quinta-feira, 8 de abril de 2010

PARA PROFESSORES...MAS NÃO SÓ PARA PROFESSORES


A Escola E O Conhecimento - Fundamentos Epistemológicos E Políticos
(Mário Sérgio Cortella)

O livro A escola e conhecimento é resultante da última tese de doutoramento orientada por Paulo Freire, e sobre ela escreveu o Mestre em março de 1997:"Boa tese nem é a que, com ares de fácil, se entrega, sem nenhum obstáculo ao leitor, nem tampouco é a que, misteriosa em demasia, se fecha à produção de sua compreensão.
Boa tese é a que, desafiando o leitor, provoca nele a alegria de lê-la. Esta é assim". Inspirado na "sedução da esperança", da qual Paulo Freire é a gênese, este livro de Mário Sérgio Cortella tem como objetivo central analisar a questão do conhecimento no interior da Escola, do ponto de vista de alguns fundamentos epistemológicos e políticos, de modo a subsidiar as educadoras e os educadores na reflexão sobre o sentido social concreto do que fazem.
O texto tem quatro capítulos que se agregam em torno da tese fundamental que é a de que o Conhecimento é uma construção cultural, e a Escola tem um comprometimento político de caráter conservador e inovador que se expressa também no modo como esse mesmo é Conhecimento é compreendido, selecionado, transmitido e recriado.
Segundo o autor, este livro tem como objetivo central analisar a questão do Conhecimento no interior da escola, do ponto de vista de alguns de seus fundamentos epistomológicos e políticos (enquanto produção e apropriação da Cultura), de modo a subsidiar os educadores na reflexão sobre o sentido social concreto do que fazem, e que as pessoas para as quais são destinadas essas reflexões são todos aqueles que atuam intensamente no dia-a-dia na escolar (prioritária, mas não exclusivamente na escola pública) e que não têm oportunidade de um envolvimento mais amiúde com o repensar teórico das próprias práticas.
O Capítulo 1 (Humanidade, Cultura e Conhecimento) tem uma natureza mais geral, buscando estabelecer as bases de uma antropologia filosófica na qual se reflita sobre a presença do ser humano na realidade e, dentro desta, o lugar do conhecimento como produto cultural (um bem de consumo e produção da vida).No Capítulo 2 (Conhecimento e Verdade: a matriz da noção de descoberta) procura-se contrapor à teoria sobre o conhecimento mais freqüente na nossa realidade escolar: o conhecimento e a verdade como descobertas.
Para tanto, e a pretexto de se fazer uma certa "arqueologia" dessa concepção, procura-se evidenciar a articulação sobre o epistemológico e o político de seu contexto geracional, com a finalidade de demonstrar que a própria idéia de verdade como descoberta é, de fato, uma construção cultural.
No Capítulo 3 (A Escola e a construção do Conhecimento) procura-se uma aproximação do cotidiano escolar e, principalmente, enfatiza-se a conexão entre o Conhecimento e sua produção histórica, ressaltando a necessidade de ruptura da aura mítica que, muitas vezes encobre a relação com o saber e quer anular o lugar dos erros, das preocupações, dos prazeres e das intenções.
Finalmente, o Capítulo 4 (Conhecimento escolar: epistomologia e política) é a conclusão desta reflexão e nele tomamos o tema do sentido social concreto daquilo que os educadores fazem.
Este resgate temático dá-se a partir de uma visão sobre algumas compreensões sobre a relação entre Sociedade e escola, segue com um alerta contra o pedagocídio e finaliza com a perspectiva de um Conhecimento como ferramenta da liberdade e de um poder como amálgama de convivência igualitária.

REPASSANDO DA TRIBUNA ON LINE - UTILIDADE PÚBLICA

Vacinação contra a gripe A terá mutirão no próximo sábado
Vacinação terá continuidade em etapas
A Campanha de Vacinação contra o vírus H1N1 (gripe A) acontece no próximo sábado, dia 10 de abril, das 8 às 17h em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Limeira.
Segundo a Vigilância Epidemiológica Municipal, todas as pessoas que se encaixem no perfil, que ainda não se vacinaram, deverão procurar a UBS mais próxima para receber a aplicação da vacina.
Bebês menores de 2 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, e adultos de 20 a 29 anos devem realizar a imunização contra a doença, que em 2009 acometeu 45 pessoas em Limeira, sendo que três chegaram a óbito.
Continuidade
A vacinação continua durante a semana, sendo aplicada em diferentes etapas: até o dia 23 de abril para adultos entre 20 e 29 anos, até o dia 21 de maio para gestantes, de 24 de abril a 7 de maio para idosos com doenças crônicas, e de 10 a 21 de maio para adultos de 30 a 39 anos.
Profissionais e trabalhadores da Saúde, crianças de 6 meses a 1 ano e 11 meses e pessoas com doenças crônicas já receberam a imunização. As duas últimas terão a última chance no mutirão de sábado, dia 10.
No total, mais de 100 mil pessoas devem ser vacinadas durante a Campanha.
Ano 5 - Edição 81528.112 - pessoas receberam este informativo Limeira,
07/04/2010 - 07:00h.

O MEIO AMBIENTE INTEIRO


Secretaria de Meio Ambiente promove capacitação de professores em educação ambiental a partir desta 5ª

A Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades de Limeira, em parceria com a Secretaria da Educação e o Consórcio PCJ, desenvolverá nos meses de abril a julho de 2010 o Projeto “Eu uso e não abuso – uso racional da água”. Será a terceira etapa, em que haverá a multiplicação de conhecimentos.

O primeiro encontro será nesta quinta-feira, 8 de abril, na sala de reuniões da Cati.

Os responsáveis pelo projeto são o engenheiro André Pellegrini, o biólogo Rogério Mesquita e as professoras Dynoráh Cappi Redondano e Helcimara G. M. Sabino, que participaram em 2009 da segunda etapa do projeto, desenvolvido pelo Consócio PCJ e Petrobras S/A, com a finalidade de fomentar ações de educação ambiental sobre o uso racional da água entre os alunos dos ensinos fundamental e médio.

Em Limeira, participarão da terceira etapa os professores e alunos de 4° ano de 6 escolas municipais: CEIEF “Gov. Mário Covas”, CEIEF “Flora de Castro Rodrigues”, EMEIEF “Ver. Mauro Sérgio Vieira”, EMEIEF “Creso Assumpção Coimbra”, EMEIEF “Maria Theresa S.B. Camargo” e EMEIEF “Maria Aparecida Julianelli”.

Os coordenadores pedagógicos e professores de 4° ano, ao todo 24 participantes, receberão 45 horas de capacitação, distribuídas em palestras e estudos de meio. As palestras visam oferecer informações sobre vários temas, como: uso racional da água, saneamento básico, reuso da água, gestão dos recursos hídricos, mata ciliar, reflorestamento, bacias hidrográficas e tecnologias de reciclagem, entre outros.

Estudos de meio
Serão realizados estudos de meio no Instituto Estre Ambiental, nas represas do Sistema Cantareira em Extrema (MG), na Casa Modelo e formação do Rio Piracicaba, em Americana, e em nascentes e matas ciliares de sítios em Limeira.

Todos os participantes durante a capacitação receberão uma sacola ecológica contendo kit educativo composto de: boné, caneca, caneta, folder, jogo e CDs com palestras e textos sobre os temas estudados. Também serão oferecidos jogos didáticos de educação ambiental para cada uma das escolas participantes.

A capacitação e materiais visam fornecer subsídios aos professores para trabalharem estes temas durante o ano letivo de 2010, avaliar as atividades desenvolvidas dentro de um processo de ação>reflexão>ação. Ao todo, estarão envolvidos aproximadamente 400 alunos.

Para o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, a iniciativa é importante, pois além de capacitar os professores diretamente, irá contribuir na formação das crianças com relação à preservação e respeito ao meio ambiente.

Ao final do projeto, além da produção de relatório, será preparado um Encontro de Educadores sobre Experiências de Sucesso em Educação Ambiental, aberto para todas as escolas de Limeira.

Nota – Segue no anexo arquivo contendo o cronograma de execução do projeto.

Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades
Prefeitura de Limeira/SP
(19) 3451-3883
meioambiente.limeira@uol.com.br
www.limeira.sp.gov.br

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"O Pequeno Livro do Rock"



Ótimo guia em quadrinhos para pesquisas sobre o gênero


A melhor maneira de se aprender a história do rock é ouvindo as canções que colaboraram para o surgimento do estilo musical que sacudiu a segunda metade do século 20. É nesse momento que a internet surge como grande meio de divulgação de conhecimento: qualquer um com interesse pode entrar em contato com as canções que contribuíram para o desenvolvimento do rock, desde os primeiros blues dos anos 1930 até os primeiros acordes de guitarra elétrica dos anos 1950.


Capa da graphic novelCom isso em mente "O Pequeno Livro do Rock", trabalho do cartunista francês Hervé Bourhis que chega às lojas pela editora Conrad, acaba ganhando uma utilidade extra. Além de história em quadrinhos, a graphic novel pode ser utilizada como guia de pesquisa para os interessados em aprender sobre a história do rock.


Há vinte anos um leitor que se deparasse com a obra (valendo-se da hipótese dela ter sido lançada naquela época) teria que peregrinar por lojas de álbuns ou instrumentos musicais de sua cidade para talvez descobrir quem foi o roqueiro suicida Johnny Ace ou qual a história do grupo de doo-wop The Dell-Vikings. Hoje todas essas informações estão a apenas um "clique".

O encontro de Keith Richards com Mick Jagger - primórdios dos Rolling Stones
A forma como Bourhis compilou as informações só ajudam a atiçar a curiosidade do leitor, que encontrará fatos curiosos sobre figurões como James Brown, que em 1966 passou a multar seus músicos a cada erro cometido em seus shows, ou Keith Richards, que em 1960, aos 17 anos, puxou papo com um rapaz que segurava um vinil de Muddy Waters na estação de trem - por um acaso, Mick Jagger.


O ritual de Jimmy HendrixAlém disso, o desenhista intercalou quadrinhos sobre fatos do rock com reproduções de capas de discos, cartazes de filmes e trechos de músicas, o que só confirma a vocação de "O Pequeno Livro do Rock" para guia de aficionados pelo estilo.

E o Brasil não foi esquecido por Bourhis: o País aparece com o lançamento de "Chega de Saudade", em 1958, apontado como estopim da bossa nova, e com Os Mutantes, chamados de arautos do movimento tropicalista.

O fato triste é que, tal qual a história do rock, a graphic novel vai perdendo seu gás com o passar dos anos - ou, neste caso, das páginas. É muito mais divertido peneirar fatos bizarros dos primórdios do rock do que ser lembrado das reclamações de Kanye West no MTV Awards de 2007 ou dos dez anos que Axl Rose gastou para lançar "Chinese Democracy".

"O Pequeno Livro do Rock"
Hervé BourhisEditora Conrad
224 páginas

A IDADE CHEGA PARA TODOS


.....Já aconteceu de você, ao olhar pessoas da sua idade, pensar: não posso estar assim tão velho(a)????
Veja o que conta uma moça :'Eu estava sentada na sala de espera para a minha primeira consulta comum novo dentista, quando observei que o seu diploma estava dependuradona parede.
Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei de ummoreno alto, que tinha esse mesmo nome.
Era da minha classe do colegial,uns 30 anos atrás e eu me perguntava:
- poderia ser o mesmo rapaz por que tinha me apaixonado à época?
Quando entrei na sala de atendimento imediatamente afastei essepensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, gordo, comum rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho prater sido o meu amor secreto.
Depois que ele examinou o meu dente, perguntei-lhe se ele estudou no Dante Alighieri.
- Sim, respondeu-me- Quando se formou? perguntei.- 1975.
Por que esta pergunta? respondeu.-
É que ... bem .... você era da minha classe, eu exclamei.
E então, este velho horrível, cretino, careca, enrugado, barrigudo,flácido, filho de uma p..., me perguntou:
- A senhora era professora de quê????

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PROBLEMAS CAUSADOS PELO DESMATAMENTO


''Like a rolling stone'' -




Livro disseca canção que mudou os rumos do rock
elevou Bob Dylan ao posto de ícone de uma geração



Greil Marcus reflete sobre as origens e influências da música ''Like a rolling stone''Falar da história do rock sem falar de Bob Dylan é impossível. Várias resenhas, livros e críticas já exploraram a importância de Dylan na evolução do gênero. O jornalista Greil Marcus, no entanto, preferiu fazer um recorte bastante específico. Em seu livro. ''Like a rolling stone - Bob Dylan na encruzilhada'', Marcus volta a 1965, ano de gravação da música, para explicar como ela se tornou ícone da contracultura e influenciou vários artistas inspirados por Dylan, como Jimi Hendrix e Frank Zappa. Os versos de ''Like a rolling stone'' contam a história de uma senhora de classe alta que de repente se vê pobre e falida, culminando nos famoso - e afiado - refrão '''How does it feel / to be on your own / like a complete unknown / just like a rolling stone'', onde a moça sente na pele a sensação de indiferença e de hostilidade da sociedade. No início, os executivos da gravadora Columbia relutaram em lançar a música, que tinha mais de seis minutos, um formato pouco usual para as rádios, que costumavam executar canções de no maximo três minutos. No entanto, logo que as rádios começaram a tocar ''Like a rolling stone'', a canção se tornou um hino, chegando ao número 2 na parada da Billboard, no ano de 1965. Além de contar esses e outros pormenores sobre a canção, Greil Marcus avalia porque ela continua atual. Esta não é a primeira incursão do jornalista no universo de Bob Dylan. Em 1998, ele lançou o livro ''Invisible republic'', em que o tema principal é a série ''The basement tapes'', produzida por Dylan em 1967.




Serviço


Like a rolling stone - Bob Dylan na encruzilhada - Greil Marcus


Editora Cia das Letras


Preço: R$ 42,00 (preço sugerido)










quarta-feira, 31 de março de 2010

Ser Feliz ou Ter Razão?


Oito da noite, numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.
O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita...
Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Ele questiona: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, por que não insistiu um pouco mais?
Ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz!!!
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA: Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.
Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
'Quero ser feliz ou ter razão?'
Outro pensamento parecido, diz o seguinte:
'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam'.
Conte aos seus amigos, para ver se o mundo melhora... Eu já decidi...

EU QUERO SER FELIZ e você?
Contribuição do meu amigo Nicão

Rock'n Roll e Filosofia


Só no Café Filosófico


Publicado: Terça-feira, 30 de março de 2010

por Guilherme Martins


Confira a programação e os temas!


A CPFL Cultura em Sorocaba retoma no dia 9 de abril, às 19 horas, a programação do Café Filosófico CPFL com a série Rockfilosofia, que tem curadoria da filósofa Marcia Tiburi e do músico Fernando Chuí.
Trata-se de uma série de quatro encontros acerca da ponte conceitual - e estética - possível entre o rock e a filosofia, traçando afinidades entre obras de nomes importantes do rock e a poética encontrada em suas canções com as correntes filosóficas ao longo da história.
A filosofia foi bem traduzida pelo rock no imaginário adolescente do século XX, à medida que as bandas e suas canções compõem um verdadeiro roteiro da tentativa jovem de fazer sentido, de contornar o vazio providenciado pela vida nas cidades grandes, na sociedade digital e globalizada, na sociedade do espetáculo. “É claro que o rock também é resultado direto da sociedade do espetáculo mas, ao mesmo tempo, é aquilo que vem denunciar os abusos dos preconceitos desta mesma sociedade. Busca-se a afinidade entre os músicos e os filósofos em uma comparação ao mesmo tempo séria e divertida”, adiantam os curadores. “O objetivo da série é provocar pensamentos sobre o que se ouve, percebendo o que há além de sons e letras, quais as conexões com o estado da cultura, com o espírito do tempo, com as questões que se tornaram decisivas enquanto apareciam apenas como mero entretenimento da juventude”.
Marcia Tiburi é professora da pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Mackenzie. É autora de vários livros de filosofia e literatura, entre eles, Filosofia em Comum, pela editora Record. É colunista da revista Cult e participante do Programa Saia Justa, do canal GNT.
Fernando Chuí é desenhista, músico e poeta. Artista plástico de formação, realizou os discos Feito a Mão e Nunca Vi Mandacaru, e lançará ainda neste ano seu terceiro álbum, Oâça Rock. Chuí busca mesclar seus trabalhos em obras híbridas de música, literatura e artes visuais. É mestre pela UNESP em artes visuais e divulga também seus desenhos e textos no blog
www.fernandochui.blogspot.com.
O Café Filosófico CPFL em Sorocaba é realizado no Auditório da CPFL Piratininga, localizado na avenida Armando Pannunzio, 1555 - Jardim Romilda. A entrada é gratuita e por ordem de chegada (capacidade de 90 lugares). Mais informações pelo telefone (19) 3756-8000.
Programação
> 9 de abril – 19 horas“Rock and Roll – A invenção da adolescência entre a indústria e a angústia cultural: Chuck Berry e Elvis Presley”Com Marcia Tiburi e Fernando Chuí
> 16 de abril – 19 horas“Para uma metafísica do rock: Bob Dylan, Frank Zappa e Gilles Deleuze”Com Daniel Lins, filósofo
> 23 de abril – 19 horasRock and Roll e as Drogas: Psicodelia, Beatles e Jimmy Hendrix”Com Fernando Chuí, músico> 30 de abril – 19 horas“Radiohead e Flusser: a lírica do homem máquina”Com Marcia Tiburi, filósofa
Tags:
rock, filosofia, radiohead, elvis presley, bob dylan

Semana Santa - Receita: Bacalhau com cerveja


Receita: Bacalhau com cerveja


Ingredientes:

bacalhau, azeite,

pimentão,

alho,

cebola,

azeitonas,

batatas,

sal,

cerveja

e mulher.


Modo de preparo:
Ponha a mulher na cozinha com os ingredientes e feche a porta.

Tome cerveja durante duas horas e depois peça para ser servido.

É uma delícia e quase não dá trabalho
!!!

Jazz e rock estão entre as opções desta quarta



Jazz e rock estão entre as opções desta quarta
31/03/2010
Funcionando há um ano, o Genaro Jazz Café abriu as portas para a música ao vivo em novo ambiente no subsolo Lounge e, nesta quarta, às 20h30, recebe o trio de
Rodrigo Bezerra (guitarra) para uma noite dedicada ao jazz. Além do guitarrista, o grupo é composto por Lucas Rodrigues (baixo) e Renato Galvão (bateria). São novos músicos da geração de Brasília, que apresentam composições próprias, música brasileira e releituras de standards do jazz. Para quem curte rock, a dica é a Cervejaria Stadt Bier. Por lá, às 20h, o projeto Capital do Rock terá como atração a banda Mustang 65, que tocará clássicos do estilo. No Feitiço Mineiro, Flávio Henrique apresenta repertório com canções presentes no CD Pássaro pênsil.

April Rock Station começa no próximo domingo na cidade de Rio Claro


Qua, 31 de Março de 2010 06:08

DivulgaçãoAs bandas de garagem de Rio Claro e região terão palco em seis datas durante todo o mês de abril e início de maio na segunda edição do festival de rock que a prefeitura organiza na antiga estação ferroviária.

Após o grande sucesso do October’s Rock Station, no ano passado, o April Rock Station promete agitar a galera roqueira da região a partir do próximo domingo.

A série de shows é aberta ao público e a cada domingo trará um grupo de bandas mostrando os mais variados estilos de rock.

Nesse domingo, abertura do festival, o som começa às 15 horas com Madona Mecânica, em tarde que também terá as apresentações dos grupos 4 Vagas, Adversa e Milintons.

Segundo a Secretaria Municipal de Turismo, que organiza as apresentações, o “April Rock Station” ganha um domingo a mais em relação ao festival do ano passado devido à ótima receptividade de bandas e público.

Neste ano os shows acontecem, além do próximo domingo, nos dias 11, 18 e 25 de abril, e dois e nove de maio.A ideia de realizar um festival de rock nesses moldes nasceu em 2009 como uma extensão do projeto Quatro e Meia, que oferece ao público música gratuita e dá a oportunidade de talentos locais e regionais mostrarem seu trabalho.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Carta do chefe Seattle - Inesquecível





Em 1854, "O Grande Chefe Branco" em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.
A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:



“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.
Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoanas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo,é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo a memóriae a experiência do meu povo. A energia que flui pelas árvores traz consigo as memóriasdo homem vermelho.
Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quandovão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da Terra e ela é parte de nós.


As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo, a grande águia, estes são nossos irmãos. Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei, e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que
quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós.


O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugaronde poderemos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra. Mas não vai ser fácil. Pois esta terra é sagrada para nós.
A água brilhante que se move nos riachos e rios não ésimplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de queela é o sangue sagrado de nossos ancestrais. Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de queela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagradae que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisasda vida de meu povo. O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios nossos irmãos saciam nossa sede. Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se deensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês, e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmocarinho que têm para com seus irmãos.


Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras. Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranhoque chega à noite e tira da terra tudo o que precisa.


A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence, segue em frente. Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa. Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.
O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhossão esquecidos. Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, comocoisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes. Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto.


Não sei.


Nossas maneiras são diferentes das suas. A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho. Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.
Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco. Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ouo ruído das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo.


A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos.


E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitáriode um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa. Sou um homem vermelho e não entendo.
O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, eo cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ouperfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisascompartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo hálito. O homem branco parece não perceber o ar que respira.


Como um moribundo há dias esperando a morte, ele é insensível ao mau cheiro.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o aré precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritoscom toda a vida que ele sustenta.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada, como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o ventoque é adoçado pelas flores da campina.
Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem brancodeve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não entendo de outra forma.


Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelohomem branco que os matou da janela de um trem que passava.
Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fumapode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamospara ficarmos vivos.
O que é o homem sem os animais?


Se todos os animais acabassem, o homem morreriade uma grande solidão do espírito.


Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem.


Todas as coisas estão ligadas.
Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pésé as cinzas de nossos avós.


Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terraé rica com as vidas de nossos parentes.


Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.


Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.
Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –o homem pertence à Terra. Isto nós sabemos. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.


Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra. O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela. O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como deamigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.
Podemos ser irmãos, afinal de contas.


Veremos. De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um diadescobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.


Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejampossuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.


Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para como homem vermelho quanto para com o branco.


A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezopor seu criador.


Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.
Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade, queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algumpropósito especial lhes deu domínio sobre esta terrae sobre o homem vermelho.


Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando osbúfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantossecretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vistadas montanhas maduras manchadas por fios que falam.
Onde está o bosque?


Acabou.


Onde está a águia?


Acabou.


O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”



Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976 e




sexta-feira, 26 de março de 2010

A Arte da Guerra, de Sun Tzu

O início de A Arte da Guerra, em um livro de bambu da época do reino do Imperador Qianlong, século XVIII.


Trecho de A Arte da Guerra, de Sun Tzu



Capítulo V




Estratégia do Confronto Direto e Indireto



"Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização."
Sun Tzu disse:"Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização. Controlar muitos ou poucos é uma mesma e única coisa. É apenas uma questão de formação e sinalizações".
Lembre-se dos nomes de todos os oficiais e subalternos. Inscreva-os num catálogo, anotando-lhes o talento e suas capacidades individuais, a fim de aproveitar o potencial de cada um. Quando surgir oportunidade aja de tal forma que todos os que deves comandar estejam persuadidos que seu principal cuidado é preservá-los de toda desgraça.
As tropas que farás avançar contra o inimigo devem ser como pedras atiradas em ovos. De ti até o inimigo, não deve haver outra diferença senão a do forte ao fraco, do cheio ao vazio. São as operações chamadas "diretas" e "indiretas" que tornam um exército capaz de deter o ataque das forças inimigas e não ser derrotado.
Em batalha, use geralmente operações "diretas" para fazer o inimigo engajar-se na luta e as operações "indiretas" para conquistar a vitória.
Em poucas palavras, o que consiste a habilidade e a perfeição do comando das tropas é o conhecimento das luzes e das trevas, do aparente e o secreto. É nesse conhecimento hábil que habita toda a arte. Assim, o perito ao executar o ataque "indireto" assemelha-se ao céu e as terras, cujos movimentos nunca são aleatórios, são como os rios e mares inexauríveis. Assemelham-se ao sol e à lua, eles tem tempo para aparecer e tempo para desaparecer. Como as quatro estações, ele passa, mas apenas para voltar outra vez.
Não há mais que cinco notas fundamentais, mas, combinadas, produzem mais sons do que é possível ouvir; não há mais que cinco cores primárias, mas, combinadas, produzem mais sombras e matizes do que é possível ver; não há mais que cinco sabores, mas, combinados, produzem mais gostos do que é possível saborear.
Da mesma forma, para ganhar vantagem estratégica na batalha, não há mais que as operações "diretas" e "indiretas", mas suas combinações são ilimitadas dando origem a uma infindável série de manobras. Essas forças interagem, um método sempre conduz ao outro. Assemelham-se, na prática, a uma cadeia de operações interligadas, como anéis múltiplos, ou como a roda em movimento, que não se sabe onde começa e onde termina.
Na arte militar, cada operação tem partes que exigem a luz do dia, e outras que pedem as trevas do segredo. Não posso determiná-las de antemão. Só as circunstâncias podem ditá-las. Opomos grandes blocos de pedra às corredeiras que queremos represar, empregamos redes frágeis e miúdas para capturar pequenos pássaros, entretanto, o caudal rompe algumas vezes seus diques após tê-los minado aos poucos.
Quando uma ave de rapina se abate sobre sua vítima, partindo-a em pedaços, isso se deve à escolha do momento preciso. A qualidade da decisão é como a calculada arremetida de um falcão, que lhe possibilita atacar e destruir sua vítima. Portanto, o bom combatente deve ser brutal no ataque e rápido na decisão.
Embaralhada e turbulenta, a luta parece caótica. No tumulto de um combate pode parecer haver confusão, mas não é bem assim, entre a confusão e o caos uma formação de tropas pode parecer perdida e mesmo assim impenetrável, sua disposição é na verdade circular e não podem ser derrotadas. A confusão simulada requer uma disciplina perfeita, afinal, o caos estimulado se origina do controle, o medo fingido exige coragem, a fraqueza aparente se origina da força. Ordem e desordem é uma questão de número, de logística; coragem e medo é uma questão de configuração estratégica do poder, vantagem estratégica; força e fraqueza é uma questão de disposição das forças, posição estratégica.
O sábio comandante possui verdadeiramente a arte de liderar aqueles que souberam e sabem potencializar sua força, que adquiriram uma autoridade ilimitada, que não se deixam abater por nenhum acontecimento, por mais desagradável que seja. Aqueles que nunca agem com precipitação, que se conduzem, mesmo quando surpreendidos com o sangue-frio, que tem habitualmente nas ações meditadas e nos casos previstos antecipadamente. Aqueles que agem sempre com rapidez, fruto da habilidade, aliada a uma longa experiência. Assim, o ímpeto de quem é hábil na arte da guerra é irrefreável e seu ataque é regulado com precisão.
O primeiro imperador Han (256-195 a.C.), desejando esmagar seu oponente Hsiung-nu, enviou espiões para conhecer sua condição. Mas este, sabedor do fato, ocultou com cuidado todos os soldados fortes e todos os cavalos bem alimentados, deixando apenas homens doentes e gado magro à vista. O resultado foi que os espiões, por unanimidade, recomendaram ao imperador que atacasse.









quarta-feira, 24 de março de 2010

Brave heart - William Wallace - Coração Valente: O Filme

A história é baseada nas lendas que envolvem o personagem histórico William Wallace, que organizou a resistência ao rei da Inglaterra, Eduardo I, no século XVIII. Principalmente pelas majestosas cenas de batalha, com milhares de figurantes, Mel Gibson ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Diretor. A produção também conquistou Oscars nas categorias; Melhor Filme, Maquiagem e Efeitos Sonoros. Foi ainda indicada em outras 5 categorias: Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem e Melhor Roteiro Original. Mel Gibson contracena com Sophie Marceau (princesa Isabelle) e a belíssima Catherine MacCormack (Murron), sua mulher, assassinada logo no início do filme.
Os cinco Oscars, o reconhecimento do público e os aplausos da crítica pelo conjunto do filme são mais que justificáveis. Coração Valente (Braveheart) foi produzido em 1995, transita entre meio ficção, meio fato e possui todos os elementos envolventes necessários a um bom filme. Contudo, mesmo com quase três horas de duração (177 minutos), roteiro, diálogos, figurino, fotografia, ambientação, sonoplastia excelentes, isso são até componentes secundários diante das mensagens que o filme carrega. Entre elas, alguns conceitos: a coragem, a fé, o amor, o simbolismo. A perseverança nos propósitos é destaque especial. Afinal, a Escócia foi liberta somente depois de passados 300 anos, graças àquela primeira resistência.
Em meio a perseguições e traições, William Wallace (Mel Gibson) recebeu a missão de liderar seu povo nessa luta. Mas, não sem antes ressaltar o verdadeiro caráter da nobreza. Se buscarmos em Robin Wood, outra superprodução cinematográfica recente, a personagem principal chega a verbalizar esse caráter. Deserdado, porém, de linhagem nobre, numa das cenas, Robin Wood diz a Lady Mary que a verdadeira nobreza está nas atitudes, na conduta, na postura e não somente em razão de um título ostentado por consangüinidade ou por outros fatores. Quis dizer a personagem que a expressão sim, é meritória, a estampa, não. A velha história do ter e do ser.
William Wallace de Coração Valente, camponês polido e de atitudes nobres por influência de seu tio, que o criou após o falecimento do pai, também demonstrou o sentido da nobreza. A mesquinhez esteve longe dele até em seus últimos suspiros. Recusou-se a se suicidar. Poderia corresponder ao amor que a princesa tinha por ele, mas não. Recusou-se à estampa. Diante da tortura física extrema, voltou a gritar pela liberdade que sempre lutou. Se acreditasse que de nada adiantaria o seu grito, jamais o teria bradado. Ele sabia que outros se espelhariam em seu exemplo e ainda continuariam lutando por um Escócia livre.
A habilidade com que roteiristas, produtores e diretores lidam com o viés da imaterialidade é flagrante. O elemento extrafísico aparece em inúmeras outras produções. William Wallace também teve uma visão final, antes de despedir-se do mundo físico. Foi com a responsabilidade que lhe foi imposta e consciente de seu papel como líder de um povo que William vislumbrou sua amada, assassinada há algum tempo por soldados do império britânico, logo no início de sua luta. Mesmo que a intenção fosse a de demonstrar que tenha sido fruto da perturbação diante da tortura, a inclusão desse ingrediente é motivo para reflexão. Era como se ela o aguardasse para a entrada naquele outro mundo. E feliz por isso. Antes disso, uma outra cena mostra a visão de seu pai, já falecido falando com ele.
Quando finalmente pereceu, William deixou cair de sua mão o pequeno pedaço de pano que estava sendo bordado por sua mulher quando ela morreu. Ele o guardara consigo desde então. Simbolizava o amor que tinha e continuou tendo por ela. A partir dali, o simples pedaço de pano bordado ganhou expressão coletiva. Foi inundado pelo seu espírito. Fez-se expressão sua. Passou a ser a representação dos seus valores, do seu desprendimento, da sua valentia...do sonho de William. Não era apenas ou mais um pedaço de pano bordado, não era somente um artefato do "plano físico", mas a representação memorial de um ser singular que viveu, se fez povo e contribuiu para uma causa nobre. Morreu nobremente, assim como viveu.
Depois de sua morte, os ossos de William continuariam a se misturar com a terra. Seus restos mortais não tinham a conotação que ele deu e mais tarde, outros deram ao pano bordado. Além disso, seu filho se desenvolvia no ventre da futura rainha da Inglaterra. O filho seria o fruto da carne, porém, o pano bordado era muito mais do que a carne de sua carne. Era o símbolo de sua "vida" (material) e de sua "causa", de seu "ideal", de seu "sonho" (imaterial). Era o símbolo do que ainda não havia se concretizado fisicamente. Ainda estava no mundo das idéias. Ainda era utopia.

Morte de Tiradentes tem contestação!

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