda!

  Morfologia:  Descrição: A morfologia trata de um modo geral do estudo da estrutura e formação das palavras. Ao estudar morfologia, estudam...