terça-feira, 16 de junho de 2009

Nicolau Maquiavel

Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi escritor, diplomata, e pensador político, nascido e falecido em Florença. De origem relativamente modesta, conseguiu fazer carreira pública, após a expulsão dos Medici, em 1494.Executou missões junto a diversos Estados italianos, progredindo rapidamente na carreira. Embora nunca fosse nomeado oficialmente embaixador, dirigiu freqüentemente negociações de grande responsabilidade.
Foi particularmente importante a missão que desempenhou junto a César Bórgia, durante as conquistas deste na Romanha, em 1502.


De regresso a Florença, desempenhou o cargo de segundo secretário, sob o governo de Soderini. Percebendo o perigo que representavam as tropas mercenárias, empregadas habitualmente por Florença e por outros Estados italianos, organizou, em 1506 e 1507, com a aprovação de Soderini, uma milícia nacional. Dois anos depois, a força por ele organizada com cidadãos florentinos participou do término vitorioso do assédio de Pisa, que Maquiavel supervisionou indiretamente. Todavia, quando os Medici ameaçaram os florentinos de dirigir contra a cidade tropas espanholas, a milícia foi dividida, sofrendo grave desastre em Prato, em 1512, e a entrega daquela posição defensiva acarretou a queda de Florença e a fuga de Soderini.
Preso por algum tempo em 1513 e torturado, Maquiavel recebeu depois ordem de se retirar para sua propriedade, perto de San Casciano, na Toscana.
Devido a sua íntima conexão com o regime republicano deposto, não conseguiu recuperar sua preeminência política. Todavia, desempenhou por breves períodos alguns cargos menos importantes e recebeu dos Medici diversos favores, em reconhecimento por sua atividade literária, que se intensificou consideravelmente após a queda do governo republicano. Ocorrendo nova expulsão dos Medici, regressou a Florença, mas adoeceu gravemente, morrendo pouco depois.







O Príncipe





Sua obra mais famosa, O Príncipe, escrita de 1513 a 1516, foi publicada postumamente, em 1532.



A obra reflete seus conhecimentos da arte política dos antigos, bem como dos estadistas de seu tempo, e expressa claramente a mentalidade da época.




Formulando uma série de conselhos ao príncipe, o autor expôs uma norma de ação autoritária, no interesse do Estado. Deste modo, Maquiavel ilustrou a política renascentista de constituição de Estados fortes, com a superação da fragmentação do poder, que caracterizara a idade média.
As obras de Maquiavel foram, a princípio, bem recebidas, mas durante o período agitado que se seguiu à Reforma incorreram no anátema de ambas as partes em luta. Em 1559, o pontífice incluiu-as no Índex. Por outro lado, denegridas sistematicamente, aquelas obras passaram a ser consideradas, nos países mais diversos, expressão do cinismo político, advindo daí o sentido pejorativo de termos como maquiavélico e maquiavelismo.

A ITALIA DIVIDIDA DO RENASCIMENTO

Sociedade de Maquiavel (1469-1527)




Cristandade em decadência: conflitos entre o poder divino (Igreja) e o poder temporal (Estado) Processo de ascensão do capitalismo: mercantilismo

Desenvolvimento do Estado Nacional: soberanos locais são absorvidos pelo fortalecimento das monarquias e pela crescente centralização das instituições políticas (cortes de justiça, burocracias e exércitos)

Estado absoluto: preserva a ordem de privilégios aristocráticos (mantendo sob controle as populações rurais), incorpora a burguesia e subordina o proletariado incipiente

Inglaterra e França: consolidam poder central

Itália não realiza unificação nacional: é um conglomerado de pequenas cidades- estado rivais, disputados pelo Papa, Alemanha, França e Espanha.










Concepção de homem em Maquiavel





Racionalidade instrumental: busca o êxito, sem se importar com valores éticos

Cálculo de custo/benefício: teme o castigo

Natureza humana:

Homem possui capacidades: força, astúcia e coragem

Homem é vil, mas é capaz de atos de virtude

Mas não se trata da virtude cristã;

Não incorpora a idéia da socidabilidade natural dos antigos;

O homem não muda: não incorpora o dogma do pecado original: natureza decaída que pode se regenerar pela salvação divina.







Política em Maquiavel



Política: pela primeira vez é mostrada como esfera autônoma da vida social

Não é pensada a partir da ética nem da religião: rompe com os antigos e com os cristãos

Não é pensada no contexto da filosofia: passa a ser campo de estudo independente

Vida política: tem regras e dinâmica independtes de consideraçõs privadas, morais, filosóficas ou religiosas

Política: é a esfera do poder por excelência

Política: é a atividade constitutiva da existência coletiva: tem prioridade sobre todas as demais esferas

Política é a forma de conciliar a natureza humana com a marcha inevitável da história: envolve fortuna e virtu.

Fortuna: contingência própria das coisas políticas: não é manifestação de Deus ou Providência Divina

Há no mundo, a todo momento, igual massa de bem e de mal: do seu jogo resultam os eventos (e a sorte)

Virtu: qualidades como a força de caráter, a coragem militar, a habilidade no cálculo, a astúcia, a inflexibilidade no trato dos adversários

Pode desafiar e mudar a fortuna: papel do homem na história









"O Príncipe": não se destina aos governos legais ou constitucionais




Questão: como constituir e manter a Itália como um Estado livre, coeso e duradouro? Ou como adquirir e manter principados?

A tirania é uma resposta prática a um problema prático



"O Príncipe": não há considerações de direito, mas apenas de poder: são estratégias para lidar com criações de força.

Teoria das relações públicas: cuidados com a imagem pública do governante

Teoria da cultura política: religião nacional, costumes e ethos social como instrumentos de fortalecimento do poder do governante

Teoria da administração pública: probidade administrativa, limites à tributação e respeito à propriedade privada .

Teoria das relações internacionais:

Exércitos nacionais permanentes, em lugar de mercenários

Conquista, defesa externa e ordem interna

A guerra é a verdadeira profissão de todo governante e odiá-la só traz desvantagens.


segunda-feira, 15 de junho de 2009

HISTORIA DO ROCK NACIONAL VI - 14 bis

Banda 14 Bis

Flávio Venturini (vocal e violão)

Vermelho (teclado)

Hely Rodrigues (bateria)

Cláudio Venturini (guitarra)

e Sérgio Magrão (violão)Belo Horizonte (MG)

Os cinco rapazes mineiros do 14 BIS, que entre outras influências, brasileiríssimas por sinal, tiveram nos Beatles o fator decisivo para sua formação.Estão na estrada há quase vinte anos. Sobreviveram à saída do líder da banda, Flávio Venturini, em 87, sem perder o rumo. Quando Cláudio tinha nove anos e Flávio dezoito, em 1968, o tenente Castro Moreira, ou melhor, Vermelho - cujo cabelo cor de fogo não deixava dúvida sobre a razão de seu apelido- entra no cenário musical dos Venturini. O futuro tecladista, arranjador e compositor do 14 BIS conheceu Flávio, em fins de 68, quando ambos serviam juntos no CPOR, com a música e o piano como elementos de ligação de um companheirismo que atravessaria décadas. O embrião do 14 BIS já estava em formação.

A gravadora EMI-Odeon vinha sondando Flávio Venturini para gravar um disco solo, este propôs o trabalho da banda, ainda sem nome. Depois de muito brainstorm, surgiu o nome 14 BIS que agradou a todos e batizou também o disco. Convidaram Milton Nascimento para produtor.O 14 BIS surge num momento em que o mercado carecia de bandas com um som jovem. Além dele, só havia A Cor do Som e o Roupa Nova.

Os cinco foram retratados em estilo barroco na capa do primeiro disco pelo pintor Pedro Algaza, que recebeu elogios de Caetano Veloso.

As canções melódicas, originais, com vocais apuradíssimos e a interessante mistura de rock progressivo e a música regional repercutiram não só entre o público, mas também na crítica, que recebeu favoravelmente ao trabalhos.


oficialSite oficial: http://14bis.com.br/


Discografia:


14 Bis (1979)

14 Bis II (1980)

Espelhos das Águas (1981)

Além Paraíso (1982)

A Idade da Luz (1983)

A Nave Vai (1985)

Ao Vivo (1987)

Sete (1987)

Quatro por Quatro (1993)

Siga o Sol (1996)

Bis Acústico (1999)

Boca Live e 14 Bis Ao Vivo (2000)

Outros Planos (2004)

14 Bis Ao Vivo (2007)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Musica inesquecível II




Chão de Giz - Zé Ramalho

Eu desço dessa solidão

Espalho coisas sobre

Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos

A me torturar

Fotografias recortadas

Em jornais de folhas Amiúde!
Eu vou te jogar

Num pano de guardar confetes

Eu vou te jogar

Num pano de guardar confetes...
Disparo balas de canhão

É inútil, pois existe

Um grão-vizir

Há tantas violetas velhas

Sem um colibri

Queria usar quem sabe

Uma camisa de força

Ou de vênus

Mas não vou gozar de nós

Apenas um cigarro

Nem vou lhe beijar

Gastando assim o meu batom...
Agora pego

Um caminhão na lona

Vou a nocaute outra vez

Prá sempre fui acorrentado

No seu calcanhar

Meus vinte anos de "boy"

That's over, baby!

Freud explica...
Não vou me sujar

Fumando apenas um cigarro

Nem vou lhe beijar

Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes

Já passou meu carnaval

E isso explica porque o sexo

É assunto popular...
No mais estou indo embora!

No mais estou indo embora!

No mais estou indo embora!

No mais!...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Letra de música que encanta

Pássaro



um tocador de violão
não pode cantar prosseguir
quando lhe acusam de estar mentindo
quer virar pássaro e voar no ar no ar
quer virar pássaro e sumir ir
quer virar pássaro e sumir!
um tocador de violão
não pode cantar prosseguir
quando lhe acusam de estar mentindo
quer virar pássaro e voar no ar no ar
quer virar pássaro e sumir ir
quer virar pássaro e sumir!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Historia Do Rock Nacional VI - O Terço II

Em 1978, O Terço lança o disco Mudança de Tempo, apresentando muita MPB e um bom trabalho de guitarra de Sérgio Hinds.
Neste trabalho aparece pela primeira vez o famoso e premiado logotipo de autoria do artista plástico Guernot. Em Mudança de Tempo há a presença do baixista e tecladista Sérgio Caffa, que já havia passado pelos grupos Scaladácida, Cia. Paulista de Rock e Luís Carlos Sá & Banda. Existem duas versões para a capa deste trabalho: uma contém apenas o comentado novo logotipo sobre um fundo azul; a outra, é uma foto do grupo olhando por uma janela.Depois de Mudança de Tempo, o baixista Sérgio Magrão deixa o grupo, para fundar, junto com Flávio Venturini, o 14 Bis.

Som mais puro, de 1982, é outro álbum que investe bastante na MPB, contando com Hinds, Ruriá Duprat (teclados), Zé Portugal (baixo) e Franklin Paolillo (ex-Made in Brazil, Joelho de Porco, Tutti Frutti e o Envergadura Moral de Marcelo Nova (bateria).
Som mais puro também apresenta uma composição de Flávio Venturini, a longa faixa Suíte que é, como 1974, outra extraordinária obra instrumental.

Em 1990 o grupo lança o trabalho seguinte, o homônimo O Terço. Em 1993 o Terço sob nova formação Hinds, Franklin Paolillo (bateria), Luiz de Boni (ex-May East, Tom Zé, Zero e Paulo Ricardo (aquele do RPM) (teclados) e Andrei Ivanovic (ex-Metrô, Vultos, Edgard Scandurra (aquele do Ira!) (baixo), lançou o comentado CD Time Travellers, CD de progressivo sinfônico, que também lançado na Europa e no Japão.
Time Travellers possui nove faixas, das quais três são instrumentais - Space, Crucis e Marear. As outras seis, para atender o público estrangeiro, são em inglês. A faixa Crucis é uma homenagem ao homônimo grupo argentino, um dos melhores progressivos daquele país.

Nos anos 70, Crucis e O Terço tocaram juntos na Argentina, no Luna Park, em Buenos Aires, e no Brasil, no Parque Anhembi, em São Paulo.

A faixa de destaque ficou por conta de The Rhythm of the Universe, cheia dos vocais que são a grande distinção d'O Terço.




Ainda em 1993, a banda abriu os shows do Marillion no Brasil e posteriormente do Asia, com músicas deste CD.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Morre David Carradine - O Kung Fu

O ator David Carradine, 72, foi encontrado morto em um hotel de Bangkok, na Tailândia. Carradine estava no país asiático fazendo um novo filme, “Strecht”. Ele ficou famoso nos anos 70 como protagonista da série televisiva “Kung Fu”. Filho do ator John Carradine e com mais de cem filmes no currículo, David Carradine recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro. Ele já trabalhou com diretores tão diferentes quanto o sueco Ingmar Bergman (“O Ovo da Serpente”) e Quentin Tarantino ( “Kill Bill 1 & 2”).

Nascimento: 8/12/1936,Hollywood, California, EUA
Morte: 04/06/2009, Bangcoc - Tailãndia

A morte do ator americano David Carradine, pode ter sido acidental, segundo informações da polícia tailandesa. O corpo do ator foi encontrado dentro de um guarda-roupas com uma corda amarrada ao seu pescoço e genitais. As autoridades locais suspeitam de morte por asfixia acidental, informou a polícia à Associates Press.
Carradine foi encontrado morto na sua suíte do hotel de luxo Swissotel Nai Lert Par, em Bangcoc na Tailândia. A polícia inicialmente suspeitava de um suicídio, no entanto a hipótese foi contestada por pessoas próximas ao ator.
"Não estava claro se ele tinha cometido suicídio, se tinha morrido sufocado ou se tinha morrido de um ataque cardíaco em virtude de um orgasmo", disse à AP o General da polícia tailandesa Worapong Chewprecha.
A polícia informou que a autópsia foi concluída, mas os resultados ainda não foram divulgados.A forma da morte de Carradine é semelhante à de outro artista. Em 1997, o vocalista da grupo INXS, Michael Hutchence, foi encontrado enforcado com o próprio cinto. Especularam que ele foi vítima de um ritual conhecido como asfixia auto-erótica.
Carradine estava na Tailândia gravando seu filme mais recente, chamado Strecht. Segundo o site da BBC, Jonathan Head, seu personal trainer, disse estar "chocado" com a morte do ator. "Ele estava cheio de vida, sempre querendo trabalhar. Era uma ótima pessoa", disse Head.
O ator, que tinha 72 anos, ficou conhecido pelo olhar enigmático, roupas mal ajambradas e pela indefectível bolsa a tiracolo de seu personagem mais famoso: Kwai Chang Caine, o aprendiz e depois mestre de Kung Fu e protagonista da série de TV Kung Fu, exibida originalmente entre 1972 e 1975.
Filho e irmão de atores - seu pai, foi John Carradine (1906-1988), e seus irmãos são Keith e Robert Carradine e Michale Bowe -, em sua carreira de 46 anos, David realizou mais de 200 trabalhos no cinema e na TV, chegando a trabalhar com Martin Scorsese e Igmar Bergman.
Nos anos 2000, a carreira do ator ganhou um refil de prestígio ao interpretar Bill, o líder de uma gangue de assassinos de aluguel, nos longas Kill Bill - Volume 1 (2003) e Kill Bill - Volume 2 (2004), do cineasta Quentin Tarantino. Pelo segundo filme, ele foi indicado ao Globo de Ouro. (Terra)
Passei boa parte de minha infância em frente ao televisor preto e branco, Semp, lá de casa que tinha dois acessórios pra poder funcionar:um regulador de voltagem que nós chamavamos de transformador e que tinha de ser ligado antes da TV , ficava debaixo do aparelho e outro chamado de conversor, que definia a sintonia dos canais e ficava em cima do televisor!
Pois bem, diante dessas engenhocas tecnológicas que hoje são obsoletas entre tantos outros programas , tinha o Kung Fu, que sempre começava com o ator David Carradine, Kwai Chang Caine, o gafanhoto, andando com dificuldade sobre as dunas de areia do deserto americano do velho oeste e dai se seguiam as histórias de um personagem asiático, muito bom de briga e que teria vindo tentar encontrar seus descendentes nos EUA.
Entre as aventuras , cheias de lições valorizavam o viver em paz e harmonia com o próximo e com o cosmos , sempre havia momentos de retorno na sua imaginação nos quais podiamos contemplar seus dias de treinamento no mosteiro Chaolin, no qual teve em seu braço tatuado um dragão , simbolo da ordem.
As ultimas aparições do David Carradine para mim foram no filme Kill Bill, e gostei muito da relação que o diretor estabeleceu entre a mocinha e o personagem em questão.
Mais um na saudade...
É...2009...!
É isso , lá se vai mais um ícone de minha infância, e quer saber?! como eles estão indo bicho!
Filmografia

2008 - Ligações Criminosas (Last Hour)
2007 - Big Stan: Arrebentando na Prisão (Big Stan)
2007 - Isolados (Fall Down Dead)
2007 - Kung-Fu Killer (Kung-Fu Killer)
2007 - Velozes e Audazes - Caçadores de Tesouros (Treasure Raiders)
2006 - A Última Seita (The Last Sect)
2006 - Lance Final (Final Move )
2005 - Irmaos De Luta (Brothers In Arms)
2005 - Adivinhe Quem Vem Para Morrer (Dead & Breakfast (2004))
2005 - O Preço da Bravura (Miracle at the Sage Creek)
2005 - A Influência do Anel (Edição Especial) (Ringers: Lord of the Fans (Special Edition))
2004 - Último Adeus (Last Goodbye)
2004 - Kill Bill: Volume 2 (Kill Bill: Vol. 2)
2004 - Max Havoc - A Maldição Do Dragão (Max Havoc: Curse Of The Dragon)
2003 - Kill Bill: Volume 1 (Kill Bill: Volume 1)
2001 - Caravana Do Destino (By Dawn`S Early Light)
2001 - O Forasteiro (The Outsider)
2000 - Vinganca Sem Limite (G.O.D - Guaranteed Overnight Delivery)
1999 - As Novas Aventuras Da Familia Robinson (The New Swiss Family Robinson)
1998 - Colheita Maldita 5-Campos Do Terror (Children Of The Corn: Fields Of Terror)
1998 - Pastores Do Apocalipse (Sheperd)
1998 - Duelo Sem Fronteiras (Warden Of Red Rock)
1997 - Medo Na Noite (Midnight Fear)
1997 - Foragidos (Jailbreak)
1997 - A Ultima Conquista (Last Stand At Saber River)
1994 - Perseguicao Sem Tregua (Distant Justice)
1993 - Destino Implacavel (The Bitter End)
1992 - Karate Cop (Karate Cop)
1992 - Kung Fu-A Lenda Continua (Kung Fu The Legend Continues)
1992 - Kung Fu-A Lenda Renasce (Kung Fu: A Legend Reborn)
1992 - Campo De Batalha (Field Of Fire)
1991 - Pena De Morte (Capital Punishment)
1991 - As Mil Armas De Hollister (Hollister)
1991 - Os Profetas Do Asfalto (Roadside Prophets)
1991 - Centro De Intrigas (Deadly Surveillance)
1991 - Zona Da Morte (Kill Zone)
1990 - Leis Marciais (Martial Law)
1990 - Os Aventureiros Do Deserto (Dune Warriors)
1990 - Fuga Para A Liberdade ()
1990 - Bird on a Wire (1990) ()
1990 - Alta Tensao (Bird On A Wire)
1989 - Po Branco (Tropical Snow)
1989 - Gangs Da Noite (Night Children)
1989 - Os Magos Do Reino Perdido (Wizards Of The Lost Kingdom Ii)
1989 - Eliminator (Eliminator)
1989 - Esquadrao Do Futuro (Future Force)
1988 - Animal Protector (Animal Protector)
1988 - Eu Vi O Que Voce Fez, E Eu Sei Quem ... (I Saw What You Did...And I Know Who You)
1988 - Guardioes Do Futuro (War Lords)
1988 - O Cacador Do Futuro (Crime Zone)
1988 - Fugindo Da Morte (Run For Your Life)
1988 - Codigo-Traicao (Beauty And Denise)
1988 - Open Fire (Open Fire)
1987 - Fugitivos De Alcatraz (Six Against The Rock)
1987 - Rodas Do Terror (The Misfit Brigade)
1987 - Fronteira Brutal (On The Line)
1986 - Pelotao De Guerra (P.O.W. - The Escape)
1986 - Historias Maravilhosas 5 (Amazing Stories V)
1986 - Resposta Armada (Armed Response)
1986 - Mar De Fogo (Ocean Of Fire)
1985 - North and South ()
1984 - O Guerreiro E A Espada (The Warrior And The Sorceress)
1984 - Vitimas Do Ciume (Jealousy)
1983 - Mcquade-O Lobo Solitario (Lone Wolf Mcquade)
1982 - Terror Na Noite (Trick Or Treats)
1982 - Q (1982) ()
1981 - Americana (Americana)
1980 - Ases Do Ceu (Cloud Dancer)
1980 - O Retorno De Will Kane (High Noon Part Ii:The Return Of Will Kan)
1980 - A Mente Selvagem (Gauguin The Savage)
1980 - O Retôrno De Will Kane (High Noon 2 - The Return Of Will Kane)
1980 - Cavalgada Dos Proscritos (The Long Riders)
1980 - Uma Longa Jornada (The Long Riders)
1978 - S.O.S. Submarino Nuclear (Gray Lady Down)
1978 - O Ovo Da Serpente (The Serpent`S Egg)
1975 - Corrida Da Morte Ano 2000 (Death Race 2000)
1975 - Death Race 2000 ()
1972 - Sexy E Marginal (Boxcar Bertha)
1970 - Macho Callahan (Macho Kallahan)
1970 - Furia Implacavel (The Mcmasters)
1969 - O Pistoleiro Marcado (Young Billy Young)
1966 - Ladroes De Sobra (Too Many Thieves)
Kung Fu-Segunda Temporada ()
Kung Fu-Primeira Temporada (Kung Fu-First Season)

Morre Koko Taylor, a Rainha do Blues




Morreu na tarde de anteontem, dia 03, em Chicago nos EUA, aos 80 anos, a Rainha do Blues. Koko Taylor sofreu complicações após passar por uma cirurgia para corrigir um sangramento intestinal.
No dia 7 de maio desse ano, Koko recebeu seu 29º Blues Music Award, como artista feminina de blues tradicional do ano, que a tornou a cantora com o maior número de prêmios de todos os tempos.
Em 2004 ela recebeu o NEA National Heritage Fellowship Award, que está entre as mais altas honras dadas a um artista americano.
Seu último cd Old School foi indicado ao Grammy, mas não levou o prêmio. Oito dos nove discos gravados por ela pela Alligator Records receberam indicações ao Grammy.
Koko Taylor foi uma das poucas mulheres de sucesso no universo do blues, tendo se apresentado ao lado de grandes nomes como Buddy Guy, Junior Wells, B. B. King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, assim como grandes do rock como Jimmy Page e Robert Plant.Mais uma lenda do blues que nos deixa.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Carlos Magno

O que representou e quais eram os interesses do Papa com a coroação de Carlos Magno em 800?
“A raça dos merovíngios, na qual os francos tinham por hábito escolher os seus reis, passa por ter durado até o rei Childerico [Childerico III, 742-751] que foi, por ordem do pontífice romano Estêvão [Estêvão II ou III, de acordo com outras listagens, 752-757], deposto, barbeado e lançado num convento. Se bem que a possamos considerar terminando apenas com este príncipe, no entanto estava já, havia muito, sem qualquer força e não oferecia em si nada de ilustre, a não ser o título de rei. Porque os meios e o poder do governo estavam entre as mãos dos prefeitos do palácio, a quem chamavam mordomos e a quem pertencia a administração suprema” [EGINHARD, Vita Karoli Imperatoris, data anterior a 821].
Este excerto, escrito pelo monge Eginhard (c. 755-840) em sua biografia de Carlos Magno, mostra a decadência dos últimos monarcas merovíngios e a ascensão de uma nova dinastia, denominada carolíngia em referência ao seu mais ilustre membro, cuja origem remonta aos antigos prefeitos do palácio. Em 754, o bispo de Roma (“papa”) legitima a transição dinástica sagrando Pepino III, “o Breve”, Rei dos Francos. Por sua vez, o novo rei doa as terras do que viria a ser os Estados Pontifícios, a famosa Doação de Pepino, confirmada posteriormente por seu filho, Carlos. Em 771, Carlos Magno passa a reinar sozinho quando da morte de seu irmão Carlomano. Segue-se então um processo de expansão territorial com a submissão de vários povos conquistados que se convertem à fé cristã, como, por exemplo, os ávaros em 795 (Eginhard os confunde com os hunos na Vita Karoli). Surge assim uma nova unidade em boa parte da Europa Ocidental sob domínio do Reino Franco do carolíngio. Uma de suas vitórias mais importantes talvez seja a de 774, contra os lombardos, no norte da península Itálica, pois estes eram adeptos da heresia ariana e grandes inimigos do papa, que há muito tentavam conquistar Roma. Sob ameaça do rei Desidério, o papa Adriano I pede auxílio a Carlos Magno, que derrota o monarca lombardo em Junho de 774, fazendo-o prisioneiro. Desta maneira, o rei franco cinge mais uma coroa à sua fronte, a Coroa de Ferro da Lombardia – usada pela última vez mil anos depois, por Napoleão Bonaparte, quando este se dignifica como novo rei da Itália, em 1805. “Carlos protege, pois, o Papa por veneração por São Pedro, mas não se subordina a ele, como Pepino” [PIRENNE, Henri. 1970, p. 205]. No entanto, devido a várias divergências entre a Igreja Romana e o Império Bizantino, como a Questão Iconoclasta, que impediu Constantinopla de socorrer o Exarcado de Ravena durante a invasão lombarda, o papa passa a considerar fazer de Carlos Magno seu Campeão. Jacques Le Goff mostra que era vantajoso para o papa Leão III coroar o franco, pois assim teria a sua influência restaurada pelo poder inquestionável do novo Rei dos Romanos. Em contrapartida, Carlos confirmaria a autoridade eclesiástica papal e seu poder temporal no “Patrimônio de São Pedro”. De certo modo, Leão III pretendia fazer Carlos Magno o imperador de todo Mundo Cristão, o que levaria o estabelecimento da supremacia do pontífice romano sobre toda a Igreja [Cf.: LE GOFF, Jacques. 1983, pp. 69-70].Mesmo em Roma, o Papa, embora não negue a soberania do Imperador de Bizâncio, escapa-lhe de fato. Como não lhe ocorreria a idéia, ao reconhecer o poder e o prestígio de que goza o Rei dos Francos de reconstituir, em proveito de Carlos, o Império, que depois do Século V não tem titular? No que pensa, aliás, não é evidentemente em refazer o Império in partibus Occidentis e dar, se assim podemos dizer, um sucessor a Rômulo Augústulo. [...]. Não é a Roma Imperial, mas a Roma de São Pedro, que o Papa quer exaltar reconstituindo o Império, a cabeça da ecclesia, desta ecclesia de que Carlos se proclama soldado. [PIRENNE, p. 206].
No Natal do ano 800, Carlos Magno foi então coroado pelo papa – Imperador dos Romanos. Muito se discute se ele sabia ou não sobre o evento da coroação. Mário Curtis Giordani aponta pelo menos cinco versões sobre o fato, escritas ainda na época do carolíngio. Duas fontes citam a ignorância de Carlos Magno a sua elevação a imperador: os Annales Maximiani, de 811, e a Vita Karoli, de Eginhard – este último conta que o monarca ficou muito descontente com o ocorrido. Essas fontes não podem ser tomadas ao pé da letra, pois foram escritas alguns anos após o Natal de 800 e não batem com as informações prestadas pouco depois dos acontecimentos por Richbod, bispo de Trier e abade de Lorsch. Giordani segue a teoria de Paul Koschaker, que sugere que a suposta surpresa de Carlos Magno foi narrada desta maneira por “razões diplomáticas”, atribuindo a responsabilidade da coroação ao papa e não sua, para satisfazer os bizantinos. Mesmo um estudo da personalidade do imperador mostra que ele tinha temperamento forte e, se não fosse da sua vontade ser coroado, muito provavelmente não teria aceitado [Cf.: GIORDANI, Mário Curtis. 1970, p. 196]. Portanto, a tese do desconhecimento de Carlos Magno deve ser desconsiderada. Além do mais, os dois lados – imperador e papa – tinham a ganhar com a elevação: “o patrício que protegia Roma tornava-se o Imperador que protege a Igreja” [PIRENNE, p. 207].O que representou esta nova configuração de Carlos como imperador dos Romanos? Primeiro, uma Restauratio Imperii, pois “o poder que recebeu faz dele não um Imperador, mas o Imperador da ecclesia tal como a concebe o Papa, da Igreja Romana no sentido de Igreja Universal” [Idem]. Carlos Magno não pretende ser apenas imperador dos romanos, e sim imperador de todos os cristãos. Por isso precisa-se também de uma Translatio Imperii a Græci ad Francos, pois se afirmava que os bizantinos perderam a dignidade imperial quando a basilissa Irene manda cegar seu filho Contantino VI. Os Annales Laurenhamenses (Anais de Lorsch, do início do Século IX) mostram uma especial preocupação em justificar o que poderia parecer uma usurpação do título e das funções do basileus de Constantinopla, pois lá não havia um Imperador, e sim a impopular imperatriz Irene. Sugeriu-se até o casamento dela com Carlos Magno, pois ambos eram viúvos. Sem falar que havia a lenda que aquele que detém a urbs (Roma) detém o orbis (Mundo), e também o célebre axioma lembrado por Alcuíno em carta ao arcebispo de Salzburgo: Prima sedes non judicatur a quoquam (A primeira sede não é julgada por ninguém) [GIORDANI, p. 190]. Logicamente, Constantinopla não aceitou as
decisões de Roma. “Um único cronista bizantino mencionou o acontecimento da noite de Natal de 800 e qualifica-o de ridículo” [Ibidem, p. 198]. As relações de Carlos Magno com o Império Bizantino endureceram, mas, por fim, em 812, chegaram a um acordo: o basileus Miguel reconhecia o título de imperador do carolíngio em troca da Dalmácia e de Veneza. Contudo, a unidade territorial do Império Carolíngio não tardou a acabar com a série de divisões empreendidas pelos seus descendentes, mas as realizações de Carlos Magno não foram em vão. E se hoje, doze séculos depois, o processo de unificação econômica e política européia parece ser uma realidade, isso apenas demonstra um desdobramento do conceito de Império, que se mantém vivo mais do que nunca.

A Princesa Isabel

Segundo a historiadora Hebe Maria de Mattos, “a abolição da escravatura no Brasil foi um acontecimento ímpar, quando pela primeira vez foi reconhecida a igualdade civil de todos os brasileiros”.
A Revista Illustrada publicada no Rio de Janeiro em 28 de Julho de 1888 mostra em desenho de D’Agostini uma família de negros depositando flores em retrato da princesa colocado em sua casa. As homenagens se repetiriam pela imprensa mundial, em reconhecimento pelo feito.
Documentos da época relatam os “grandes festejos de 13 de Maio, quando se armaram grandes coretos e, ao som de bandas os negros cantavam modinhas populares dedicadas à princesa”.

A Lei Áurea coroou esforços que se faziam há anos. A insuspeita camélia, que hoje ainda floresce no Museu Imperial ,em Petrópolis, era o símbolo dos abolicionistas que, liderados pela princesa, promoviam eventos com o fim de arrecadar fundos dedicados à compra de alforrias.
O atual bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, era um imenso quilombo que se dedicava à produção de camélias,segundo nos conta Eduardo Silva em seu livro “As Camélias do Leblon”. André Rebouças, (primeiro negro brasileiro a se formar em Engenharia.

André Rebouças, (primeiro negro brasileiro a se formar em Engenharia
e chegar a professor catedrático) em seu diário, comenta, deslumbrado: “12 de Fevereiro: primeira batalha de flores em Petrópolis: primeira manifestação abolicionista de Isabel!”
Na maior de todas as batalhas de flores, em 1 de Abril, a princesa entregou 103 títulos de liberdade.
(Segundo outros autores eles teriam planos de implantar uma espécie de “reforma agrária” distribuindo terras aos negros para que dela tirassem seu sustento, o que não aconteceu devido ao advento da república).
Robert Daibert Jr., autor de “Isabel, A Redentora dos Escravos”, comenta que “republicanos como Rui Barbosa não conseguiam compreender a devoção dos ex-escravos pela princesa, e em 13 de Maio de 1891 um grupo deles foi preso em Minas Gerais porque comemoravam o terceiro aniversário da abolição ostentando a bandeira do império”.
José do Patrocínio, membro da elite negra, rompeu com seus aliados republicanos e passou a apoiar abertamente a Princesa Isabel, “a santa e meiga mãe dos cativos”. A ação da regente se confundia com uma atitude divina: exaltando sua figura, lealdades distintas cobertas pelo manto de uma mãe protetora, Nossa Senhora do Rosário. Ao final da luta, Isabel foi coroada rainha da paz, mas não chegou efetivamente a reinar. Destronada pela república, foi para o exílio onde morreu, mas jamais foi esquecida. É coroada até hoje nas festas populares, nas congadas e homenagens a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e 13 de Maio.

A imagem ao lado é cópia de um painel existente no Museu Imperial de Petrópolis e mostra a família real brasileira em sua última fotografia antes da partida para o exílio, em 1889. A foto de Otto Hees mostra, da esquerda para a direita: Imperatriz Teresa Cristina e Príncipe Dom Antonio (sentados), Princesa Isabel, Imperador Dom Pedro II, Príncipe Dom Pedro Augusto, príncipe Dom Luiz, conde d'Eu Gaston d'Orleans e príncipe Dom Pedro de Alcântara. Após a proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, a família imperial deixou o país com destino à França. Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo foi o primeiro e único imperador brasileiro nascido no Brasil. Nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de dezembro de 1825 e faleceu em Paris, em 5 de dezembro de 1891. Seus muito descendentes vivem hoje entre Europa e Brasil.

Casa Imperial de luto

Por ocasião da tragédia ocorrida com ,o avião da Air France, encontrava-se a bordo Sua Alteza Imperial e Real Dom Pedro Luiz de Orleans e Bragança. Devido, muito mais a minha formação, que denota um grande valor tanto a história escrita por nossos ancestrais quanto as realizações legada por eles, que por sua atuação política. Considerado a perda do príncipe , como geradora de uma lacuna, talvez irreparável, não em nossa história passada mas em nossa história futura. Como ja disse em momentos anteriores quando escrevi a respeito da causa imperial, quando observo nosssa história republicana, lambuzada de hipocresias e polvilhada de barbaridades. sinto em meu peito bater um coração saudoso da monarquia brasileira e sinto -me na obrigação de torna-la sempre que possivel, mais conhecida tanto de meus alunos - tarefa do professor - quanto de meus amigos que desfrutam de instrução e nivel cultural muito semelhante, embora de formações distintas. E dai estendo a disseminação do conhecimento como obrigatória a todo o povo brasileiro, sem restrição, afinal conhecimento não socializado é igual a egoísmo.
Portanto, sigo arauto de nossa história imperial, e desse ponto destaco da história passada, a Princesa Isabel matéria da Revista-"Brava Gente"- Associação Causa Imperial, do mes de maio que a seu lado elenca uma sorte de rainhas famosas. Boa leitura e observação.

Há 500 anos as mulheres aparecem na história do Brasil “por detrás dos panos”, como bem definiu a escritora Schuma Schumaher, autora do “Dicionário das Mulheres do Brasil”, obra que, incluindo as “excluídas”, resgatou o papel de mulheres protagonistas da história.
Com a Princesa Isabel (ou “Dona Isabel, a Redentora”), não foi diferente:conhecida como “a princesa que assinou a lei da libertação dos escravos com uma pena de ouro e pedras preciosas sob uma chuva de pétalas de flores”, por anos foi citada assim nos livros escolares.
“Como princesa podia tudo, né mamãe?” – perguntava aquela menininha que ao vestir uma fantasia de princesa se achava a “dona do mundo” e não queria obedecer mais ninguém. Mas também não foi assim. Nascida no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 29 de junho de 1846, filha de Dom Pedro II e de Dona Teresa Cristina, Isabel sucedeu aos irmãos Afonso e Pedro, falecidos em 1847 e em 1850.
E como se morria no Século XIX! Senão de parto, de doenças infecciosas e epidemias de varíola, febre amarela e tantas outras doenças tropicais! (Não podemos esquecer que o saneamento era péssimo em uma cidade de clima tropical, e nem se cogitava em sulfas, antibióticos, pois não se havia descoberto ainda a existência dos germes e bactérias!)

Isabel teve a sorte de receber como preceptora a Condessa de Barral (Luísa Margarida Borges de Barros), baiana, casada com o francês Marquês de Abrantes, que introduziu no Brasil os hábitos da corte francesa. Adquiriu profundos conhecimentos de Latim, Francês, Inglês e Alemão com vários mestres e interessava-se pelo voto feminino. Casou-se em 15 de Outubro de 1864 com o príncipe francês Luis Felipe Maria Gastão de Orleans e, após muito tempo, o casal teve 3 filhos, dos quais apenas um deu continuidade à dinastia. Ela substituiu o imperador Pedro II nas três viagens que este fez ao exterior e este período reveste-se da maior importância porque foi, até hoje, a única brasileira a administrar o país. E foi exatamente durante seu governo que as principais leis de combate à escravidão foram promulgadas. A primeira regência estendeu-se de 7 de Maio de 1871 a 31 de Março de 1873, durante o ministério do Visconde do Rio Branco. Nessa ocasião, a princesa sancionou a Lei do Ventre Livre, já em 28 de Setembro de 1871, libertando todos os nascidos de mães escravas, bem como todos os escravos pertencentes ao governo. A segunda regência foi de 26 de Março de 1876 a 27 de Setembro de 1877, e ela ainda assumiu o governo pela terceira vez no período de 5 de Janeiro de 1877 a 22 de Agosto de 1888.
Nessa época, as campanhas abolicionistas estavam no auge, e as províncias do Ceará e Amazonas já tinham libertado seus escravos desde 1884.
As fugas de nativos geraram uma crise que culminou com a demissão do ministro escravocrata Barão de Cotegipe. Estrategicamente Isabel nomeou, então, para conselheiro João Alfredo, que encaminhou rapidamente o projeto da lei sancionada por ela em 13 de maio de 1888.
Muito festejada pela população, a Lei Áurea conferiu-lhe o título de “A Redentora” e Dona Isabel recebeu também a comenda “Rosa de Ouro” oferecida pelo Papa Leão XIII, em 28 de Setembro de 1888.

terça-feira, 2 de junho de 2009

HISTORIA DO ROCK NACIONAL V - O TERÇO

Na história do grupo O Terço, que originou-se em 1968, estão três bandas da década de 60 - Joint Stock Co., Hot Dog e Os Libertos, por onde iniciaram o guitarrista Sérgio Hinds, o baixista César das Mercês e o baterista Vinícius Cantuária. O grupo Os Libertos, então formado pelos três músicos citados acima, era uma atração que agitava as domingueiras do Rio de Janeiro. A banda ainda se chamaria Santíssima Trindade. Em 1970, César das Mercês foi substituído por Jorge Amiden. O grupo passou então a se chamar O Terço. O conjunto é originário do Rio de Janeiro, mas depois radicou-se em São Paulo. Os vocais sempre foram privilegiados nas canções do grupo como por exemplo na música "Tributo ao Sorriso" que fez muito sucesso, inclusive entre o público não apreciador de rock. Sobre o significado da palavra terço, é um "fracionário que corresponde a três" ou a "terça parte de alguma coisa", inclusive a do Rosário, conjunto de contas utilizado na liturgia Católica para computar um determinado número de orações (quinze Pais-Nossos e quinze Ave-Marias). O nome O Terço caiu como uma luva pelo menos para essa primeira formação da banda, que era a de trio (guitarra-baixo-bateria). Sérgio Hinds, perguntado de onde foi tirado o nome do grupo disse: O Terço, como trio, é o símbolo do rosário representando união. Antes do primeiro LP lançaram um compacto com a música Velhas Histórias, com a qual ganharam o festival de Juiz de Fora. Aquela era a época do Rock Rural e do Rock Progressivo, e O Terço seguiu estas sonoridades. O primeiro LP, lançado em 1969, entitulado simplesmente O Terço, tratando-se pois de um disco homônimo, apresentou um rock tipo anos 50, 60, com leves tintas progressivas, que continha também músicas em inglês. Neste primeiro trabalho, o grupo ainda revoltou alguns católicos fanáticos, ao posarem de jeans, camisetas e descalços dentro de uma igreja para a foto da capa. As faixas do disco são: Nã / Plaxe voador / Yes, I do / Longe sem direção / Flauta / I need you / Antes de você... eu / Imagem / Meia-noite / Saturday dream / Velhas histórias / Oh! Suzana. Em outubro de 1970, O Terço participou do V FIC (Festival Internacional da Canção), com a música "Tributo ao Sorriso", que foi classificada em terceiro lugar. Neste mesmo ano, o grupo trabalhou com o empresário Marinaldo Guimarães, um personagem típico da época, preocupado sempre em fazer o público pensar. O espetáculo "Aberto para Obras" pode ter representado o auge de suas proposições estéticas. Montado no Teatro de Arena do Largo da Carioca, o público entrava por estreitos corredores e se via separado dos palcos por cercas de arame farpado. Descobrindo finalmente como chegar a seus lugares, tinham que escolher entre olhar para baixo, onde estava o Módulo 1000, ou para cima, onde se encontrava O Terço. Abaixo havia também uma mulher preparando pipoca em um fogão e mais adiante, sentado em um vaso sanitário, o irmão de Jorge Amiden (d'O Terço) empunhando estático um violão por três horas seguidas, apenas para arrebentá-lo no final de tudo.

O segundo trabalho, também homônimo e lançado em 1972, traz uma sonoridade mais progressiva conta com a participação de Luiz Paulo Simas (ex-Módulo 1000 e futuro Vímana) tocando synth e órgão na suíte de 19 minutos Amanhecer Total, uma das primeiras canções nacionais a usar o mini moog. Outro destaque deste LP é a música Deus, composição de Hinds.

A formação era:

Sérgio Hinds: guitarra, viola, vocal;
Sérgio Magrão: baixo, vocal;
Luiz Moreno: percussão, vocal;
Flávio Venturini: piano, órgão, sintetizador, viola, vocais.
Além de Deus (1ª faixa) e Rock do Elvis (5ª faixa), as outras faixas são: Você aí / Estrada vazia / Lagoa das lontras / Amanhecer total, a 6ª e última faixa, possui os seguintes movimentos: a) Despertar pro sonho b) Sons flutuantes c) Respiração vegetal d) Primeiras luzes no final da estrada e) Cores Jorge Amiden, o primeiro músico de que se tem notícia no mundo que apareceu tocando a tritarra, deixa O Terço para participar do grupo Karma.


Em 1975, foi lançado o LP que consagrou definitivamente a banda, formada então por Hinds (guitarra, viola, vocal), Luiz Moreno (bateria, percussão) e do carioca Sérgio Magrão (baixo, vocal, outro ex-integrante do Joint Stock Co.) e do mineiro Flávio Venturini (piano, teclados, viola, vocal, que já havia participado das bandas Os Turbulentos, Haysteacks, Crisalis e do movimento mineiro -de MPB- Clube da Esquina): Criaturas da Noite, cuja faixa-título, síntese perfeita de MPB com Progressivo Sinfônico, virou hit nacional, vendendo centenas de milhares de cópias e presenteando o público brasileiro com uma das obras-primas do progressivo brasileiro, a clássica faixa 1974, que se tornou o hino do rock progressivo nacional. 1974 é composição de Flávio Venturini, 12'21" de puro instrumental, ricamente arranjados e com diversos momentos melodicamente encantadores. Assim que entrou, Flávio logo havia mostrado suas composições e 4 foram imediatamente aprovadas para o disco Criaturas da Noite. Destas, 2 se transformaram em obras-primas do Progressivo, amadas e idolatradas até hoje: Criaturas da Noite e a inigualável 1974, magistral suíte instrumental. Outra música do mesmo álbum, Hey Amigo, também projetou definitivamente o nome do grupo. O Terço, ao lado dos Mutantes, era o grande nome do rock brasileiro, conseguindo soar como um conjunto de calibre internacional. Por onde passava arrastava multidões, lotando ginásios. O disco ainda teve uma versão em inglês que foi lançada em 1975 somente na Europa. 1974 foi coreografada em 1977 pelo argentino Oscar Araiz, para o Royal Balet do Canadá, e apresentada em turnê pelo Canadá e Estados Unidos. Outro destaque de Criaturas da Noite é a sua belíssima capa. O título da obra é A Compreensão, de autoria de Antonio e André Peticov.


O Terço lançou, após o estrondoso sucesso de Criaturas da Noite, em 1976 (com a participação, na flauta e vocal, de Mercês), o disco Casa Encantada, que também conseguiu boas vendagens, sendo um trabalho que sempre caracterizou o som da banda: rock com elementos de MPB. Músicas como Guitarras, Flor de la Noche, Casa Encantada e Solaris mostraram a capacidade criativa dos músicos na época, tanto em melodia quanto em trabalhos mais elaborados. Destaque também para Cabala e O Vôo da Fênix.

Junto com 1974, Casa Encantada é um clássico do rock progressivo. Casa Encantada foi concebido num sítio onde a banda ensaiava na década de 70 e foi todo composto neste local, que chamavam de Casa Encantada. Casa Encantada e Criaturas da Noite contaram, nas faixas em que há a participação de orquestra, com arranjos do maestro Rogério Duprat, com quem Venturini já havia estudado composição e arranjos. Casa Encantada e Criaturas da Noite foram relançados em CD pela gravadora italiana Vinyl Magic. Depois desses dois sucessos iconográficos Flávio Venturini sai da banda.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Darci Ribeiro II - Dois de seus Livros




Biografia Darcy Ribeiro

Antropólogo e educador brasileiro


26/10/1922, Montes Claros (MG)17/2/1997, Brasília (DF)

Já sabendo que sua doença era terminal, Darcy Ribeiro confessou no livro de memórias: "Termino esta minha vida já exausto de viver, mas querendo mais vida, mais amor, mais saber, mais travessuras". Tudo muito coerente com quem sempre se declarou um "fazedor".Filho de farmacêutico e professora, Darcy Ribeiro mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar medicina. Até ingressou na faculdade, mas abandonou o curso depois de três anos.
Transferiu-se para São Paulo, indo estudar ciências sociais na Escola de Sociologia e Política e ali graduando-se em 1946.
Depois, em 1949, entrou para o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai), onde trabalharia até 1951.
Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações feitas durante essas viagens.
Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu.
Na época, Darcy Ribeiro escreveu diversas obras de etnografia e defesa da causa indigenista, contribuindo com estudos para a Unesco e a Organização Internacional do Trabalho. Em 1955, organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia, na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro), onde lecionou etnologia até 1956.No ano seguinte, passou a trabalhar no Ministério da Educação e Cultura.
Lutou em defesa da escola pública e (junto com Anísio Teixeira) fundou a Universidade de Brasília (da qual seria reitor em 1962-3).Em 1961, foi ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde, como chefe da Casa Civil no governo João Goulart, desempenhou papel relevante na elaboração das chamadas reformas de base.
Com o golpe militar de 1964, Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados e foi exilado.Viveu então em vários países da América Latina, defendendo a reforma universitária.
Foi professor na Universidade Oriental do Uruguai e assessorou os presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru). Naquele período, Darcy Ribeiro redigiu grande parte de sua obra de maior fôlego: os estudos antropológicos da "Antropologia da Civilização", em seis volumes (o último, "O Povo Brasileiro", ele publicaria em 1995).Em 1976, retornou para o Brasil, dedicando-se à educação pública.
Quatro anos depois, foi anistiado, iniciando uma bem-sucedida carreira política. Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep).
Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação.Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo".
No último ano de vida, Darcy Ribeiro dedicou-se a organizar a Fundação Darcy Ribeiro, com sede na antiga residência em Copacabana (no Rio de Janeiro).Vítima de câncer, Darcy Ribeiro morreu aos 74 anos.

Morte de Tiradentes tem contestação!

  INCONFIDÊNCIA MINEIRA Para historiador, ladrão teria assumido identidade em troca de dinheiro Morte de Tiradentes tem contestação São Paul...